TOMRA, fabricante líder global de sistemas de seleção baseados em sensores para Coleta Seletiva e Reciclagem, estará na Waste Expo Brasil em São Paulo

softelec
Carina Arita, diretora comercial da TOMRA Recycling Brasil, estará como expositora na EXPO WASTE BRASIL 2021.
Carina Arita, diretora comercial da TOMRA Recycling Brasil, estará como expositora na EXPO WASTE BRASIL 2021.

Imagem: Divulgação | Carina Arita, diretora comercial da TOMRA Recycling Brasil estará na EXPO WASTE BRASIL 2021 nos dias 26 a 28 de outubro em São Paulo, SP

  • Por Simone Horvatin, Colaboração para Ambiental Mercantil, em São Paulo
Publicidade
Publicidade
Equipamentos - STADLER GmbH

Outubro de 2022 – A TOMRA Recycling Brasilfabricante líder global de sistemas de seleção baseados em sensores, celebrou o 10º aniversário no mercado brasileiro este ano e estará presente na WASTE EXPO BRASIL 2021. A data celebra as muitas conquistas obtidas no mercado brasileiro, revolucionando os recursos, através de plantas de reciclagem de alta precisão, com os sensores da TOMRA. Carina Arita, diretora comercial da TOMRA Recycling Brasil, concedeu entrevista exclusiva para AMBIENTAL MERCANTIL NOTÍCIAS.

A LEI PNRS TEM O MESMO TEMPO DA TOMRA RECYCLING NO BRASIL

A TOMRA Recycling está no Brasil quase que o mesmo tempo em que a lei nº 12.305 da Política Nacional de Resíduos Sólidos foi instituída. A lei nº 12.305 sobre a PNRS foi instituída em 2010 e regulamentada pelo decreto 7.404/10. A lei foi criada para organizar a gestão de resíduos no Brasil, exigindo transparência no gerenciamento de seus resíduos do poder público, iniciativa privada e sociedade civil. 

Nestes aproximadamente 10 anos no Brasil, a TOMRA Recycling Brasil pode acompanhar a evolução da gestão de resíduos sólidos urbanos. Como você avalia, na sua opinião, os avanços do setor nestes 10 anos?

Carina Arita “Antes da instituição da PNRS, a TOMRA global estudou o mercado brasileiro e sua regulamentação foi um fator decisivo para a abertura da subsidiária brasileira da TOMRA, assim temos praticamente o mesmo tempo. A evolução do setor de Gestão de Resíduos é muito expressiva, sobretudo nos últimos anos. Ao longo desses 10 anos, vemos avanços tanto do ponto de vista de arcabouço legal com as definições dos planos estaduais, regionais e municipais, acordos de logística reversa, o marco do saneamento, bem como do ponto de vista técnico de conhecimento das rotas tecnológicas e sua adequação às diferentes realidades brasileira, inclusive já temos instalações em operação que se tornaram referências demonstrando seus resultados e benefícios.”

FIM DOS LIXÕES: ENTRE UTOPIA E REALIDADE

Segundo relatório da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais de 2018 (Abrelpe), há cerca de 3 mil lixões em funcionamento no País, em cerca de 1.600 cidades. Isso comprova que, infelizmente, que a coleta seletiva e separação dos resíduos sólidos urbanos pós consumo é ainda ineficiente e inadequada.

De acordo com a PNRS, o fim dos lixões estava previsto para 2014. Porém, dizem que devido ao pouco ou nenhum engajamento dos municípios, isso não aconteceu. Pela lei nº 14.026 de 15 de julho de 2020, que instituiu o Novo Marco Legal do Saneamento Básico pelo Congresso Nacional, o prazo para extinção dos lixões acaba em 2024.  Desde então, as gestões públicas tentam acelerar a implementação, envolvendo municípios e consórcios, para melhorar a Coleta Seletiva e Reciclagem, além da implantação de aterros sanitários.

A TOMRA Recycling Brasil é uma empresa pioneira em economia circular, com quase 50 anos de existência. Como você vê a contribuição da TOMRA, para tornar a Coleta Seletiva e a Reciclagem mais eficiente no Brasil?

Carina Arita “A maior e mais importante contribuição que a proporciona TOMRA é a alta escalabilidade que nossas tecnologias podem proporcionar à Coleta Seletiva aumentando a recuperação e volume possível de recicláveis, de forma eficiente e alta qualidade para que esse material vá para a Reciclagem. Hoje o mercado brasileiro sofre uma crise de oferta e demanda de materiais recicláveis, exatamente pelo fato de nossos processos estarem limitados a baixa escala de produção. Além de outras contribuições como rastreabilidade, gestão e controle de processo, alta pureza e qualidade de produtos, constância entre outros.”

Divulgação | TOMRA AUTOSORT
Divulgação | TOMRA AUTOSORT

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DAS GRANDES CIDADES: QUEM VAI PEGAR ESSA ONDA?

De acordo com o último Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil da Abrelpe de 2020, entre 2010 e 2019, a geração de RSU no Brasil registrou considerável incremento, passando de 67 milhões para 79 milhões de tonelada por ano.

No Brasil, a maior parte dos RSU coletados segue para disposição em aterros sanitários, tendo registrado neste período um aumento de 10 milhões de toneladas em uma década, passando de 33 milhões de toneladas por ano para 43 milhões de toneladas. Por outro lado, a quantidade de resíduos que segue para unidades inadequadas (lixões e aterros controlados) também cresceu, passando de 25 milhões de toneladas por ano para pouco mais 29 milhões de toneladas por ano.

O Panorama da Abrelpe apresenta a seguinte gravimetria de RSU: 45,3%¨resíduos orgânicos; 16,8% plásticos; 1,4% embalagens multicamadas; 5,6% têxteis, couros e borrachas; 10,4% papel e papelão; 2,7% vidro; 2,3% metais; 14,1% rejeitos (materiais que não foram passíveis de identificação, bem como recicláveis contaminados que não permitiram a separação); 1,4% outros (contempla os resíduos identificados e que não deveriam estar no fluxo de RSU como RSS, eletroeletrônicos, pilhas e baterias, resíduos perigosos, RCD, pneus, óleos e graxas, embalagens de agrotóxico e outros resíduos perigosos).

Bem, dentro desta gravimetria brasileira de RSU, resíduos plásticos ocupam a segunda posição e têm extrema relevância para coleta seletiva e reciclagem. Na economia circular, o plástico tem valor como matéria prima, como material reciclável

A soluções da TOMRA são aplicáveis para o resíduo da Coleta Seletiva, mas também são projetadas e muito utilizadas com o Resíduo Sólido Urbano coletado de forma indiferenciada, ou seja, pela Coleta Domiciliar exatamente pelo fato de ainda termos cerca de 17% de plásticos, 10% de papel e papelão 2,7% de vidro e 2,3% de metais nesse fluxo de resíduos, e todo esse material tem potencial de serem reciclados e estão sendo desperdiçados.

As tecnologias da TOMRA são desenvolvidas para tornar a Coleta Seletiva e Reciclagem de Plásticos cada vez mais precisas e eficientes. O que você diz respeito disso? Como você vê o mercado brasileiro na reciclagem de plásticos?

Carina Arita “O mercado brasileiro na reciclagem está crescendo tanto em qualidade como em quantidade, isso significa dizer que os clientes, produtos e processos estão se tornando mais exigentes demandando maiores índices de pureza; bem como o mercado está buscando mais fontes de insumo e o mercado está tentando valorizar as frações ao seu máximo. Interessante ressaltar que as soluções da TOMRA proporcionam resultados nas duas direções (qualidade e quantidade) e por isso tem sido adotada por diversos e importantes atores do mercado.

Divulgação | PE x PP

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: PROJEÇÃO PARA AS PRÓXIMAS DUAS DÉCADAS

Ainda de acordo com Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil da Abrelpe de 2020 e com base nos dados disponíveis, projetaram a geração de resíduos sólidos urbanos no país para as próximas décadas, que resulta em uma curva crescente ao longo de 30 anos.

Até 2050, o Brasil observará um aumento de quase 50% no montante de RSU, em comparação ao ano base de 2019.

Para o mesmo período, a projeção de crescimento populacional esperado é de 12%, o que evidencia a influência decisiva na componente de perspectiva econômica nessa equação: o avanço gradual do Produto Interno Bruto (PIB) e consequente aumento do poder aquisitivo da sociedade. A falta de tratamento ou a disposição final precária dos RSU podem causar problemas sanitários, ambientais e sociais, tais como a disseminação de doenças, a contaminação do solo e das águas subterrâneas e superficiais, a poluição do ar pelo gás metano.

A TOMRA é uma empresa global e pioneira na economia circular e assumiu para si um papel de agente de transformação do nosso mundo: desenvolvendo tecnologias de inteligência artificial e “deep learning” para valorar os resíduos plásticos com maior precisão, poupando assim, nossos recursos.

Conte para gente, como você as próximas duas décadas no tratamento de RSU? Como você vê a participação da TOMRA no Brasil nesta revolução pelos recursos?

Carina Arita “No Brasil, quando começamos há 10 anos poucos conheciam as soluções de triagem baseada em sensores e os benefícios que essas soluções proporcionam, então desde o início estamos discutindo, educando e fomentando esse tema para impulsionar a revolução os recursos naturais considerando o grande impacto positivo que podemos proporcionar, e em larga escala. Entendemos sim que o tratamento dos resíduos é uma questão de saúde pública, bem como as discussões da poluição plástica e o plástico marinho. E quando entramos no viés da Economia Circular, vemos que a questão dos resíduos vai além pois ele passa a ter um valor econômico ao retornar para a cadeia poupando novos recursos primários de serem extraídos pois já compreendemos que os recursos naturais são finitos e que a humanidade consume a uma velocidade maior do que o planeta regenera ou produz. Então, nós da TOMRA com essa consciência procuramos também realizar no Brasil esse papel de agentes transformadores proporcionando através das nossas soluções melhores formas de utilizar os recursos do mundo.”

Divulgação | AUTOSORT FLAKE

PLÁSTICOS NO BRASIL: HERÓI E VILÃO AO MESMO TEMPO

O plástico foi descoberto em 1900, uma matéria prima revolucionária, de baixo custo e facilitadora para vários setores consumidores de transformados plásticos, em valor de consumo.

De acordo com o Perfil 2020 ABIPLAST, a construção civil representa 23,1%; alimentos 20,4%; varejo 9,1%; indústria automotiva 8,9%; Bebidas 5,8%; Metalurgia 5,3% entre outros. No Brasil, 10.891 empresas fazem parte do setor de plásticos, gerando mais de 326.700 empregos; contribuindo com a geração de empregos e o PIB brasileiro, de forma positiva na economia.

Como a TOMRA pode “mostrar um caminho possível para as indústrias de plásticos”?

Carina Arita “São quase 50 anos de dedicação, desenvolvimento e experiência que promovemos as soluções baseada em sensores da TOMRA e sempre procuramos conhecer cada realidade, processo e demanda para construir o caminho em conjunto com a indústria e junto com cada cliente. Sempre trazemos conosco a bagagem da experiência de atuação mundial, em diversas condições sociais e econômicas, diferentes maturidades de indústrias e de processos para aplicar e contribuir com a demanda em cada local. Em função disso, temos subsidiarias instaladas em mais de 80 países com equipe local e altamente capacitada, temos uma grande equipe de desenvolvimento, temos 6 centros de testes para aprimorar e demonstrar as soluções em escala de produção, além de temos parcerias com instituições de pesquisa e desenvolvimento. Inclusive, quando estamos desenvolvendo nossas soluções, consideramos aplicação para qual o produto plástico será utilizado, conforme perfil apresentado pela ABIPLAST.”

Na reciclagem de plásticos pós consumo no Brasil são 1.083 empresas, gerando mais de 10.100 empregos. O Brasil recicla apenas 10,9% (IBGE, 2019). Isso mostra que tem muito plástico para ser reciclado.

Para fechar a circularidade dos plásticos, a TOMRA tem uma proposta clara e compromissos globais para reciclar cada vez mais plásticos. Há mercado para empreendedores que tenham os mesmos objetivos que a TOMRA.

O que a TOMRA Brasil tem a oferecer para empresas e empreendedores que desejam investir na reciclagem de plásticos de alta precisão?

Carina Arita “A TOMRA oferece soluções de triagem baseada em sensores capazes de identificar os objetos por tipo de material, cores, formato, contaminantes metálicos, entre outras características que definirão os produtos desejados e indesejados. Através de um portfólio extenso com sensores de infravermelho próximo (NIR), sensor do espectograma visual (VIS), sensores de raio-x (XRT), câmeras de alta resolução (CRGB), detectores de metais (EM), combinadas com sensores a laser, inteligência artificial e “deep learning” que podem ser gerenciados em uma plataforma robusta de dados o TOMRA Insight. Ou seja, nós oferecemos às empresas de reciclagem soluções inteligentes do amanhã, que já é realidade hoje para que eles possam recuperar, preparar e valorizar os plásticos, com alta capacidade de processamento, alta qualidade e pureza, com confiabilidade, constância, rastreabilidade e gestão de processo e consequentemente maior rentabilidade para as empresas de reciclagem.”

Por que TOMRA?

A TOMRA Sorting proporciona mais do que apenas uma máquina direto da fábrica: engenheiros especialistas no segmento de reciclagem e que entendem a natureza complexa do processamento de resíduos e metais. Nossa experiência no mercado é a vantagem de nossos clientes.

Para garantir que as soluções certas sejam usadas para atingir os maiores índices possíveis de recuperação e pureza, os representantes da TOMRA Sorting trabalham em conjunto com os clientes e integradores desde os estágios iniciais de planejamento. Site oficial: https://www.tomra.com/pt-br

SERVIÇO

EXPO CENTER NORTE | Pavilhão Amarelo
TOMRA D1/D2
Av. Otto Baumgart, 1000 – Vila Guilherme
São Paulo – SP

Quando? 26 a 28 de outubro
Horário: das 10:00 às 18:00
Informações: VISITANTES

Quem estará esperando por você?  No stand da TOMRA marcará presença Carina Arita, Diretora Comercial da TOMRA Recycling Brasil e o novo Diretora da TOMRA para as Américas, Ty Rhoad.

Crédito:
Simone Horvatin (Jornalista, MTB 0092611/SP) para AMBIENTAL MERCANTIL NOTÍCIAS

ANUNCIE COM A AMBIENTAL MERCANTIL
AMBIENTAL MERCANTIL | ANUNCIE NO CANAL MAIS AMBIENTAL DO BRASIL
Sobre Ambiental Mercantil Notícias 5028 Artigos
AMBIENTAL MERCANTIL é sobre ESG, Sustentabilidade, Economia Circular, Resíduos, Reciclagem, Saneamento, Energias e muito mais!