Imagem: Divulgação | Por Simone Horvatin, Redação Ambiental Mercantil
Abril de 2025 – A Conferência das Partes (COP) surgiu como parte da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), criada durante a Rio-92 (também conhecida como Cúpula da Terra), realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992. A UNFCCC foi um dos principais resultados desse encontro, com o objetivo de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera para evitar impactos perigosos no clima global.
A UNFCCC entrou em vigor em março de 1994, após ser ratificada por diversos países. Com isso, foi estabelecido que os signatários se reuniriam periodicamente em conferências para discutir estratégias e metas climáticas. A primeira dessas reuniões, a COP 1, ocorreu em Berlim, Alemanha, entre 28 de março e 7 de abril de 1995. Durante essa conferência inaugural, foi firmado o Mandato de Berlim, que reconheceu a insuficiência dos compromissos existentes e iniciou negociações para metas mais rigorosas e juridicamente vinculativas.
Desde então, as COPs têm sido realizadas anualmente e se tornaram o principal fórum global para negociações climáticas. Elas são marcadas por intensas discussões entre países sobre metas de redução de emissões, financiamento climático e adaptação às mudanças climáticas.
COP – Linha do Tempo
Visão geral sobre as Propostas, Acordos, Metas e Cumprimento
Rio-92, contexto e impacto na criação das COPs
As Conferências das Partes (COPs) têm suas raízes na Rio-92, oficialmente chamada de Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada entre 3 e 14 de junho de 1992, no Rio de Janeiro. Esse evento foi um marco global na discussão sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável. A Rio-92 foi um marco ao reunir 178 países e mais de 100 chefes de Estado, colocando o tema ambiental no centro das políticas internacionais e criando as bases para as COPs como principal fórum climático global.
Principais Objetivos da Rio-92 Consolidar o conceito de desenvolvimento sustentável: Integrar crescimento econômico com proteção ambiental e justiça social. Estabelecer responsabilidades diferenciadas: Reconhecer que países desenvolvidos têm maior responsabilidade pelos danos ambientais, enquanto os países em desenvolvimento necessitam de apoio financeiro e tecnológico para adotar práticas sustentáveis. Promover ações globais: Criar documentos e acordos que orientassem políticas ambientais nas décadas seguintes. | Documentos e Resultados A Rio-92 resultou em importantes acordos que moldaram as ações climáticas globais: Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC): Base para as futuras COPs, com foco na estabilização das emissões de gases de efeito estufa. Agenda 21: Plano global para desenvolvimento sustentável. Convenção sobre Diversidade Biológica e Convenção de Combate à Desertificação. Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e a Declaração de Princípios sobre Florestas. |
A UNFCCC, adotada na Rio-92, estabeleceu a necessidade de reuniões anuais entre seus signatários para discutir metas climáticas. Assim, a primeira COP foi realizada em Berlim, em 1995, iniciando o processo contínuo de negociação climática global.
A seguir, uma linha do tempo cronológica destacando as principais propostas, acordos assinados, metas estabelecidas e o status de cumprimento das metas nas Conferências das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC).
COP 1 – Berlim, 1995 Proposta: Início das negociações para metas e prazos de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) para países desenvolvidos. Acordo: Nenhum acordo vinculante, mas estabeleceu o princípio das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. Meta: Estabelecimento das bases para negociações futuras Cumprimento: Estabelecimento do Mandato de Berlim, iniciando negociações para metas mais rigorosas. | COP 2 – Genebra, Suíça (1996) Proposta: Avaliação da implementação da Convenção e primeiras discussões sobre compromissos vinculativos. Acordo: Declaração Ministerial de Genebra (não vinculante). Meta: Acelerar as negociações do Protocolo de Kyoto. Cumprimento: Estabeleceu a base política para o Protocolo de Kyoto. |
COP 3 – Kyoto, 1997 Proposta: Estabelecimento de metas obrigatórias de redução de GEE para países desenvolvidos. Acordo: Protocolo de Kyoto. Meta: Redução média de 5% nas emissões de GEE em relação a 1990, entre 2008 e 2012. Cumprimento: Parcial. Alguns países cumpriram, outros não; EUA não ratificaram. | COP 4 – Buenos Aires, Argentina (1998) Proposta: Implementação do Protocolo de Kyoto. Acordo: Plano de Ação de Buenos Aires. Meta: Estabelecer regras e mecanismos para implementação do Protocolo de Kyoto até 2000. Cumprimento: Parcial; continuidade das negociações em COPs posteriores. |
COP 5 – Bonn, Alemanha (1999) Proposta: Continuidade do Plano de Ação de Buenos Aires. Acordo: Sem acordo formal específico. Meta: Estabelecer diretrizes técnicas para implementação do Protocolo de Kyoto. Cumprimento: Avanços técnicos em mecanismos de flexibilidade e uso da terra. | COP 6 – Haia, Holanda (2000) e COP 6.5 – Bonn, Alemanha (2001) Proposta: Finalização das regras operacionais do Protocolo de Kyoto. Acordo: Inicialmente fracassou em Haia; retomada em Bonn com o “Acordo de Bonn”. Meta: Resolver questões pendentes sobre sumidouros de carbono, mecanismos de flexibilidade e financiamento. Cumprimento: Inicialmente fracassou em Haia, mas foi retomada com sucesso em Bonn, resultando no Acordo de Bonn, que resolveu impasses cruciais sobre as regras operacionais do Protocolo de Kyoto. |
COP 7 – Marrakech, 2001 Proposta: Finalização das regras do Protocolo de Kyoto. Acordo: Acordos de Marrakech. Meta: Implementação dos mecanismos de cumprimento e financiamento. Cumprimento: Implementação parcial, com dificuldades de adesão de alguns países. | COP 8 – Nova Delhi, Índia (2002) Proposta: Foco em adaptação às mudanças climáticas. Acordo: Declaração Ministerial de Delhi. Meta: Equilibrar mitigação e adaptação; promover transferência de tecnologia. Cumprimento: Limitado; maior reconhecimento das necessidades dos países em desenvolvimento. |
COP 9 – Milão, Itália (2003) Proposta: Definição de regras para projetos de reflorestamento no MDL. Acordo: Orientações técnicas para o MDL. Meta: Finalizar aspectos técnicos do Protocolo de Kyoto. Cumprimento: Avanços técnicos, principalmente em sumidouros de carbono. | COP 10 – Buenos Aires, Argentina (2004) Proposta: Foco em adaptação e revisão do primeiro período de compromissos. Acordo: Programa de Trabalho de Buenos Aires sobre Adaptação. Meta: Desenvolver e implementar medidas de adaptação às mudanças climáticas. Cumprimento: Melhoria na compreensão das necessidades de adaptação. |
COP 11/MOP 1 – Montreal, Canadá (2005) Proposta: Primeira reunião após a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto. Acordo: Decisões sobre o funcionamento do Protocolo de Kyoto. Meta: Definir um caminho para compromissos pós-2012. Cumprimento: Estabeleceu o Grupo de Trabalho para novos compromissos dos países desenvolvidos. | COP 12/MOP 2 – Nairóbi, Quênia (2006) Proposta: Foco em países africanos e adaptação. Acordo: Programa de Trabalho de Nairóbi sobre Adaptação. Meta: Melhorar a compreensão dos impactos e aumentar a capacidade de adaptação. Cumprimento: Maior atenção para África e países em desenvolvimento. |
COP 13/MOP 3 – Bali, Indonésia (2007) Proposta: Novo roteiro para acordo climático pós-Kyoto. Acordo: Plano de Ação de Bali. Meta: Estabelecer um processo de negociação para um acordo global até 2009. Cumprimento: Criação do Grupo de Trabalho sobre Ação Cooperativa de Longo Prazo. | COP 14/MOP 4 – Poznań, Polônia (2008) Proposta: Negociações intermediárias rumo a Copenhague. Acordo: Sem acordo formal específico. Meta: Avançar em temas como REDD+ e transferência de tecnologia. Cumprimento: Progressos modestos; preparação para Copenhague. |
COP 15 – Copenhague, 2009 Proposta: Novo acordo global pós-Kyoto. Acordo: Acordo de Copenhague (não vinculante). Meta: Limitar o aquecimento global a 2°C. Cumprimento: Não vinculante, metas voluntárias; avanços limitados. | COP 16 – Cancún, México (2010) Proposta: Avançar nas negociações para um acordo climático global pós-Copenhague. Acordo: Acordos de Cancún. Meta: Fortalecer a cooperação internacional em mitigação, adaptação, financiamento e tecnologia; operacionalizar o Fundo Verde para o Clima. Cumprimento: Criação do Fundo Verde para o Clima e do Mecanismo de Tecnologia; estabelecimento do Quadro de Adaptação de Cancún; reconhecimento da meta de 2°C; avanços em REDD+. |
COP 17 – Durban, 2011 Proposta: Novo tratado global para limitar emissões. Acordo: Plataforma de Durban. Meta: Definir novo acordo até 2015, para vigorar a partir de 2020. Cumprimento: Meta de negociação cumprida; resultou no Acordo de Paris. | COP 18 – Doha, 2012 Proposta: Prorrogação do Protocolo de Kyoto. Acordo: Emenda de Doha. Meta: Extensão do Protocolo de Kyoto até 2020. Cumprimento: Parcial, com adesão limitada de países. |
COP 19 – Varsóvia, Polônia (2013) Proposta: Estabelecer mecanismos para perdas e danos climáticos e avançar no financiamento climático. Acordo: Mecanismo Internacional de Varsóvia para Perdas e Danos (WIM). Meta: Criar estruturas de apoio para países vulneráveis e avançar no REDD+. Cumprimento: Avanço no estabelecimento do Mecanismo Internacional de Varsóvia para Perdas e Danos (WIM). As discussões sobre financiamento climático tiveram progressos limitados em termos de compromissos financeiros concretos. | COP 20 – Lima, Peru (2014) Proposta: Preparar as bases para o Acordo de Paris, com foco nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (INDCs). Acordo: “Chamado de Lima para Ação Climática”, que definiu diretrizes para compromissos climáticos futuros. Metas: Cada país deveria apresentar suas INDCs até 2015. Cumprimento: Parcial; as INDCs foram apresentadas e serviram de base para o Acordo de Paris. |
COP 21 – Paris, 2015 Proposta: Novo acordo global vinculante. Acordo: Acordo de Paris. Meta: Manter o aquecimento global “bem abaixo de 2°C” e buscar limitar a 1,5°C; revisão das metas a cada 5 anos; financiamento de US$ 100 bilhões/ano para países em desenvolvimento. Cumprimento: Acordo ratificado por 195 países; metas nacionais (NDCs) apresentadas, mas projeções indicam que o mundo ainda não está no caminho para limitar o aquecimento a 1,5°C. | COP 22 – Marrakech, 2016 Proposta: Implementação do Acordo de Paris. Acordo: Definição de 2018 como prazo para operacionalizar o acordo. Meta: Colocar em prática compromissos de Paris. Cumprimento: Processo em andamento, com avanços graduais. |
COP 23 – Bonn, Alemanha (2017) Proposta: Avançar na implementação do Acordo de Paris, com foco em diretrizes para transparência, financiamento climático e adaptação. Acordo: Avanço significativo nas negociações do “Livro de Regras” do Acordo de Paris. Meta: Estabelecer diretrizes para relato de emissões e acompanhamento de compromissos climáticos. Cumprimento: Avanços na integração de agricultura e mudanças climáticas; reforço do compromisso com a meta de 1,5°C–2°C. | COP 24 – Katowice, Polônia (2018) Proposta: Finalizar o “Livro de Regras” para a implementação do Acordo de Paris. Acordo: Acordo de Katowice. Meta: Estabelecer diretrizes claras para relatar emissões, monitorar financiamento climático e planejar medidas de adaptação. Cumprimento: Adoção de diretrizes de transparência e monitoramento; avanços limitados no mecanismo financeiro para perdas e danos. |
COP 25 – Madrid, Espanha (2019) História: Originalmente planejada para ocorrer em Santiago, Chile, foi transferida para Madrid devido a protestos sociais no Chile. Proposta: Finalizar regras do Acordo de Paris, especialmente sobre mercados de carbono (Artigo 6). Acordo: Não houve consenso sobre o Artigo 6; negociações foram adiadas para a COP26. Meta: Avançar na implementação do Acordo de Paris. Cumprimento: Resultados limitados; falta de acordo sobre mercados de carbono. | COP 26 – Glasgow, Reino Unido (2021) Proposta: Acelerar ações climáticas para limitar o aquecimento global a 1,5°C e finalizar o “Livro de Regras” do Acordo de Paris. Acordo: Glasgow Climate Pact. Meta: Compromisso de revisitar e fortalecer as metas de redução de emissões para 2030 até o final de 2022. Acordo para iniciar um diálogo sobre financiamento para perdas e danos e aumentar o apoio financeiro para adaptação. Menção à necessidade de reduzir gradualmente a energia a carvão não abatida e subsídios ineficientes a combustíveis fósseis. Declarações de um número de países para zerar o desmatamento e reduzir as emissões de metano até 2030 e dobrar o financiamento para adaptação até 2025. Cumprimento: Parcial; primeira menção explícita à redução do uso de carvão e subsídios fósseis em um acordo climático, mas compromissos ainda insuficientes para atingir a meta de 1,5°C. |
COP 27 – Sharm El-Sheikh, Egito (2022) História: Apelidada de “COP da Implementação”, focou na concretização dos compromissos do Acordo de Paris. Proposta: Apoio financeiro para países vulneráveis e criação de um fundo para perdas e danos climáticos. Acordo: Fundo para perdas e danos aprovado; sem avanços significativos na redução de emissões. Meta: Apoiar países do Sul Global e avançar na meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C. Cumprimento: Fundo estabelecido, mas metas climáticas ainda insuficientes. | COP 28 – Dubai, 2023 Proposta: Transição global para abandono dos combustíveis fósseis. Acordo: Compromissos para transicionar para longe dos combustíveis fósseis, triplicar a capacidade de energias renováveis, dobrar a taxa anual de melhoria da eficiência energética e operacionalizar o fundo para perdas e danos. Meta: Reduzir emissões globais em 43% até 2030 e 60% até 2035; pico de emissões até 2025. Cumprimento: Metas ainda em andamento; implementação depende de ações nacionais e internacionais. |
COP 29 – Baku, 2024 Proposta: Novas metas nacionais (NDCs) e financiamento climático. Acordo: A principal meta foi a definição de um novo objetivo coletivo quantificado em matéria de financiamento climático (NCQG). Esperou-se também discussões sobre a atualização das NDCs e o avanço do financiamento para perdas e danos. Meta (Brasil): Estabeleceu um novo e ambicioso objetivo de financiamento climático, que seja adequado à escala do desafio climático e que restaure a confiança entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Cumprimento: Metas recém estabelecidas; cumprimento será avaliado nos próximos anos. | COP 30 – Brasil, 2025 | EVENTO FUTURO Proposta: Implementar o novo marco de financiamento climático e avançar nas metas do Acordo de Paris. Acordo: A ser determinado (evento futuro). Meta: Expectativa de fortalecer NDCs e aumentar ambição global para cumprir o limite de 1,5°C. Cumprimento: Não aplicável (evento futuro). Contexto: Primeira COP na Amazônia, com foco esperado em florestas, biodiversidade e conhecimentos indígenas. |
O cumprimento das metas globais tem sido parcial, com avanços importantes, mas insuficientes para garantir o limite de 1,5°C de aquecimento global. O Acordo de Paris permanece como o principal marco, com revisões periódicas das metas nacionais (NDCs) e pressão crescente por ações mais ambiciosas. O sucesso futuro depende da implementação efetiva das metas e do aumento do financiamento climático, especialmente para países em desenvolvimento.
Glossário rápido A-Z
- Acordo de Copenhague:
Acordo não vinculante adotado na COP 15 (2009), que estabeleceu o objetivo de limitar o aquecimento global a 2°C. - Acordo de Dubai:
Acordo adotado na COP 28 (2023), que incluiu compromissos para energias renováveis, eficiência energética e um fundo para perdas e danos. - Acordo de Katowice:
Acordo adotado na COP 24 (2018), que estabeleceu diretrizes claras para a implementação do Acordo de Paris, incluindo transparência, financiamento climático e adaptação. - Acordo de Lima para Ação Climática:
Acordo adotado na COP 20 (2014), que definiu diretrizes para os compromissos climáticos futuros, baseando-se nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (INDCs). - Acordo de Paris:
Acordo global vinculante adotado na COP 21 (2015), com o objetivo de manter o aquecimento global “bem abaixo de 2°C” e buscar limitar a 1,5°C. - Acordos de Marrakech:
Acordos adotados na COP 7 (2001), que finalizaram as regras do Protocolo de Kyoto, incluindo mecanismos de cumprimento e financiamento. - Adaptação:
Ações para ajustar sistemas naturais e humanos em resposta aos impactos climáticos reais ou esperados. - COP:
Conferência das Partes. Reuniões anuais dos países signatários da UNFCCC para discutir estratégias e metas climáticas. - Emenda de Doha:
Acordo adotado na COP 18 (2012), que prorrogou o Protocolo de Kyoto até 2020. - Financiamento Climático:
Recursos financeiros mobilizados para apoiar projetos e programas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Isso inclui financiamento público e privado, bem como fluxos internacionais e domésticos. - GEE:
Gases de Efeito Estufa. Gases que retêm calor na atmosfera e contribuem para o aquecimento global. - Glasgow Climate Pact:
Acordo adotado na COP 26 (2021), que reafirmou o compromisso de limitar o aquecimento a 1,5°C, mencionou a redução gradual do uso de carvão e subsídios fósseis, e solicitou o fortalecimento das metas de emissão para 2030. - Implementação:
Colocar em prática os acordos, decisões e políticas relacionadas às mudanças climáticas. - INDC: Intended Nationally Determined Contribution
Contribuição Pretendida Nacionalmente Determinada
Compromissos climáticos nacionais que os países apresentaram como base para o Acordo de Paris. - Livro de Regras:
Conjunto de diretrizes detalhadas para a implementação do Acordo de Paris, estabelecendo como os países devem relatar suas emissões e progresso. - Mandato de Berlim:
Acordo adotado na COP 1 (1995), que reconheceu a insuficiência dos compromissos existentes e iniciou negociações para metas mais rigorosas e juridicamente vinculantes. - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL):
Um dos mecanismos de flexibilidade do Protocolo de Kyoto que permite que países desenvolvidos implementem projetos de redução de emissões em países em desenvolvimento e recebam créditos de carbono para ajudar a cumprir suas metas de emissão. - Mecanismo Internacional de Varsóvia para Perdas e Danos (WIM):
Mecanismo criado na COP 19 (2013) para ajudar países vulneráveis a lidar com os impactos irreversíveis das mudanças climáticas. - Mitigação:
Ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) ou aumentar os sumidouros de carbono. - NDC: Nationally Determined Contribution
Contribuição Nacionalmente Determinada
Metas nacionais de redução de emissões que os países apresentam no âmbito do Acordo de Paris. - Países Desenvolvidos/Países em Desenvolvimento (em relação à UNFCCC):
Categorias de países com responsabilidades diferenciadas sob a UNFCCC. Geralmente, os países desenvolvidos (Anexo I da UNFCCC) têm compromissos de redução de emissões mais rigorosos. - Perdas e Danos:
Impactos negativos das mudanças climáticas que não podem ser evitados pela mitigação ou adaptação. - Plataforma de Durban:
Acordo adotado na COP 17 (2011), que estabeleceu o objetivo de definir um novo acordo global para limitar as emissões, resultando no Acordo de Paris. - Protocolo de Kyoto:
Acordo adotado na COP 3 (1997), que estabeleceu metas obrigatórias de redução de GEE para países desenvolvidos. - REDD+: Reducing Emissions from Deforestation and forest Degradation in developing countries Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal em países em desenvolvimento Iniciativa para incentivar a proteção das florestas.
- Resiliência:
A capacidade de sistemas sociais, econômicos e ambientais de lidar com eventos perigosos, tendências ou perturbações, respondendo ou se reorganizando de modo que mantenham sua função essencial, identidade e estrutura, ao mesmo tempo em que mantêm a capacidade de adaptação, aprendizado e transformação. - Rio-92/Cúpula da Terra
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
Realizada no Rio de Janeiro, em 1992. - Sumidouro de Carbono:
Qualquer processo, atividade ou mecanismo que remove dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera. As florestas e os oceanos são importantes sumidouros naturais. - Transparência:
A clareza e a comparabilidade das informações fornecidas pelos países sobre suas emissões, metas e ações climáticas. - UNFCCC: United Nations Framework Convention on Climate Change
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
Tratado internacional que estabeleceu um quadro para a cooperação intergovernamental na luta contra as mudanças climáticas.
Referências
- 08-01-2025 Balanço da COP 29: o que fica da conferência do clima para a população negra
- 29-11-2023 Qual o status das principais metas definidas em COPs
- 14-11-2024 COP29: como Brasil calculou sua nova meta de redução de gases de efeito estufa
- 13-11-2024 COP29: governo detalha novas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa do Brasil
- 13-11-2024 COP 29: Alckmin entrega metas do Brasil sobre clima e fala em cumprir compromissos com rigor
- 22-11-2023 O caminho até Dubai: confira o histórico de COPs desde 1995
- 29-10-2021 COP Timeline
- 18-10-2018 Convenção da ONU sobre Mudança do Clima