Desafios globais e caminhos para o futuro com sustentabilidade precisam ser enfrentados e alcançados com a máxima urgência

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Foto: Arquivo Embrapa
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Imagem: Divulgação

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Setembro de 2024 – Um estudo feito por cientista da Embrapa Meio Ambiente alerta que o planeta está próximo de um ponto de inflexão, após o qual será impossível reverter os danos causados pelas mudanças climáticas. Os relatórios do IPCC, incluindo o Sexto Ciclo de Avaliação, preveem um cenário catastrófico caso as emissões de CO₂ não sejam drasticamente reduzidas. O aquecimento global, a degradação dos solos e as mudanças nos padrões climáticos podem tornar a Terra inabitável.

“Estamos em um momento decisivo para a proteção ambiental e a promoção da sustentabilidade. Para evitar um futuro apocalíptico, as mudanças precisam começar localmente, com ações nos municípios que se expandam para os níveis estadual, federal e, finalmente, global. O tempo está se esgotando, e a responsabilidade por um futuro sustentável é urgente”, acredita Marco Gomes, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente.

O conceito de sustentabilidade foi delineado pela primeira vez na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em 1972. Posteriormente, ganhou maior destaque com o Relatório “Nosso Futuro Comum” (1987), da ex-primeira-ministra norueguesa Gro Brundtland. No entanto, a expressão sustentabilidade ambiental tornou-se amplamente conhecida durante a ECO-92, no Rio de Janeiro, marcando um momento crucial nas discussões globais sobre meio ambiente. Apesar de décadas de debates e conferências organizadas pela ONU, muitos países ainda não conseguem implementar de maneira eficaz esse conceito, essencial para a sobrevivência do planeta.

Os especialistas alertam que o modelo de produção em massa tem promovido uma exploração desenfreada dos recursos naturais, levando a uma devastação ambiental crescente. Além disso, a desinformação e as falsas notícias disseminadas pela mídia e redes sociais contribuem para a gravidade da crise ambiental.

A sustentabilidade envolve um equilíbrio entre a exploração dos recursos naturais e sua preservação, assegurando o bem-estar das gerações futuras. O conceito de “desenvolvimento sustentável“, amplamente divulgado no Relatório Brundtland, refere-se ao desenvolvimento socioeconômico que respeita os limites da natureza. Embora a conscientização sobre a finitude dos recursos naturais tenha aumentado, as práticas sustentáveis ainda estão longe de serem uma realidade.

Conforme o pesquisador, o termo sustentabilidade tem sido usado de maneira indiscriminada. Empresas privadas, por exemplo, exibem selos de responsabilidade socioambiental sem um real compromisso com o meio ambiente, e o setor público enfrenta entraves burocráticos que dificultam a implementação de políticas ambientais efetivas. 

Gomes destaca que exemplos como o uso de energia solar fotovoltaica, reaproveitamento de águas pluviais e sistemas eficientes de tratamento de esgoto são exceções ou pouco usuais, especialmente no Brasil. Isso significa que ainda estamos longe de implementar as práticas sustentáveis básicas de forma minimamente satisfatória.

“A agricultura (irresponsável) também contribui para a degradação ambiental, com práticas como o desmatamento do Cerrado e da Amazônia e as queimadas descontroladas”, disse.

O trabalho completo pode ser acessado aqui.

Site oficial: https://www.embrapa.br/meio-ambiente

Imprensa | Embrapa Meio Ambiente

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