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Liberação do grão geneticamente modificado levará ao aumento do uso de um agrotóxico mais nocivo do que os utilizados hoje. Projeto de Lei contrário à variedade agrícola foi protocolado na Câmara dos Deputados
O deputado Federal Nilto Tatto acaba de protocolar na Câmara dos Deputados, o PL 2755/21, que proíbe o plantio e a comercialização de trigo transgênico no Brasil. A medida tem como objetivo combater o uso agrotóxicos na agricultura, reduzindo a contaminação dos alimentos, do meio-ambiente, dos trabalhadores e consumidores.
Malefícios do Trigo Transgênico
Os malefícios do trigo transgênico não estão ligados à técnica de alteração genética, mas à maior tolerância aos venenos agroquímicos. É o caso da variedade que pode ser liberada pela Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio), do Ministério da Ciência e Tecnologia. O grão é ultra-resistente ao agrotóxico glufosinato de amônio.
Se for liberado, o trigo terá altas concentrações de uma substância extremamente tóxica, podendo ser utilizado em produtos destinados à alimentação humana; derivados; processados e rações. Uma vez que o trigo é um grão consumido em larga escala no país, em especial na preparação de pães, massas e biscoitos, a medida certamente aumentará o consumo de veneno e as intoxicações por agrotóxicos em toda a população.
Contaminações e intoxicações por agrotóxicos
Um estudo recente e inédito realizado pelo Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) apontou a presença de diversos agrotóxicos em 6 de 8 categorias de alimentos processados ou ultraprocessados analisadas. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), a água que abastece 1 em cada 4 cidades do Brasil apresenta resíduos de diversos tipos de venenos agrícolas. Ainda segundo o MS, em 10 anos 29.467 pessoas foram intoxicadas e 1838 mortes foram confirmadas pela exposição, contato ou ingestão de agrotóxicos.
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Imprensa | Assessoria deputado Federal Nilto Tatto