Levantamento realizado por pesquisadora no Legado Verdes do Cerrado viabiliza a criação de inventário inédito sobre a riqueza de espécies vegetais do Cerrado, em Goiás
Diversidade é uma das palavras que se destacam no vocabulário da doutoranda da Universidade Federal de Goiás (UFG), Indiara Nunes Mesquita Ferreira, ao comentar as descobertas feitas durante sua pesquisa sobre a flora do Cerrado.
No mês em que se comemora o Dia Internacional da Biodiversidade (22/05), Indiara tem um motivo a mais para celebrar a data, já que ela consolida um passo importante de um estudo inédito para a sua tese de doutorado em Produção Vegetal: o inventário florístico de comunidades de árvores nativas da região de Niquelândia, no Norte de Goiás.
Formada em Economia e Biologia, com mestrado em Biodiversidade Vegetal (também pela UFG), a pesquisadora comprova, por meio de sua pesquisa, altos índices de biodiversidade da flora contidos no Legado Verdes do Cerrado, Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável (RPDS), de propriedade da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, ao qual ela teve acesso para a realização do mapeamento.
“Aquilo que vemos nos livros sobre o Cerrado, eu pude visualizar ao longo da pesquisa no Legado Verdes do Cerrado. Nem na minha época de infância, andando pela região do Orizona, em Goiás, eu vi um Cerrado tão bonito e tão diverso. Geralmente, o que encontramos são ‘fragmentos’ de vegetação em pequenas áreas, mas no Legado é diferente, há vários tipos de vegetação do bioma, incluídos em formações florestais, savânicas e campestres espalhados pela reserva. Ali, eu pude constatar quanta riqueza o Cerrado possui”, enfatiza a doutoranda da UFG.
Legado Verdes do Cerrado
Relevância acadêmica e ambiental – As visitas de campo ao Legado Verdes do Cerrado foram autorizadas no fim do ano de 2017, quando foi firmado o acordo para a realização do estudo entre o Inventário Florestal Nacional (IFN), a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA).
As amostras botânicas foram coletadas ao longo de 2018 e incorporadas aos Herbários da UFG e da Embrapa Cenargen (Centro Nacional de Recursos Genéticos), locais que abrigam e conservam fragmentos vegetais derivados de pesquisas científicas. As análises das amostras coletadas no Legado foram levadas ao laboratório de Inventário Florestal da UFG.
Durante o levantamento para o seu doutorado, com previsão de conclusão ainda em 2021, Indiara encontrou espécies vulneráveis e ameaçadas de extinção, como a Garapa e o Cedro. Além dessas, foram identificadas árvores protegidas pela legislação ambiental do Estado de Goiás, como o Baru, o Pequi, a Aroeira, o Angico e o Gonçalo Alves, além de três espécies de Ipês.
Em artigo, que está sendo produzido para publicação científica da Escola de Agronomia da UFG.
As informações apuradas ajudarão a escrever um importante capítulo na história da conservação do bioma para o Brasil. O acesso aos dados pode estimular o desenvolvimento de ações ainda mais consistentes para a valorização e conservação do Cerrado no norte de Goiás, que passa a contar com uma lista inédita das espécies de árvores nativas do bioma nessa região.
Para Indiara, o estudo marca de forma significativa sua carreira na pesquisa.
“O maior presente de um trabalho como esse é saber que estou trilhando um caminho muito importante da história do Cerrado, que possui uma biodiversidade muito valorosa. Poder contribuir com a conservação do bioma é algo que me realiza como pesquisadora”, finaliza a doutoranda da UFG.
Sobre o Legado Verdes do Cerrado
O Legado Verdes do Cerrado, com aproximadamente 80% da área composta por cerrado nativo, é uma área de 32 mil hectares da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, uma das empresas investidas no portfólio da Votorantim S.A. A cerca de três horas de Brasília, é composta por dois núcleos. No núcleo Engenho, nascem três rios: Peixe, São Bento e Traíras, de onde é captada toda a água para o abastecimento público de Niquelândia/GO. Nele está a sede do Legado Verdes do Cerrado onde, em 23 mil hectares, são realizadas pesquisas científicas, ações de educação ambiental e atividades da nova economia, como produção de plantas e reflorestamento; enquanto 5 mil hectares são áreas dedicadas à pecuária, produção de soja e silvicultura. O núcleo Santo Antônio Serra Negra, com 5 mil hectares, mantém o cerrado nativo intocado e tem parte de sua área margeada pelo Lago da Serra da Mesa.
Acompanhe o Legado Verdes do Cerrado no Facebook e Instagram: www.facebook.com/legadoverdesdocerrado
Sobre a CBA
Desde 1955, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) produz alumínio de alta qualidade de forma integrada e sustentável. Com capacidade instalada para produzir 100% de energia vinda de hidroelétricas próprias, a CBA minera a bauxita, transforma em alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) e produtos transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis). Em estreita parceria com seus clientes, a CBA desenvolve soluções e serviços para os mercados de embalagens e de transportes, conferindo mais leveza, durabilidade e uma vida melhor. A CBA está bem perto de você. Site: CBA | Da cidade de Alumínio para o alumínio de todas as cidades.
Crédito:
Imprensa | CBA Companhia Brasileira de Alumínio