Plástico substitui matéria prima animal e se populariza na indústria musical

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Plástico Amigo informa sobre como a indústria e os cientistas que estão dedicados com as inovações impulsionadas pela tecnologia para resolver problemas relacionados à sustentabilidade.
Plástico Amigo informa sobre como a indústria e os cientistas que estão dedicados com as inovações impulsionadas pela tecnologia para resolver problemas relacionados à sustentabilidade.

Imagem: Divulgação | De acordo com Rica Mello, líder da Câmara de Descartáveis da ABIPLAST, o material é versátil e pode oferecer facilidades para artistas e consumidores

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Maio de 2023 – Amplamente utilizado em diversas indústrias, como a de embalagens, construção civil e automotiva, o plástico mostra sua importância, também, na indústria musical. Considerado versátil, durável e de baixo custo, o material possibilitou a criação de novas tecnologias, aprimorou a qualidade dos equipamentos e aumentou a durabilidade de produtos, tornando a música mais acessível a um público cada vez maior.

De acordo com Rica Mello, líder da Câmara de Descartáveis, palestrante e empreendedor em diversas áreas de atuação, os plásticos são uma alternativa sintética e humana para instrumentos musicais.

“Historicamente, instrumentos como pianos, baterias e guitarras eram feitos de produtos animais, e a substituição desses elementos pelo plástico ajudou a preservar espécies ameaçadas de extinção e a reduzir práticas de caça predatória. Um exemplo disso são os instrumentos de cordas feitos de ‘catgut’, como violões, que originalmente usavam intestinos de animais. Agora, esses itens usam cordas de metal ou nylon, portanto, nenhum animal é prejudicado para produzir boas músicas”, relata.

Vale lembrar que até mesmo as cordas de violão confeccionadas em metal também são revestidas com um polímero plástico, que as faz durar mais tempo e reduz a frequência de substituição.

Existem, historicamente, diversos exemplos de uso animal na criação de instrumentos musicais. Os primeiros tambores eram feitos esticando a pele de cabras, vacas ou outros animais domésticos. No entanto, esses produtos exigiam afinação frequente e apresentavam mau desempenho em ambientes úmidos. Desde então, as peles de tambor feitas com tereftalato de polietileno, o famoso PET, tornaram-se cada vez mais populares devido à sua durabilidade e som mais consistente.

As teclas para a produção de pianos também apresentaram um grande impacto na natureza ao longo dos anos. Inicialmente eram produzidas com o marfim retirado dos dentes de elefantes, um material altamente criticado e controverso, geralmente adquirido por meio de práticas de caça desumanas e, em muitos casos, ilegais.

Na década de 50, as teclas de marfim do piano foram substituídas por plástico branco e, em 1989, o uso de marfim novo nas teclas do piano foi proibido completamente. Não só as teclas de piano de plástico são seguras para a vida selvagem, como também são mais acessíveis e de fácil cuidado. Atualmente, mais de 98% dos pianistas que atuam em concertos usam pianos com teclas de plástico branco, provando que o material pode substituir, tranquilamente, a matéria prima animal.

É possível ressaltar, também, que a reciclagem de produtos é facilitada com o uso do plástico, dando ao mesmo material uma nova vida, porém como um produto diferente.

O plástico também tem um papel crucial no processo de gravação das músicas, tendo em vista que muitas cabines são isoladas com folhas de plástico de cloreto de polivinila (PVC), um material de alta densidade que bloqueia os sons para garantir que a música seja captada de forma clara, sem interrupções ou ruídos de fundo. Mesmo em estúdios de gravação portáteis, o plástico é preferido devido ao seu design leve e resistente, o que facilita o transporte e gravações nos mais diversos lugares.

Os clássicos e icônicos discos de vinil também usam plástico em sua produção, e estão ressurgindo em popularidade com níveis de demanda que não são vistos desde seu auge, nos anos 80. LPs coloridos e edições com design especial tornam-se itens de colecionador e são orgulhosamente exibidos em prateleiras, com capas interessantes e encartes ricos em informações.

Para os músicos, o vinil também é mais rentável do que o streaming. Isso porque 450.000 streams no Spotify rendem aos artistas o mesmo lucro que eles teriam com apenas 100 vendas de um vinil de preço médio.

Notando esse crescimento, a indústria da música passou a buscar meios sustentáveis para a confecção de discos. Uma colaboração recente, envolvendo a Universal Music Group e o cantor e compositor Nick Mulvey resultou na criação de discos “Ocean Vinyl”, feitos com plástico retirado do oceano e reciclado. Este é o primeiro vinil comercialmente disponível feito de material reciclado do mar.

Para Rica Mello, a indústria da música contemporânea depende do plástico para produzir as trilhas sonoras que tocam em nosso dia a dia.

“Isso permite que músicos aprimorem sua arte e que ouvintes tenham uma experiência de alta qualidade. O uso de plásticos em discos de vinil e instrumentos livres de crueldade também mostra como o material é versátil e importante”, finaliza.

Sobre Rica Mello

Ricardo Mello é líder da Câmara de Descartáveis, palestrante e empreendedor em diversas áreas de atuação. Encabeça, junto com outros membros, o projeto Plástico Amigo, que busca aumentar a conscientização sobre as propriedades benéficas do material.

Site oficial:  https://www.plasticoamigo.com.br/

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