Secretaria de Estado do Meio ambiente do Distrito Federal apresentou Projeto-piloto sobre o uso de água magnetizada na agricultura, que demonstrou ter bons resultados

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A iniciativa desenvolvida em Brazlândia pela Sema/CITinova será referência para o país, afirma Sarney Filho

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Em visita ao projeto piloto implantado pela Sema |Citnova envolvendo o uso de água magnetizada na agricultura, o secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, afirmou que a experiência deve se tornar mais uma em que o DF se firma como referência para o Brasil inteiro.

“A ação é inédita no Brasil e dá uma mostra de que a preservação do bioma Cerrado pode ser alcançada por meio da inovação. A diminuição da quantidade de água na irrigação é importante e, pelos resultados já alcançados aqui, é possível perceber que paralelamente à economia de água, há ganhos em qualidade e quantidade na produção, afirmou.

A ação vem sendo realizada na Chácara Colina, em Brazlândia, região que integra a Bacia do Descoberto. O local escolhido conta com uma vegetação nativa preservada que envolve as áreas de produção e conta com uma nascente, afluente do Córrego Barrocão, situada a 16 metros de altura.

Na chácara, que é certificada para produção orgânica,  já está na fase de colheita o alface irrigado com água magnetizada.

De acordo com seu proprietário, Luiz Carlos Pinagé de Lima, a experiência tem deixado ele e sua equipe de trabalho entusiasmados.

Diante da crise hídrica mundial e que ficou evidente no DF em 2018, Pinajé afirma que a aposta em inovação gera muito interesse e satisfação aos produtores.

“Estamos de olho nos resultados e já é possível perceber que a técnica gera economia de água. “Há indícios de que a água magnetizada também melhora as propriedades dos cultivares”, afirmou Luiz Carlos.

MILHO E RABANETE

Segundo o professor João José da Silva Júnior, da Faculdade de Agronomia da Universidade de Brasília (UnB), que apoia o projeto junto com o Centro Internacional de Água e Transdisciplinaridade (Cirat), as próximas colheitas na propriedade serão de milho e rabanete. Ele observa que os resultados já observados com o alface são promissores.

“O que já percebemos e está catalogado nos relatórios é animador e apontam para uma redução significativa de recursos hídricos  por meio do uso da água magnetizada”, diz.

Os resultados finais serão apresentados até o final do próximo ano. O teste será aplicado também na estufa da Fazenda Água Limpa, da Universidade de Brasília, em sistema controlado.

CITINOVA

A iniciativa integra o CITinova, projeto multilateral realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para a promoção de sustentabilidade nas cidades brasileiras por meio de tecnologias inovadoras e planejamento urbano integrado, com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente. É executado pela Sema, em Brasília, com gestão do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).

EXPERIMENTOS

No âmbito do Projeto Sema/CITinova, estão sendo testados três magnetizadores, dois importados e um desenvolvido por pesquisadores brasileiros nos dois projetos pilotos: um em área aberta,  na Chácara Colina, e outro em estufa, na fazenda da UnB.

Está em andamento, também, a análise da intensidade de indução magnética que proporciona maior desenvolvimento vegetativo, produção de fitomassa e produtividade em culturas de milho, rabanete e alface.

De acordo com os pesquisadores, a água submetida à indução magnética estática (IME) possibilita uma maior hidratação que altera o metabolismo celular, disponibilizando assim mais energia para o crescimento das plantas, reduzindo o consumo de água e agrotóxicos. Os magnetizadores de alta vazão de água e com baixo custo, visam maior intensidade e eficiência magnética possibilitando aumento de produtividade em sistemas de irrigação convencionais.

Segundo estudos, a água tratada magneticamente interfere na fisiologia de plantas e  favorece a interação solo-água, deixando o solo úmido por mais tempo. O seu uso pode reduzir os intervalos de irrigação, aumentar a velocidade e o percentual de germinação das sementes,   além de melhorar a produção e a produtividade das culturas agrícolas.

Crédito:
ASCOM – SEMA DF

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