Imagem: Divulgação | A Grant Thornton ouviu exclusivamente conselheiros de empresas de capital aberto e fechado, no território nacional
Dezembro de 2022 – A Grant Thornton Brasil, companhia global de auditoria, consultoria e tributos, fez uma pesquisa com conselheiros de empresas acerca das práticas relacionadas ao tema ESG (Ambiental, Social e Governança, do inglês), nas empresas brasileiras.
Segundo os conselheiros consultados, 33% das empresas não possuem uma estrutura voltada para ESG, por outro lado, 48% das empresas de capital aberto têm orçamento ou investimento específico em ESG, enquanto nas empresas de capital fechado esse índice caí para 36%, o que mostra uma diferença relevante na prática de investimentos nesta agenda.
Há certo equilíbrio entre os pilares de ESG contemplados no planejamento estratégico das companhias: governança (31%), social (30%) e ambiental (28%) e as motivações para essa inclusão vão desde responsabilidade corporativa (20%), posicionamento de mercado (19%) e mitigação de riscos (13%), até exigência dos acionistas ou conselho de administração (12%) e requerimentos legais (7%). A estratégia financeira (6%) ainda não aparece como forte motivadora para as empresas, assim como a demanda de clientes (6%) e a pressão de steakholders (2%).
No pilar ambiental (E), os temas mais relevantes para a organização são energias renováveis (17%), consumo de recursos naturais (11%) e logística reversa, reciclagem e reuso (10%), enquanto as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e mudanças climáticas aparecerem com 7%, recursos hídricos, com 6%, biodiversidade, com 5%, e desmatamento ao longo da cadeia produtiva, com 4%.
No pilar social (S), se destacaram diversidade e inclusão (24%), saúde e segurança do trabalho (17%) e impactos significativos na comunidade (10%), seguidos pelos temas pobreza no local onde a empresa está inserida (9%), diversidade no conselho de administração (7%), assédio moral ou sexual (6%) e redução da pobreza e miséria (3%).
Em governança (G), a estrutura de governança é o tema prioritário, com 29%, seguido por gestão de dados pessoais e privacidade (22%), combate à corrupção (16%), transparência na remuneração de executivos (5%) e direito dos acionistas (4%).
Vale ressaltar que, apesar dos avanços na agenda ESG, em geral, ainda é baixo o número de empresas que se comprometem com metas. Os maiores índices se referem a temas que estão há mais tempo em discussão e, portanto, mais consolidados. É o caso de diversidade e inclusão no pilar social, especialmente após a pandemia de covid-19, quando a pauta de cuidado com as pessoas ganhou mais relevância.
Metas ESG
AMBIENTAL
- Gestão de resíduos 17%
- Não há metas ambientais estabelecidas 16%
- Uso de água 15%
- Uso de energia 15%
- Emissões de gases 10%
SOCIAL
- Diversidade e inclusão 25%
- Saúde, segurança e bem-estar 22%
- Comunidades 10%
- Não há metas sociais estabelecidas 10%
- Direitos humanos 5%
GOVERNANÇA
- Gestão de riscos 29%
- Ética e conduta 25%
- Gestão de fornecedores
11% - Não há metas de governança estabelecidas 8%
Em governança, apesar de grande parte dos impactos e riscos para as empresas tenha origem na cadeia de fornecimento, a gestão de fornecedores é meta para apenas 11% dos pesquisados.
Para Adriana Moura, sócia líder de Governança, Riscos e Compliance (GRC) da Grant Thornton Brasil, falta aprimorar processos e estabelecer indicadores para monitoramento dos avanços nas empresas, de forma a responder à crescente demanda global pelo tema ESG.
“Apesar dos recentes avanços, as empresas ainda não estão estruturadas para alavancar todas as questões que ESG abrange, a fim de obter maior credibilidade junto aos investidores”, avalia.
“Nota-se que os aspectos ambientais e sociais ainda não recebem a atenção devida das empresas, mas a sociedade e os investidores estão cada vez mais aptos e atentos a identificar aquelas que estão realmente comprometidas e possuem práticas concretas de sustentabilidade”, complementa Daniele Barreto e Silva, líder de Sustentabilidade da Grant Thornton Brasil.
“As empresas brasileiras ampliaram seu olhar para os aspectos ESG, mas ainda há lacunas importantes a ser preenchidas. É preciso ir além do compliance e das questões ligadas aos riscos de reputação e à valorização da marca, que na grande maioria das organizações têm sido o principal motivador da sustentabilidade na agenda de decisão executiva,” conclui Daniele.
Sobre a Grant Thornton
A Grant Thornton é uma das maiores empresas globais de auditoria, consultoria e tributos. Está presente em mais de 140 países e conta com mais de 62.000 colaboradores. No Brasil, está posicionada nos 13 principais centros de negócios do país, contando com mais de 1.400 pessoas, atendendo empresas nas mais variadas etapas de crescimento, desde startups a companhias abertas. Com uma forma de trabalho customizada, auxilia empresas dinâmicas a atingirem seus potenciais de crescimento de forma sustentável, gerando a melhor proposta de valor para o negócio por meio de recomendações significativas, voltadas para o futuro.
Site oficial: https://www.grantthornton.com.br/
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