Projetos de São Paulo para reduzir a poluição no mar e estimular o turismo sustentável estão entre os destaques do Camp Oceano

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Imagem: Pixabay | Iniciativas inovadoras terão apoio da Fundação Grupo Boticário e Fundação Araucária para serem desenvolvidas a partir de 2022; No total, 19 projetos de 11 estados brasileiros receberão R$ 3,7 milhões em suporte financeiro

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Três projetos desenvolvidos no Estado de São Paulo receberão apoio técnico e financeiro para reduzir a poluição no oceano e fomentar o turismo sustentável no litoral do estado. Eles foram selecionados pelo Camp Oceano, um programa nacional da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza em parceria com a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná. As iniciativas contemplam o engajamento de pescadores para combater o lixo no mar, o uso de cabelo humano para minimizar o impacto de incidentes ambientais e o repovoamento e estímulo ao turismo de observação do mero, espécie de peixe ameaçada de extinção. As soluções inovadoras estão entre as 19 propostas de 11 estados do Brasil que receberão suporte financeiro total de R$ 3,7 milhões para serem executadas a partir de 2022, ao longo de 12 a 36 meses.

“Estamos muito satisfeitos com o resultado deste processo. Contamos com a participação de muita gente criativa, bem preparada e comprometida com a sustentabilidade do oceano. Chegamos a propostas capazes de gerar impactos positivos e duradouros para a conservação de nossas áreas costeiras e marinhas”, comemora a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes.

O Camp Oceano estimulou a cocriação de projetos a partir de capacitações, mentorias e suporte técnico, que agora recebem recursos para o desenvolvimento.

São dois projetos com foco na redução da poluição no oceano. Nós da Ação, realizado pelo Instituto Ecosurf nos municípios de Guarujá e Bertioga, pretende engajar pescadores no combate ao lixo no mar. É a primeira solução colaborativa no país que integra a política de pagamento por serviços ambientais, o monitoramento do lixo no mar, gera alternativa de renda para a comunidade pesqueira e contribui para um oceano limpo e sustentável. A outra iniciativa é o Fiotrar, projeto de inovação e desenvolvimento de produtos sustentáveis, com uso de cabelo humano. Realizado pela Associação Cabelegria de auxílio à pessoa com câncer, é voltado para contenção de acidentes ambientais envolvendo derramamento de óleo e rejeitos minerais no ambiente aquático, além de tratamento alternativo e economicamente favorável para efluentes industriais.

Já a proposta Mergulhando com o Mero, elaborada pela Associação Ambientalista Terra Viva, busca desenvolver tecnologia para produção do peixe mero em cativeiro, criar protocolos para o manejo das formas jovens, mapeamentos das áreas com aptidão para soltura, repovoamento e estímulo ao turismo de observação de megafauna. A proposta, que será aplicada no Litoral Norte Paulista, fornecerá treinamento para comunidades tradicionais, fomentando a cultura oceânica, possibilitando o turismo de observação do mero e fortalecendo as comunidades do entorno.

Os projetos apoiados respondem a pelo menos um dos três desafios apresentados pelo Camp Oceano: fomentar o turismo responsável, conservando a biodiversidade; reduzir a poluição no oceano e incidentes ambientais; e mitigar os efeitos da crise climática nas cidades costeiras. O Camp recebeu 138 propostas de solução envolvendo cerca de 900 participantes, com uma maioria de mulheres (54%).

“Temos observado um crescente protagonismo feminino em projetos de conservação e não foi diferente no Camp Oceano“, frisa Malu.

Entre as propostas paulistas, esse protagonismo é ainda maior, já que os três projetos de destaque no estado são liderados por mulheres.

As propostas selecionadas são direcionadas para 11 estados brasileiros das regiões Sul, Sudeste e Nordeste e algumas delas têm potencial para serem aplicadas em toda a costa brasileira.

“Além de buscarmos ideias inovadoras, procuramos iniciativas replicáveis, com benefícios significativos para a conservação e que também apresentassem viabilidade econômica”, explica a diretora executiva da Fundação Grupo Boticário.

Sobre o processo

Iniciado em abril deste ano, o Camp Oceano – edição da teia de soluções, promovida pela Fundação Grupo Boticário, em parceria com a Fundação Araucária – recebeu 138 inscrições. As 40 melhores soluções apresentadas avançaram para um evento on-line de três dias de imersão, capacitações e conexões para aprimorarem suas ideias. Na sequência, 25 soluções seguiram para uma etapa de mentoria e detalhamento para aprofundarem ainda mais suas propostas.

A relação detalhada das 19 soluções contempladas pelo Camp Oceano está disponível para consulta nos sites www.fundacaogrupoboticario.org.br e https://camp.teiadesolucoes.com.br/.

Sobre a teia de soluções

O Camp Oceano é um dos formatos de seleção da teia de soluções da Fundação Grupo Boticário. Lançada em 2020 com dois processos seletivos, a teia estimulou, em suas primeiras edições, o desenvolvimento de propostas voltadas para o turismo responsável em áreas naturais e para a Grande Reserva Mata Atlântica – o maior remanescente do bioma no Brasil. Ao longo dos processos, 43 soluções foram acompanhadas e estruturadas com mentoria e apoio técnico. No final, seis foram selecionadas para receber apoio financeiro e serem impulsionadas. Em 2021, duas novas edições da teia trouxeram desafios relacionados à sustentabilidade do oceano e à proteção e desenvolvimento econômico do Cerrado.

Sobre a Fundação Grupo Boticário

Com 30 anos de história, a Fundação Grupo Boticário é uma das principais fundações empresariais do Brasil que atuam para proteger a natureza brasileira. A instituição atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e em políticas públicas e apoia ações que aproximem diferentes atores e mecanismos em busca de soluções para os principais desafios ambientais, sociais e econômicos.

Já apoiou cerca de 1.600 iniciativas em todos os biomas no país. Protege duas áreas de Mata Atlântica e Cerrado – os biomas mais ameaçados do Brasil –, somando 11 mil hectares, o equivalente a 70 Parques do Ibirapuera. Com mais de 1,2 milhão de seguidores nas redes sociais, busca também aproximar a natureza do cotidiano das pessoas.

A Fundação é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial.

Site oficial: http://www.fundacaogrupoboticario.org.br

Crédito:
Imprensa | Fundação Grupo Boticário

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