Ativistas climáticos de todo o mundo fazem ação visual para a COP30 com artista brasileiro no Itamaraty

Foto: Kathleen Limayo / 350ORG
Foto: Kathleen Limayo / 350ORG

Imagem: Divulgação | Lideranças pedem resposta a carta entregue no ATL demandando o fim dos combustíveis fósseis, a transição energética justa e a liderança indígena na COP30.

Abril de 2025 – Dezenas de pessoas de todo o mundo, incluindo representantes indígenas, ativistas climáticos, influenciadores, e lideranças comunitárias, levaram painéis solares e uma faixa gigante criada pelo artista Mundano para as portas do Ministério de Relações Exteriores, Itamaraty, em Brasília. Os ativistas seguraram faixa de 30 metros de comprimento dizendo “Brasil, lidere a transição energética justa na COP30”. A palavra “Justa” foi pintada com tinta feita com cinzas de queimadas na Amazônia.

A intervenção pediu resposta direta a uma carta entregue à presidência da COP30 durante o ATL, assinada por mais de 180 organizações de todo o mundo e milhares de pessoas em uma petição online, exigindo que o fim dos combustíveis fósseis, a transição energética justa e a liderança indígena e tradicional estejam no centro das decisões da COP30.

Os integrantes da ação participam esta semana do evento “Renovando Nossa Energia“, organizado pela 350.org, organização internacional de ativismo climático e organização comunitária rumo a uma transição energética justa. O encontro reúne mais de 200 lideranças climáticas de mais de 70 países perto de Brasília com o intuito de impulsionar projetos comunitários de energia renovável, um marco estratégico rumo à COP30.

Mundano, artivista brasileiro, disse:

“O artivismo é uma ferramenta essencial para enfrentar a emergência climática, porque números e dados parecem já não impactar as pessoas. Nem as paisagens em colapso, nem mesmo eventos extremos como ondas de calor, secas severas ou enchentes jamais vistas parecem estar despertando a consciência coletiva. O artivismo entra como mais uma linguagem — às vezes mais lúdica, outras vezes mais direta — capaz de alcançar as pessoas por outros caminhos, gerando reflexão sobre a gravidade da crise climática e a urgência de ação.” 

Cacique Jonas Mura, líder indígena e ativista climático da Terra Indígena Gavião Real, disse:

Serena Mendizábal, Sacred Earth (organização de energia renovável justa no Canadá), disse:

“Ao imaginarmos novos sistemas de energia, devemos garantir que nossas comunidades não sejam ainda mais excluídas pelas políticas climáticas ou prejudicadas pelo extrativismo. Estamos ao lado de nossos parentes que estão lutando por seus direitos, defendendo a terra e liderando o caminho a seguir. A sabedoria e a engenhosidade indígenas são fundamentais para combater a crise climática na COP30 e além.”

Portia Adu Mensah, 350 Ghana Reducing Our Carbon (GROC):

“As comunidades na linha de frente da crise climática precisam de acesso garantido a energia renovável segura, limpa e confiável. Precisamos de uma interrupção urgente dos projetos de combustíveis fósseis, como o Oleoduto de Petróleo Bruto da África Oriental (EACOP), que está destruindo o planeta e as comunidades.”

Savio Carvalho, Diretor na 350.org, disse:

“Estamos aqui representando não apenas as centenas de pessoas reunidas no Brasil para construir um futuro renovável, mas também aquelas que, em todo o mundo, exigem justiça climática. Como anfitrião da COP30, o Brasil tem a oportunidade de liderar e implementar os compromissos assumidos nas negociações climáticas anteriores da ONU – fazer uma transição rápida dos combustíveis fósseis e triplicar a energia renovável até 2030.”

Site oficial: https://350.org/pt/

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