Brasil é o terceiro país mais perigoso para ser ativista do meio ambiente, diz pesquisa

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Por Adson Dutra, Colaboração para Ambiental Mercantil, em São Paulo | Imagem: Global Witness, Américas

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No mês de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, data que gera muitas questões e reflexões, como um caminho grande por trilhar em favor da natureza e biodiversidade, de uma vida mais justa e sustentável, uma vez que ser ativista desta causa é correr o risco de não continuar a luta no dia de amanhã.

Segundo relatório da Ong Global Witness, em 2019, foram registrados 212 homicídios de pessoas que pacificamente defendiam os lugares que habitam, e que resistiam à destruição humana.

O Brasil fica em terceiro lugar com um dos países mais perigosos para defensores da terra e do meio ambiente, com um número de 24 assassinatos em 2019, ficando atrás apenas de Colômbia com 64 homicídios e Filipinas com 43 homicídios.

O relatório aponta também que cerca de quatro defensores do meio ambiente são mortos todas as semanas, desde a criação do Acordo Climático de Paris (Tratado que rege medidas de redução da emissão de gases efeito estufa para conter o aquecimento global), em dezembro de 2015. E os tantos outros casos são silenciados por violentos ataques, detenções, ameaças de morte e processos judiciais.


Número total dos países e defensores do meio ambiente assassinados em 2019;

Gráfico: Global Witness

Lutar por uma causa em que acredita, sobretudo num mundo complexo, não é tarefa fácil para os que apoiam um ambiente mais saudável, justo e menos degradado.

Imagem: Romeo Ranoco – Reuters

Por isso listamos quatro principais ativistas que fazem história no Brasil e vale a pena conhecer.

RAONI METUKTIRE

Imagem: LOIC VENANCE / AFP

Natural do estado de Mato Grosso, Raoni é um líder indígena da etnia caiapó. Suas lutas incluem a preservação da Amazônia e dos povos tradicionais, indígenas. Alcançou fama internacionalmente com as causas a que apoia em 1988, quando o cantor britânico Sting participou de uma conferência de imprensa em São Paulo, da turnê “Human Rights Now!”, promovida pela Anistia Internacional. A partir daí, chamou a atenção de ativistas e apoiadores das causas amazônicas e passou a fazer várias viagens em diversos países, a fim de pautar soluções para a preservação da floresta amazônica e dos povos indígenas.

RAQUEL ROSENBERG

Raquel é uma ativista e empreendedora social que ficou conhecida por criar o projeto “Engajamundo”, visando mobilizar jovens para as causas em prol da Amazônia e demais relações sociais e ambientais no Brasil e no mundo. Participou de fóruns internacionais como a COP21 na ONU (Organização das Nações Unidas).

Ela se define como alguém que tem como missão de vida trabalhar com pessoas e organizações que buscam a troca de ideias e propósitos para o equilibro no que diz respeito ao meio ambiente e a formação de cidadãos íntegros e solidários.

Imagem: Arquivo pessoal

MARIA DO SOCORRO

Imagem: Thom Pierce Guardian,
Global Witness UN Environment

Ativista e defensora do meio ambiente da terra amazônica em campanhas com as comunidades locais em Barcarena no estado do Pará, contra uma fábrica de alumínio de uma empresa norueguesa acusada de envenenamento das águas doces amazônicas. Maria do Socorro afirma que não se calará, apesar de viver constantes ameaças de morte e estar na lista da Global Witness como defensora ameaçada da linha de frente.

A empresa norueguesa responde processo civil por ativistas pela suposta poluição da água em Barcarena.

OSVALINDA MARCELINO ALVES PEREIRA

Osvalinda vem atuando como trabalhadora e líder rural em Trairão, no Pará, e está a frente em lutas contra a extração ilegal de madeira e desmatamento na região. Criadora da Associação de Mulheres do Areia II para ensinar as agricultoras a plantar de forma sustentável, a fim de comercializar o que colheria, e recuperar as nascentes e as áreas degradadas. O trabalho nobre realizado por Osvalinda lhe rendeu, em novembro de 2020, o Prêmio Edelstam. Mas mesmo sendo honrada pela comunidade internacional, ela e sua família vêm sofrendo ameaças de morte de grandes latifundiários e madeireiros que exploram e degradam a região.

Imagem: Lalo de Almeida; Folhapress

MENÇÕES HONROSAS

Imagem: Robson Dombrosky

Não podemos deixar de mencionar os ribeirinhos, os povos tradicionais e quilombolas, que são ativistas pacíficos.

Eles e fazem a diferença, preservando o espaço, cuidando da mata e animais em que vivem ao redor.

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Crédito:
Imprensa | Ambiental Mercantil

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