“Mesmo com o Acordo de Paris, nível dos oceanos pode subir dois metros até 2300”, alerta oceanógrafo alemão

softelec
“Mesmo com o Acordo de Paris, nível dos oceanos pode subir dois metros até 2300”, alerta oceanógrafo alemão

Imagem: Divulgação DWIH São Paulo | Stefan Rahmstorf, keynote speaker do 9º Diálogo Brasil-Alemanha sobre Ciência, Pesquisa e Inovação, debaterá os eventuais riscos das mudanças climáticas para as cidades litorâneas

Publicidade
Publicidade
Equipamentos - STADLER GmbH

No 9º Diálogo Brasil-Alemanha sobre Ciência, Pesquisa e Inovação, “Cities and Climate – The Multi-level Governance Challenge“, de 17 a 20 de maio, especialistas dos dois países debaterão como as cidades, causadoras e vítimas das mudanças climáticas, podem criar uma agenda sustentável para atenuar adversidades do meio ambiente.

Dentre os subtópicos da temática central do evento, destaca-se o aumento do nível do mar e suas consequências nas cidades litorâneas. Keynote speaker alemão do 9° Diálogo Brasil-Alemanha, Stefan Rahmstorf, professor de física dos oceanos na Universidade de Potsdam, abordará o assunto em sua apresentação “What climate change will cities face?“, no dia 17.

De acordo com o climatologista alemão, há diversos estudos que indicam a vulnerabilidade de zonas costeiras diante das mudanças climática. Só para citar um desses levantamentos, em 2017, cientistas da Agência Espacial Norte-Americana (NASA) divulgaram dados de uma pesquisa na qual mencionavam que cerca de 300 cidades poderiam deixar de existir até 2100, entre elas Veneza, Tóquio e até Rio de Janeiro.

“Os planejadores urbanos precisam levar em conta as mudanças climáticas, e a ciência pode orientar [sobre o tema]”, enfatiza.

O climatologista salienta que a ciência traz bons inputs para a criação de políticas públicas em temas como ondas de calor, enchentes repentinas e tempestades em cidades costeiras.

“Para determinar a vulnerabilidade dos municípios em relação a esses efeitos, é necessário unir o conhecimento local — daqueles que ajudam a elaborar as políticas urbanas – ao dos cientistas, como acontece na Alemanha”, lembra.

Em um de seus estudos, Rahmstorf salienta que cerca de 10% da população mundial, ou 770 milhões de pessoas, vive hoje em terras vulneráveis, a menos de cinco metros acima da linha da maré alta.

“Mesmo que a meta do acordo climático de Paris seja cumprida e o aquecimento global fique abaixo de 2ºC – um grande se -, o nível dos oceanos poderia ainda assim subir dois metros até 2300″, afirma o oceanógrafo e também cientista no Instituto Potsdam de Pesquisa dos Impactos do Clima.

Sobre o evento:

O 9º Diálogo Brasil-Alemanha sobre Ciência, Pesquisa e Inovação é uma correalização do Centro Alemão de Ciência e Inovação (DWIH) São Paulo e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O evento, desta vez on-line e transmitido pelo YouTube do DWIH São Paulo, vai discutir os impactos das mudanças climáticas no desenvolvimento futuro das cidades.

Se por um lado elas serão afetadas, por outro as cidades também contribuem para as alterações no clima mundial. Assim, conectar ambas as escalas – global e local – permite uma maior compreensão das mudanças climáticas em toda a sua complexidade.

Temas como governança, ciência e tecnologia e seus usos para monitorar, mitigar e adaptar às mudanças climáticas estarão no centro das discussões do 9° Diálogo. Um dos objetivos do encontro é incentivar uma maior cooperação entre Brasil e Alemanha no estudo da relação entre cidades e clima bem como na busca de soluções.

O evento, a ser realizado de 17 a 20 de maio, das 9h às 13h (no Brasil) ou das 15h às 18h (na Alemanha), é gratuito. Interessados devem se inscrever no seguinte link: https://bit.ly/2P3fUx4. Para mais informações sobre temáticas e palestrantes, basta acessar a página do evento: https://bit.ly/3aM7Qsl.

Serviço

Crédito:
Imprensa | DWIH

ANUNCIE COM A AMBIENTAL MERCANTIL
AMBIENTAL MERCANTIL | ANUNCIE NO CANAL MAIS AMBIENTAL DO BRASIL
Sobre Ambiental Mercantil Notícias 5028 Artigos
AMBIENTAL MERCANTIL é sobre ESG, Sustentabilidade, Economia Circular, Resíduos, Reciclagem, Saneamento, Energias e muito mais!