
Imagem: Divulgação | Para as empresas, o papel do governo brasileiro na promoção de práticas sustentáveis e tecnologias verdes precisa ser mais efetivo e com soluções reais
Proteger o meio ambiente e aderir a práticas menos nocivas ao clima deve se tornar cada vez mais um fator determinante de competitividade e permanência das empresas no mercado. E esta é também a preocupação das micro e pequenas indústrias (MPI’s). Segundo a pesquisa Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria, realizado pelo Datafolha, a pedido do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi), para 94% das MPI’s ouvidas o governo deveria oferecer condições para que elas possam adotar práticas e tecnologias que causem menos danos ao meio ambiente. Sendo 68% que acreditam que o governo brasileiro deveria assumir uma posição mais importante na promoção de práticas e tecnologias de baixo impacto ambiental e 26% que deveria haver alguma condição para que iniciativas ocorram.

Preservação do meio ambiente
Mesmo sem as condições necessárias, as MPI’s têm buscado maneiras de reduzir o impacto ambiental, para tentar aumentar a competitividade.
Segundo o estudo, a avaliação das micro e pequenas indústrias diante dos desafios ambientais e climáticos é que 12% delas fazem mais do que podem e 44% fazem o que podem para preservar o meio ambiente de forma geral. Outras 28% avaliam que fazem menos do que podem ou nada (14%) pelo tema.
Combate aos efeitos das mudanças climáticas
Uma outra parcela (8%) avalia que as micro e pequenas indústrias estão fazendo mais do que podem ou o que podem (40%) para combater os efeitos das mudanças climáticas. Em contraponto, 27% acreditam que estão fazendo menos do que podem ou nada (20%) em relação a esse assunto.
Produtos mais sustentáveis
Quando perguntados sobre a fabricação de produtos mais sustentáveis, 15% afirmam estarem fazendo mais do que podem ou o que podem (42%). Outras 27% admitem fazer menos do que podem e 13% não estão fazendo dada.
Tecnologias verdes
Ainda segundo a pesquisa, 13% das MPI’s afirmam que fazem mais do que podem para desenvolver tecnologias verdes e 41% dizem que fazem o que podem. Outras 30% fazem menos do que podem ou nada (13%). Veja o gráfico a seguir:

Para o presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria no Estado de São Paulo (Simpi), Joseph Couri, a pesquisa revela a falta de direcionamento, investimento e orientação por parte do governo sobre práticas de combate aos desafios climáticos, que afetam diretamente todas as empresas.
“A micro e pequena indústria está na base da cadeia produtiva e não pode ficar à margem das estratégias de preservação. É preciso que haja um esforço maior do governo e planejamento com práticas economicamente viáveis e adequadas para que as micro e pequenas indústrias possam oferecer produtos mais sustentáveis em relação à natureza“, afirma.
Sobre a pesquisa
O Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo Simpi e efetuada pelo Datafolha, é reconhecido como antecipador de tendência. É importante salientar que 42% das MPI’s de todo Brasil estão em São Paulo.
A coleta de dados ocorreu de 19 a 30 novembro 2021. A íntegra das pesquisas anteriores, desde março de 2013, está disponível no site oficial: https://www.simpi.org.br/
Crédito:
Imprensa | Simpi