Especialista internacional fala sobre a tecnologia de gaisificação da madeira para uso na geração de energia no Brasil!

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Planta de instalação em cascata na cidade de Riga, na Letônia.

A Ambiental Mercantil Expo Bahia 2017, evento que reuniu especialistas brasileiros e europeus da área ambiental entre os dias 23 e 25 de maio, em Salvador, apresentou soluções para problemas relacionados ao meio ambiente e enfrentados ao redor do mundo, sobretudo no Brasil. Entre as novidades apresentadas, destaque para uma tecnologia inovadora, desenvolvida na Alemanha, apresentada pela empresa Spanner RE2 – líder mundial na fabricação de plantas de cogeração que transformam madeira em eletricidade.

Para conhecer a tecnologia, a equipe da Ambiental Mercantil conversou com o executivo Aubert Thibaut. Confira a entrevista:

Qual a importância de apresentar essa tecnologia no Brasil (Bahia) e quais resultados o senhor espera?

Aubert Thibaut – A feira é muito importante para encontrar as pessoas locais que atuam na área ambiental, especialistas que vão conhecer e acreditar na tecnologia, consequentemente abrindo as portas para a importação do produto para o Brasil. A gaseificação da madeira traz muitas questões técnicas e essa é uma oportunidade de esclarecer estas questões sobre a tecnologia e mostrar cases de sucesso. Quando é um evento com um formato diferenciado como este, é uma vantagem, pois aumenta a interatividade e estimula o network. Fomos convidados pela direção da SUPPLYgoGREEN (start up sediada em Munique, que tem como diretora-executiva a brasileira radicada na Alemanha, Simone Horvatin) para apresentar o produto no Brasil e aceitamos. Desenvolvemos esse mercado no País há dois anos, portanto, acredito que teremos um bom mercado, só precisamos viabilizar a importação do equipamento.

Como funciona o processo de transformação de madeira em energia?

Aubert Thibaut – A tecnologia que utilizamos é a gaseificação da biomassa da madeira. Neste processo, temos do “reformador”, que é onde ocorre o processo de gaseificação da madeira. O “reformador” é uma parte do equipamento que gera a energia, e é uma tecnologia exclusiva e patenteada pela Spanner RE2. O “reformador” envolve vários passos do processo e, ao final, traz o puro gás da madeira, tratado e limpo. Esse gás é encaminhado por uma tubulação até o motor, que produz a energia. Se for um motor à diesel ou gasolina, temos o “gaseificador” para estes tipos de motor. Na Alemanha, comercializamos o equipamento, o gaseificador, o reformador e o motor (de caminhão). Já no Brasil, o equipamento pode ser vendido separadamente. Como aqui existem muitos motores à diesel, o cliente pode optar por comprar apenas o reformador, que gaseifica a madeira, e acopla-lo junto ao motor que ele já possui. Por isso o equipamento fica muito mais em conta financeiramente.

 O que significa Plantas de Cogeração Modulares?

Aubert Thibaut – A Spanner RE2 disponibiliza dois modelos de plantas de cogeração que transformam a madeira em eletricidade e aquecimento. O cliente é quem define a sua necessidade, seja uma mini ou microusina de biomassa. A partir daí, pode ser calculada a necessidade em fornecimento elétrico ou incineração da madeira (neste caso, quando o cliente possui muitos resíduos de madeira, que podem ser florestais ou industriais).

O cliente da Spanner pode ter uma produção de energia personalizada?

Aubert Thibaut – Produzimos tecnologias há mais de meio século e oferecemos a cada cliente uma solução personalizada, de acordo com o processamento de madeira desejado. O custo de investimento é considerado baixo, com um a combinação modular fácil e flexível, além da confiabilidade e durabilidade das plantas (estima-se que podem funcionar perfeitamente por 25-30 anos). A Spanner RE2 oferece plantas modulares de cogeração que, por ser modular, adequam-se às necessidades dos clientes, de acordo com a quantidade de madeira a ser processada por mês, ou de acordo com o consumo de eletricidade e aquecimento desejado.

Existe alguma previsão para que esta tecnologia chegue ao Brasil?

Aubert Thibaut – Essa tecnologia ainda não está disponível no Brasil, mas temos muitas empresas interessadas. A SUPPLYgoGREEN é a empresa responsável pela introdução da tecnologia da Spanner RE2 no País. A dificuldade, infelizmente, são as altas taxas de importação que os brasileiros precisam pagar. Estamos otimistas com um projeto piloto que traga alguma viabilidade, pois existem várias possibilidades. Acredito que essa é uma tecnologia que daria para entrar no regime Ex-tarifário do Governo Federal, que oferece uma redução de impostos e ficaria economicamente viável para implantação no País.

Qual o retorno que o investidor pode esperar do investimento?

Aubert Thibaut – Esse modelo de equipamento oferece um payback (retorno de investimento) a curto prazo, por não mais do que três anos.

Saiba mais sobre a SPANNER RE2 aqui:

Aubert Thibaut é diretor internacional
da empresa Spanner RE2.

Entrevista realizada com exclusividade para o portal de Nóticias Ambiental Mercantil.

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