Colégio Renascença sob o olhar da permacultura ensina técnicas de bioconstrução aos estudantes

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Imagem: Divulgação | O Projeto Pétalas Rena transformou andar térreo da instituição em um espaço de recuperação da mata atlântica com leiras de compostagem, paredes de bioconstrução com calhas de escoamento de água de chuva em cisternas

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Novembro de 2022 – A preservação do meio ambiente exige aprender novas maneiras de interagir com a natureza.

No Colégio Renascença, em São Paulo, os estudantes estão aprendendo técnicas de bioconstrução com construção de cisternas nas estruturas; compostagem termofílica e plantio de nativas da mata atlântica para geração de mudas e aumento da biodiversidade local.

O projeto Pétalas do Rena, idealizado pela Coordenadora de Ciências Naturais da instituição, Fátima Primon, contando com a colaboração de permacultores que valorizam a educação, tem como objetivo ampliar as reconexões com a natureza através de propostas biointegradas, contando com o envolvimento dos alunos, professores e colaboradores.

“O projeto é voltado a toda comunidade escolar, com estudantes participando diretamente da bioconstrução de paredes, cisternas, plantio de árvores nativas da mata atlântica, construção de leiras, entre outras atividades. É um espaço aberto de aprendizagem, com grande potencial interdisciplinar”, explica Primon.

Técnicas de bioconstrução

Antes de colocar a mão na massa, foram abordadas diversas técnicas, como: pau-a-pique, tijolos de adobe e terra ensacada (hiperadobe). Garrafas pet com lixo seco compactado viram nas mãos dos estudantes preenchimento junto ao barro que compõe as paredes de pau a pique, constituindo uma das paredes da estrutura de bambu que abrigará duas cisternas e minhocários em seu interior. Os alunos também construíram um banco, através da técnica hiperadobe, o que favorecerá as trocas e aulas ao ar livre.

Ainda na questão dos espaços, o Bambu foi utilizado, na estrutura e na cobertura da bioconstrução, com calhas dirigidas às cisternas, proporcionando captação de água de chuva que ajudará na irrigação das espécies nativas. Toda matéria-prima utilizada na bioconstrução é renovável, amplamente versátil, de rápido crescimento e uso milenar. O espaço multiuso funcionará para diversos fins e atividades.

Crédito: Divulgação
Crédito: Divulgação

Bioma Mata Atlântica

Ao plantar nativas das mais variadas espécies, recuperaremos um pequeno pedacinho do bioma Mata Atlântica, atraindo espécies polinizadoras que poderão aumentar a biodiversidade local e impactar o entorno.

Ampliação das técnicas de compostagem

Uma parte dos orgânicos é compostada pelas minhocas de estimação do Colégio Renascença, mas elas são “seletivas” e não conseguem dar conta de alguns resíduos como: carnes, cítricos, madeira tratada, alimentos mais temperados, que acabavam seguindo para os aterros.

A alternativa foi ampliar a capacidade de compostagem, adicionando leiras termofílicas que estão sendo construídas — junto com os alunos, educadores e funcionários. A quantidade de calor atingido, cerca de 70º.C, possibilita o trabalho de microrganismos aeróbios capazes de digerir as estruturas mais complexas, dando conta de qualquer resíduo gerado.

“Além do tratamento dos resíduos, todo material de poda da escola, como folhas e galhos, servirá de matéria seca para a estrutura das leiras, diminuindo de forma considerável o envio dos resíduos aos aterros sanitários e, consequentemente, a dispersão na forma de gases do efeito estufa”, complementa Fátima Primon.

Site oficial: https://www.renascenca.br/pt/

Crédito:
Imprensa | Colégio Renascença

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