La Ninã deverá reaparecer ainda este ano, mas temperaturas continuarão altas

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Imagem: Clima continuará muito seco em vários países africanos – UN Photo/Albert Gonzalez Farran |

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Organização Meteorológica Mundial prevê aumento das secas em algumas regiões e maior risco de enchentes em outras áreas; fenômeno cria clima mais ameno, mas ainda assim, temperaturas entre setembro e novembro serão acima da média no Hemisfério Norte

Um fenômeno La Ninã de intensidade fraca deverá reaparecer ainda em 2021, pelo segundo ano consecutivo. A Organização Meteorológica Mundial prevê aumento de secas em algumas partes do mundo e maior risco de tempestades e de enchentes em outras áreas. 

A OMM divulgou esta quinta-feira, em Genebra, um relatório sobre o La Ninã, que tem a tendência de amenizar as temperaturas na superfície do Oceano Pacífico Central e Oriental. Mas ainda assim, a agência prevê que as temperaturas entre setembro e novembro serão acima da média, especialmente no Hemisfério Norte. 

Bairro afetado por enchentes em Jacarta, Indonésia – Foto: © UNICEF/Arimacs Wilander

América do Sul   

Com a chegada do La Niña, a circulação atmosférica muda, influenciando ventos, pressão do ar e chuvas. Geralmente, os impactos no clima são os opostos do El Niño, que causa temperaturas mais quentes.  

A OMM destaca que existem 40% de chances do La Niña ocorrer entre setembro e novembro e chances iguais de reaparecer entre outubro e dezembro. O fenômeno vai influenciar as temperaturas do ar entre setembro e novembro, que deverão ser mais altas que a média no leste da América do Norte, no norte da Ásia e no Ártico, e também no leste da África e no Sul da América do Sul. 

Durante o La Niña ocorrem mudanças associadas a riscos de chuvas fortes, inundações e secas – Pnud Somalia

Clima mais seco na África  

A entidade prevê chuvas associadas ao La Niña, que deverão ser menores do que o normal em muitas regiões da América do Sul e também na maior parte do Mediterrâneo, Península Árabe e Ásia central.  

Segundo a OMM, um clima mais seco é esperado até dezembro na África, especialmente em países como Burundi, Quênia, Ruanda e Tanzânia.  

O secretário-geral da OMM declarou que “a mudança climática influenciada pelas ações humanas aumentam os impactos de eventos naturais como o La Niña ,com calor mais forte e secas.” 

Mudança climática afeta também produção agrícola – Foto: Banco Mundial/Peter Kapuscinski

Impactos na segurança alimentar  

Petteri Taalas explica ainda que os riscos de incêndios aumentam, enquanto muitas regiões acabam enfrentando recordes de chuvas e de enchentes. Segundo ele, isso foi visto em várias áreas nos últimos meses, com “efeitos trágicos”. Taalas destacou que “a mudança climática está aumentando a frequência e a intensidade dos desastres.” 

O chefe da OMM explicou que a instalação de sistemas de alerta sobre o clima e melhor gerenciamento do risco de desastres estão salvando vidas. Mas Taalas informou que os impactos sócio-econômicos e humanitários estão piorando a insegurança alimentar e causando mais deslocamento de pessoas. 

O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial participa esta quinta-feira do Evento Humanitário de Alto Nível da ONU sobre Ação Antecipatória, que busca ampliar a ação coletiva sobre crises ligadas ao clima.  

Crédito:
Imprensa | ONU

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