Comitiva da Britcham conhece projeto inovador de policogeração de energia desenhado pela equipe da UFRJ

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Comitiva da Britcham (Câmara Britânica de Comércio e Indústria) visitando a UFRJ.
Comitiva da Britcham (Câmara Britânica de Comércio e Indústria) visitando a UFRJ.

Imagem: Divulgação | Professora Carolina Naveira-Cotta, líder do protótipo, afirma que muitos brasileiros poderiam se beneficiar da iniciativa

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Julho de 2022 – A Britcham (Câmara Britânica de Comércio e Indústria) organizou uma comitiva (liderada por Carlos Peixoto, Presidente do Comitê de Óleo e Gás) para visitar a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde está sendo desenvolvido um projeto de uma ilha de policogeração sustentável capaz de gerar simultaneamente eletricidade, água destilada e biodiesel. Quem coordena o processo é a Professora Carolina Naveira-Cotta.

O sistema tem como ponto de partida o uso de energia solar com a recuperação de calor.

”Temos possibilidade de gerar simultaneamente vários produtos de forma descentralizada. Começamos com eletricidade e água, mas esperamos, até o final do ano, gerar biodiesel junto com tudo”, afirma Carolina.

E como esse processo funciona? A ideia é o reaproveitamento do calor na geração de eletricidade.

”Temos um painel solar que gera eletricidade e nesse processo joga fora muito calor no ambiente. Esse calor é recuperado para a destilação de água. Por isso, permite gerar eletricidade simultaneamente à água destilada. Essa água é potável, pode ser usada para consumo humano ou ter algum uso industrial”, explica.

Para a geração de biodiesel, parte-se do mesmo procedimento: ”Ao aumentar a temperatura da reação, aprimora-se o processo de produção de biodiesel. Para a geração desse elemento especificamente, criamos micro-reatores, por onde passamos água quente, que aumenta a temperatura da reação e intensifica o processo de produção do biodiesel”, complementa a profissional.

Há outras propostas, como geração de frio.

”Em lugares remotos, por exemplo, podemos aproveitar o calor que está sendo rejeitado para produzir ambientes refrigerados”, explica Carolina. ”Dessa forma, onde não há frio, pode-se conservar alimentos e vacinas, por exemplo”, ressalta.

A visita de empresas associadas à Câmara Britânica e do governo do Reino Unido à UFRJ se deu a partir dos cenários de transição energética e desenvolvimento sustentável apresentados pelo projeto, sendo pautas prioritárias na relação Brasil-Reino Unido.

”Esse projeto pode ser aplicado em qualquer lugar remoto ou inóspito. Então, podemos pensar em uma ilha, uma plataforma, um navio, no semiárido do Nordeste, para atender comunidades que dependam de energia e também de água”, revela Carolina, completando com o exemplo de uma ilha também off-grid (ou seja, não conectada à rede). “Não tem cabo chegando lá [na ilha], em vez de queimar diesel no gerador, coloca um painel, gera eletricidade e transforma água do mar em água potável”, comenta.

Quanto aos custos de implantação do projeto em larga escala, tudo depende do cenário: ”Onde será o local? Terá eletricidade? Quem vai operar?”, pergunta Cotta. “O protótipo montado na UFRJ é custoso pois é muito instrumentado e tem vários sensores digitalizados, já que além de um demonstrador, é formador de alunos. Temos 15 testes acontecendo nesse protótipo”, diz a professora.

A ilha de policogeração sustentável ocupa uma área de 200m², onde foram instalados um painel fotovoltaico de alta concentração, com capacidade de gerar cinco quilowatts de energia elétrica e oito quilowatts de energia térmica, recuperáveis, além de três conjuntos de coletores solares para aquecimento de água.

A ilha é flexível e pode ser modificada para uso em outros locais e adaptada para cogeração de outros insumos, dependendo do objetivo e uso.

Já existe uma estimativa de tempo para que o projeto passe a funcionar concretamente e em média escala.

”Acredito que em um ano teremos uma réplica boa desse protótipo, mas tudo depende do investimento”, diz a professora. ”Esse projeto é revolucionário e pode transformar a vida de muitas pessoas no Brasil, principalmente no árido do Nordeste”, finaliza.

Sobre a Britcham

A Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil – Britcham, há 105 anos no Brasil, atua no fomento do comércio, indústria, serviços e relacionamentos entre Brasil e Reino Unido através de atividades inovadoras e de valor agregado às empresas e à comunidade.

Site oficial: https://britcham.com.br/

Crédito:
Imprensa | Britcham Brasil

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