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Abril de 2025 – A umgrauemeio comemora a instalação da sua tecnologia de detecção e monitoramento de incêndios na Serra do Japi, junto com a entrega da 3ª etapa do “Projeto Olhos da Serra”, iniciativa do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ), com o propósito de preservar os recursos naturais e hídricos da região.
Pioneira na identificação e prevenção de incêndios florestais e agrícolas, por meio do Pantera, sua solução integrada de gestão, detecção e análise de risco, desenvolvida com uso da inteligência artificial, entre outras tecnologias, a umgrauemeio monitora 17,5 milhões de hectares no Brasil (10 milhões em florestas e áreas nativas e 7,5 milhões de agricultura).
Monitorar a Serra do Japi, contudo, é especial para essa startup que desenvolve soluções tecnológicas para o combate às mudanças climáticas. A Serra do Japi é um dos poucos remanescentes de Mata Atlântica no interior do estado São Paulo e a maior parte da sua área está em Jundiaí, cidade que também é a sede da climatech.
“A Serra do Japi está nos nossos planos desde o nosso começo. Nesses quase oito anos de história, em que já monitoramos 17 milhões e meio de hectares (área equivalente ao tamanho do Reino Unido), não monitorar o ‘quintal da nossa casa’ dava um aperto no coração”, diz Rogerio Cavalcante, fundador e CEO da umgrauemeio.
“A união de forças envolvidas para a realização desse projeto é só o começo de uma nova era para a Serra do Japi. Queremos trazer à nossa cidade o que o mundo está refletindo e fazendo em termos de biodiversidade, DNA ambiental, crédito de carbono, porque as questões do meio ambiente não são individuais de uma empresa ou pessoa. Quando o assunto é o meio ambiente, a gente tem de dar as mãos e trabalhar para o bem comum. Só tenho a agradecer ao Consórcio PCJ, envolvido no projeto e a toda a equipe da umgrauemeio que fez desse objetivo uma realidade”, enfatizou Rogério.
Mariane Leme, coordenadora de projetos do Consórcio PCJ e Gestora do Olhos da Serra, explica como essa nova fase do projeto prioriza ainda mais o combate aos incêndios.
“Tendo em vista que 2024 foi um ano avassalador em relação à quantidade de queimadas no Brasil, investir em alertas ágeis para o incêndio florestal será importantíssimo. Nessa terceira etapa, com auxílio dos nossos patrocinadores, Coca-Cola Brasil e Coca-Cola FEMSA Brasil, investimos na aquisição da tecnologia abarcada no sistema da umgrauemeio, chamada Pantera. A câmera de alta resolução já foi instalada na torre da Rádio Dumont FM e as imagens serão visualizadas no Centro de Controle Operacional da Guarda Municipal de Jundiaí.”
Julia de Castro, bióloga, jundiaiense, com mestrado em conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável, é analista de inovabilidade na umgrauemeio e acompanhou detalhadamente o processo de instalação do Pantera junto ao Consórcio PCJ.
“Estamos no Pantanal, na Amazônia, até na Índia, do outro lado do mundo, mas ainda não estávamos em nossa casa que é Jundiaí!”, enfatizou Julia ao dar mais detalhes sobre a tecnologia utilizada no projeto: “Temos a câmera instalada, mas ela é o meio para a inteligência artificial triar as informações recebidas e identificar os focos de incêndio. O nosso software tem outros módulos, tais como a prevenção, que permite ver a análise de risco, a meteorologia e, depois, conseguimos fazer o relatório, estabelecer a área de dano, cicatrizes, entre outros. Enfim, temos instalado um sistema de gestão completo para incêndio florestal.”
O Projeto Olhos na Serra
Nesses quatro anos de execução do Projeto Olhos da Serra, foram identificadas 833 nascentes e 111 cursos d’água na Serra do Japi. A região é conhecida como “Castelo das Águas”, por sua grande quantidade de nascentes e cursos d’água. As atividades de conservação da Reserva Biológica (REBIO), plantio de árvores de espécies nativas, educação ambiental e comunicação social com a comunidade, instalação de fossas biodigestoras, monitoramento de invasões na REBIO e da incidência de incêndios florestais, têm propiciado a infiltração de 5.526.245 m³ de água por ano no solo, permitindo o aumento da disponibilidade e da qualidade da água para a região.
Estima-se que 450.000 habitantes estão sendo beneficiados até o momento com as atividades do Projeto Olhos da Serra, já que a água que nasce naquela região contribui com o Rio Jundiaí e o Ribeirão Piraí, mananciais que possuem captações superficiais nos municípios das Bacias PCJ, a exemplo de Cabreúva, Indaiatuba, Itupeva e Jundiaí.
Nas áreas de educação ambiental e de comunicação social, foram elaborados 22 boletins informativos, 7 cartilhas, 2 folders com mapa educativo, 2 informativos impressos, além da produção de informações diversas nas redes sociais e website do projeto.
O Olhos da Serra também conta com a parceria das seguintes instituições: Prefeitura Municipal de Jundiaí (Diretorias de Meio Ambiente, de Agronegócios e de Parcerias Estratégicas, Guarda Municipal – Divisão Florestal e Defesa Civil); Fundação Serra do Japi; DAE Jundiaí; Fundação Florestal; Embrapa; Instituto Cerrados; Associação dos Amigos dos Bairros de Santa Clara, Vargem Grande, Caguassu e Paiol Velho (SAB Santa Clara); Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA); Conselho Gestor da Serra do Japi (CGSJ); Companhia de Informática de Jundiaí (Cijun) e Aliados pela Água.
Site oficial: https://agua.org.br/olhosdaserra
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