Banco Mundial: esgoto tratado beneficia a saúde, o meio ambiente e a economia

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Banco Mundial/Mariana Ceratti – Na América Latina entre 30% e 40% das águas residuais são devolvidas ao meio ambiente sem tratamento adequado.

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Novo estudo apresenta projetos bem-sucedidos no setor de saneamento, inclusive no Brasil. Em todo o mundo, 80% das águas residuais não recebem tratamento antes de serem devolvidas ao meio ambiente.

O Banco Mundial lançou no dia 19 de março, em Washington um estudo mostrando a importância do tratamento de esgoto para a saúde, a natureza e a economia. Atualmente, em todo o mundo, 80% dessas das águas residuais são devolvidas ao meio ambiente sem tratamento adequado. Na América Latina, estima-se que esse porcentual varie entre 30% e 40%.

O relatório defende uma gestão mais inteligente do esgoto, incluindo o reaproveitamento da água. Essa prática é essencial numa época em que 36% da população mundial vive em regiões com escassez de recursos hídricos. 

Energia 

Sede do Banco Mundial em Washington. , by Banco Mundial/Simone D. McCourte

O novo estudo do Banco Mundial também apresenta projetos bem-sucedidos de tratamento de esgoto. Dele, é possível obter não só água limpa, mas também fertilizantes agrícolas, biogás para a geração de energia e outros recursos.

Uma das iniciativas em destaque foi implementada pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal, CAESB, no Brasil. A partir do esgoto, foram extraídos biossólidos, que foram usados para o cultivo de milho. O material mostrou ser 21% mais eficiente do que os fertilizantes minerais e levou a uma produção de grãos superior à média.

Projetos assim podem gerar receitas adicionais para as concessionárias de água, permitindo a elas cobrir os custos operacionais e de manutenção, que normalmente são altos. Segundo os autores do relatório, tornar o saneamento um serviço autossustentável pode ajudar os países a lidar com a falta de recursos para o setor. E, com isso, avançar no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODSs.

O relatório do Banco Mundial coloca as águas residuais no centro da economia circular, um sistema que visa a minimizar o desperdício e aproveitar ao máximo os recursos já em uso. Na visão dos autores, o crescimento da população e o desenvolvimento urbano do futuro exigem técnicas e tecnologias para reduzir o consumo de recursos naturais.

*Apresentação: Mariana Ceratti, do Banco Mundial

Crédito: ONU NEWS

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