Imagem: Divulgação
Março de 2025 – Mas como tornar isso possível? Segundo o autor de “Mobilidade 5.0“, Daniel R. Schnaider, a evolução da mobilidade urbana está diretamente ligada à implementação de novos modelos de governança e à transição para Zonas Experimentais Inteligentes. Para o especialista em tecnologias disruptivas há mais de 20 anos, essa abordagem propõe desviar o foco dos sintomas – como trânsito, acidentes e poluição – para a causa raiz: uma governança inadequada que impede o desenvolvimento sustentável das cidades.
Schnaider defende a criação de Zonas Experimentais de Governança Autônoma (ZEGA), regiões protegidas pela flexibilização de burocracias governamentais, em que se é possível atrair investimentos globais para financiar a infraestrutura essencial, abrangendo saneamento básico, moradia, transporte, indústria, educação, saúde, lazer, capacitação profissional e, sobretudo, a geração de empregos. Ainda, sob o regime de Governança como Serviço (GaaS), tais áreas podem ser geridas por entidades públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos com um sistema robusto de transparência sustentado por auditorias externas regulares que permitirão ao operador prestar serviços de excelência à população.
Experiências em cidades inteligentes como Próspera, Ciudad Morazán, Zanzibar, Dubai e Shenzhen demonstram que a alteração das regras de governança promove o desenvolvimento local e reduz a necessidade de mobilidade entre diferentes regiões. Ao aproximar as cadeias de suprimentos ao cidadão, essas transformações ampliam a liberdade de escolha em consumo, trabalho, cultura e lazer.
“Em meu livro, destaco, por exemplo, o caso de crianças que moram na zona rural de Paranoá, em Brasília-DF, e que, para exercerem seu direito de estudar, precisam caminhar 12 quilômetros por dia – ou seja, 240 quilômetros por mês. Quais são as chances de essas crianças abandonarem os estudos? Muitas. Também comparo essa realidade com a falta de investimentos em infraestrutura, que tem grande influência nesse cenário. Veja: em 2021, havia 1,1 milhão de crianças em idade escolar obrigatória fora das instituições de ensino no Brasil, o que representa 3,8% do total. Enquanto isso, em Singapura, país considerado modelo em cidades inteligentes, essa taxa é, em média, de apenas 0,2%. Ou seja, investimentos bem direcionados fazem a diferença”, ressalta Schnaider.
Dessa forma, o modelo de Cidade 5.0 moderniza não só a mobilidade urbana, mas também o desenvolvimento social e econômico, pois cria incentivos para atrair capital humano e financeiro para regiões que carecem de investimentos em infraestrutura e serviços essenciais. Com a criação de ambientes favoráveis à inovação, essas cidades redefinem a relação entre infraestrutura, governança e qualidade de vida, tornando-se um caminho viável para a construção de um futuro mais sustentável.
Sobre o autor
Daniel R. Schnaider, presidente voluntário da PRIME Society – federação internacional sem fins lucrativos voltada para a Sociedade 5.0 – tem como missão, por meio da inovação e tecnologia, criar novos modelos sociais que promovam a erradicação da pobreza, como Cidade 5.0, ZEGA e GaaS.
Daniel R. Schnaider possui um histórico de inovações, foi cocriador, aos 14 anos, de uma das primeiras plataformas de e-commerce do mundo e, aos 18, integrou a unidade de inteligência israelense 8200. LinkedIn.
Ao longo de sua carreira, passou por empresas renomadas, como a IBM e Elbit Systems e tornou-se referência em tecnologia, mobilidade e transformação digital. Também é colunista em portais nacionais e internacionais e autor do livro Pense com Calma, Aja Rápido.
Site oficial: https://www.primesociety.com
Sobre o livro
Mobilidade 5.0: dos Cavalos a Marte: Como a Tecnologia do Transporte Impacta as Nossas por Daniel R. Schnaider
Imprensa