Imagem: Christel SAGNIEZ | Espécies Araras-Canindé
Por Adson Dutra, Colaboração para Ambiental Mercantil, em São Paulo
Duas das espécies de aves mais conhecidas e carismáticas do Brasil corre o risco de extinção. Trata-se da Arara-Azul e da Arara-Canindé.
De acordo com a bióloga, Betina Alves, a Arara-Azul e Arara-Canindé são pássaros encontrados na floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal. Possuem um potencial perigo de deixar de existir no planeta devido as ações humanas que vem prejudicando o seu habitat natural.
Ela comenta o quão danoso pode ser para a biodiversidade sem a presença dos bichos.

“A extinção de espécies de aves pode levar os ecossistemas a desequilíbrios ecológicos que, consequentemente, levarão à extinção de outras espécies e dos próprios ecossistemas,” afirma.
O dia das Aves no Brasil é comemorado no dia 05 de outubro.
A data instituída pelo decreto nº 63.234 de 12 de setembro de 1968 é de significante relevância para um país abundante em biodiversidade de fauna e flora. Mas, que as decisões políticas e ações humanas em geral está contribuindo para que não haja o que se comemorar. Como recentemente podemos conferir na reportagem sobre o desmatamento e incêndios do cerrado brasileiro, publicada pelo jornal Ambiental Mercantil.
O país possui seis biomas que, juntos, são responsáveis por 30% da biodiversidade mundial, exemplifica Alves.
“O bioma do Pantanal contém a maior diversidade de aves do planeta. Estudiosos, pesquisadores de todos os cantos do mundo vão para o Pantanal, em busca dessa grande diversidade de espécies, tanto nativas como endêmicas, como o Tuiuiú (Jabiru micteria), a Garça Branca (Egretta thula) e o Carcará (Caracara plancus), “explica a doutora em biologia.

Segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Tel Aviv e do Instituto Weizmann, publicado pela revista Journal of Biogeography, apresentou-se que entre 50 e 20 mil anos atrás, quase 10% e 20% das linhagens de pássaros no mundo foram extintas.
As causas principais foram a caça ilegal e o desmatamento de vegetação natural, todas causadas pelo ser humano.
Para a especialista esses animais são os parentes mais próximos dos mamíferos, os dinossauros que sobreviveram à ultima extinção. E ecologicamente falando, as aves possuem uma importância fundamental na dispersão de sementes, ou seja, fazem com que novas espécies de plantas possam ser naturalmente disseminadas.

“A espécie endêmica da Caatinga, a Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) está extinta, não existe mais na natureza, somente em cativeiro. Além disso, a maioria das espécies de pica-pau, tiês, estão na lista das aves ameaçadas de extinção,” pontua.

A partir dos fatos apontados pelas pesquisas, os estudiosos tentam encontrar soluções para que medidas cabíveis para prevenir esse problema possa ser feito. Para ela, uma saída justa é a criação e manutenção de políticas públicas que preservam as áreas de vegetação natural.
“A única forma do Brasil manter sua biodiversidade saudável e equilibrada é através da manutenção das áreas de preservação ambiental,” enfatiza.
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Imprensa | Ambiental Mercantil