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Novembro de 2024 – Entre 2000 e 2010, o Brasil enfrentou diversos problemas ambientais significativos. como a imprensa online no Brasil abordou a degradação ambiental entre 2000 e 2010. Esse período foi marcante para o meio ambiente, com questões de desmatamento, destruição de biomas como a Amazônia e o Cerrado, e perda de biodiversidade ganhando destaque na mídia. A década de 2000-2010 foi marcada por significativos desafios ambientais no Brasil, com a imprensa online desempenhando um papel crucial na documentação e conscientização sobre esses problemas. Os registros da mídia destacaram a urgência de ações para proteger os biomas brasileiros e sua biodiversidade única.

A primeira década do século XXI foi marcada por significativos desafios ambientais no Brasil. Este arquivo visa documentar como a imprensa online retratou a destruição do meio ambiente, biomas e biodiversidade durante essa década.

AMAZÔNIA
Desmatamento acelerado. Expansão da fronteira agrícola. Exploração madeireira ilegal.
O desmatamento na Amazônia acelerou no início dos anos 2000, impulsionado pela expansão da fronteira agrícola e pela exploração madeireira ilegal. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam que, entre 2000 e 2004, a taxa média anual de desmatamento superou os 20 mil km². Esse processo resultou na perda de habitat para inúmeras espécies, contribuindo para a diminuição da biodiversidade e intensificando as mudanças climáticas.
CERRADO
Perda de 60% da área original em 30 anos. Conversão para áreas de lavouras e pastagens.
O Cerrado, considerado a savana mais rica em biodiversidade do mundo, perdeu cerca de 60% de sua área original em 30 anos. A conversão de áreas de Cerrado para lavouras e pastagens foi a principal causa dessa perda, impactando o ciclo hídrico e ameaçando as comunidades tradicionais que dependem desse bioma.
MATA ATLÂNTICA
Bioma mais devastado do Brasil. 71,3% das florestas tropicais nativas desmatadas.
A Mata Atlântica, um dos biomas mais devastados do Brasil, chegou ao início do século XXI com apenas 71,3% de suas florestas tropicais nativas. A pressão urbana, a exploração madeireira e a fragmentação do habitat são as principais ameaças a esse bioma, que abriga uma rica diversidade de espécies, muitas delas endêmicas.
CAATINGA
Mais de 60% das áreas suscetíveis à desertificação. Degradação do solo e erosão.
A Caatinga, bioma único do Brasil, enfrenta a crescente ameaça da desertificação. A degradação do solo e a erosão, agravadas pelas mudanças climáticas, tornam extensas áreas da Caatinga suscetíveis à desertificação, impactando a biodiversidade e as comunidades locais.

Desastres ambientais marcantes deste período e suas consequências

VAZAMENTO DE ÓLEO NA BAÍA DE GUANABARA (2000)
Foram 1,3 milhão de litros de óleo combustível derramados, causando a destruição de manguezais e impacto na pesca local.
ACIDENTE AMBIENTAL DO PARANÁ (2000)
Vazamento de 4 milhões de litros de petróleo, com contaminação dos rios Barigui e Iguaçu.
VAZAMENTO DE BARRAGEM EM CATAGUASES (2003)
Em março de 2003, uma barragem de celulose se rompeu em Cataguases, Minas Gerais, provocando um grave desastre ambiental. O acidente liberou 900 mil metros cúbicos de rejeitos industriais, compostos por 520 mil metros cúbicos de resíduos orgânicos e soda cáustica, que vazaram e contaminaram os rios Pomba e Paraíba do Sul. Esse desastre causou sérios danos ao ecossistema e à população ribeirinha, interrompendo serviços essenciais e afetando três estados: Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Mais de 600 mil pessoas ficaram sem acesso à água por semanas, e famílias inteiras foram obrigadas a abandonar suas casas nas áreas atingidas. Como consequência, o Ibama aplicou uma multa de R$ 50 milhões às empresas responsáveis pelo desastre.
ROMPIMENTO DE BARRAGEM EM MIRAÍ (2007)
Em janeiro de 2007, uma barragem rompeu na cidade de Miraí, também em Minas Gerais. As consequências incluíram o vazamento de mais de 2 milhões de m³ de água e argila. Houve uma inundação de casas com lama tóxica contendo resíduos de bauxita, impactando também as áreas agrícolas. Afetou o abastecimento de água em cidades vizinhas. Acarretou na mortandade de milhares de peixes. Uma multa de R$ 75 milhões aplicada à empresa responsável.
CONSEQUÊNCIAS DESTES DESASTRES
A poluição dos recursos hídricos foi um problema significativo nesse período, sendo que 38% dos municípios brasileiros registraram ocorrências de poluição frequente em rios, lagos, enseadas e outros corpos d’água. As regiões Sul (45%) e Sudeste (43%) foram as mais afetadas. O estado do Rio de Janeiro teve 77% de seus municípios afetados pela poluição da água. A contaminação do solo afetou 33% dos municípios brasileiros, com as principais causas sendo o uso de fertilizantes e agrotóxicos (63% dos casos) e a destinação inadequada do esgoto doméstico (60% dos casos). Durante esse período, houve indícios do surgimento de novas áreas de desmatamento: na floresta Amazônica, no norte do Pará e no Cerrado, no oeste da Bahia. As queimadas foram apontadas como a principal causa de poluição atmosférica nas cidades brasileiras. O esgoto a céu aberto foi identificado como o problema ambiental que mais afetou as condições de vida dos cidadãos, estando diretamente ligado à mortalidade infantil.

Referências:

TUDO SOBRE MEIO AMBIENTE, ENERGIAS E SUSTENTABILIDADE