Bahia atinge meta de 285 sistemas implantados do Programa Água Doce

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O Programa Água Doce (PAD) é uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano, que incorpora cuidados técnicos, ambientais e sociais na recuperação, implantação e gestão de sistemas de dessalinização, prioritariamente em comunidades rurais do semiárido, em todo território nacional.

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Em sua primeira fase, o PAD conta com 840 sistemas já implantados no país, com um investimento de R$ 287 milhões. Na Bahia já foram implantados 285 dessalinizadores, com investimento de R$ 65 milhões, garantindo água boa e de qualidade para 70 mil pessoas que vivem no semiárido.

Em sua quinta edição, o Encontro Estadual do Programa, realizado de forma virtual por conta da pandemia da Covid-19, reuniu gestores nacionais, estaduais e municipais, bem como representantes das comunidades beneficiadas pelo programa em todo estado. 
Representando o secretário do Meio Ambiente (Sema), João Carlos Oliveira, a chefe de gabinete pasta, Cássia Magalhães, fez a abertura do evento.

“A Bahia, rota para o Nordeste, é uma região muito sofrida por conta da seca. Historicamente tivemos um desenvolvimento muito centralizado, que precisa de políticas públicas consistentes e tendo como eixo o desenvolvimento sustentável local, meta dessa secretaria. E, sem o componente água, entendemos ser impossível promover este desenvolvimento. Portanto, gostaria de parabenizar toda a equipe estadual do programa, que não só consegue executar esta política de forma eficaz, mas está envidando todos os esforços para ampliar o alcance do PAD para novos municípios e localidades. Esse programa é uma linha auxiliar importante para que nós possamos cumprir as metas impostas nestes documentos visando o desenvolvimento sustentável do Século 21, ressaltando ainda o Marco Regulatório do Saneamento, que traz como meta garantir água potável para 99% da população.

Para o coordenador de Dessalinização de Águas do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Alexandre Saia, a proposta agora é avançar para segunda fase do programa, com uma meta inicial de implantação de 1.140 sistemas até 2025, investimento previsto de R$ 585 milhões.

“Atualmente nós temos uma capacidade instalada para produzir cerca de 3,2 milhões de litros de água por dia, com possibilidade de avançar na utilização de agricultura biossalina por meio de unidades demonstrativas do programa Água Doce e utilização de energia solar para alimentar os sistemas implantados pelo programa”, afirmou Alexandre.

Acrescentou ainda que na segunda fase a proposta é avançar com a instalação do sistema solar fotovoltaico em todos sistemas implantados, garantindo autonomia para as comunidades beneficiadas. 

A coordenadora estadual do Programa Água Doce na Bahia e técnica da Sema, Luciana Santa Rita, apresentou os números da primeira fase do programa.

“Nossa meta são 295 sistemas implantados em 56 municípios. Até o momento, 285 sistemas já foram entregues, e mais 10 estarão em operação até março de 2021, cumprindo nosso acordo da primeira fase do programa. Já executamos R$ 65 milhões investidos em obras, diagnóstico, manutenção e apoio à gestão, e temos recursos em caixa, saldo e rendimentos, que estamos pleiteando junto ao ministério para executarmos em serviços de manutenção e monitoramento, com a ampliação do convênio da primeira fase em mais um ano. Isso garantirá o apoio necessário para que os sistemas estejam operando com total capacidade em todas comunidades beneficiadas”, afirmou Santa Rita.

Amauri Silva da Cruz, integrante do grupo gestor da comunidade de Boa Paz, município de Mairi, afirmou:

“Eu costumo dizer que somos uma comunidade rica. Aqui, em nossa comunidade, não deu petróleo, mas deu água de qualidade para nossas famílias, e ninguém vive sem água. O sistema não é do  Governo Federal, estado ou município. Foi viabilizado por estes governos, é verdade, mas ele pertence a cada um de nós, e devemos dar a nossa contrapartida, cuidando e operando da melhor forma.”

Como acontece em outras localidades beneficiadas, na comunidade de Boa Paz a água dos dessalinizadores é consumida pelas famílias, escolas, unidades de saúde e igrejas, garantindo o acesso à água potável e cuidando da saúde das pessoas.

Débora Conceição dos Santos, integrante do grupo gestor da comunidade de Risca Faca, em Canudos – Ba disse:

“Nós temos aqui, na comunidade de Risca Faca, município de Canudos, cerca de 22 famílias que usam a água do sistema de dessalinização. Operamos o sistema diariamente, o que melhorou significamente a saúde da nossa população”, afirmou.

Programa Água Doce

O PAD é coordenado na Bahia pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema), tem a Companhia de Engenharia Hídrica e Saneamento da Bahia (CERB) como unidade executora, a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) como unidade prestadora de serviços de manutenção e monitoramento, e conta ainda com a parceria do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

Crédito:
SEMA BA

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