Cheia do rio Negro pode atingir 30 metros em Manaus na próxima semana, recorde em 118 anos

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Cheia do rio Negro pode atingir 30 metros em Manaus na próxima semana, recorde em 118 anos

Imagem: Site FAS

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Para Virgílio Viana, superintendente geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), “o impacto é imenso na Amazônia profunda”, onde quase dois terços dos municípios estão em situação grave

A cheia que atinge o Amazonas neste mês de maio pode chegar a recordes históricos na próxima semana. A expectativa da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que atua na região há mais de 13 anos em apoio às populações ribeirinhas e indígenas, é de que em Manaus o rio Negro supere o nível de 2012, quando chegou a 29,97 metros (a última grande cheia), e alcance  30 metros de altura, neste caso o maior índice desde 1902, ou seja, em 118 anos. Nesta quinta-feira, dia 27, já estava a 29,93 metros.

Segundo Virgílio Viana, superintendente da Fundação Amazônia Sustentável (FAS, o Amazonas “está sendo vítima das mudanças climáticas, como pode ser constatado pelo aumento recorrente na frequência de grandes cheias nos últimos anos”.

A série histórica do nível do rio Negro em Manaus mostra que, ao comparar os primeiros vinte anos de registros (1903 a 1923) com os últimos 20 anos (2001 a 2021), há um claro aumento na frequência de grandes cheias.

“O impacto desses eventos extremos é especialmente forte na Amazônia profunda, marcada pelas enormes distâncias e o isolamento de comunidades e aldeias. Alguns municípios do interior ficam a mais de 15 dias de viagem de barco a partir de Manaus e algumas localidades estão a mais de quatro dias de viagem a partir das sedes municipais. Essa é uma realidade totalmente distinta do restante do Brasil. As ações de socorro da Defesa Civil nessas áreas são muito mais incipientes e quase sempre abaixo do mínimo razoável. É necessário investir mais em ações de adaptação às mudanças climáticas“, diz Virgílio Viana.

Pelo menos dois terços dos municípios do Amazonas já sofrem as consequências da cheia, segundo boletim divulgado no início de maio pela Defesa Civil.

Parte dos municípios está em situação de atenção, enquanto outros estão em estado de emergência. Em Nova Olinda do Norte, o rio Madeira já superou a cheia de 2014, que era a maior da história, e mais de 3.000 famílias já foram afetadas. Em Carauari, o rio Juruá também já alcançou um novo recorde histórico e o município está em situação de emergência.

Site: https://fas-amazonia.org

Crédito:
Imprensa | FAS

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