O crescimento verde da economia Baiana

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As florestas plantadas são a solução para uma nova economia, de baixo carbono.

Imagem: Florestas plantadas da Bahia | ABAF

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Por Wilson Andrade, Diretor executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), presidente do Conselho Superior da Associação Comercial da Bahia (ACB), conselheiro e diretor da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB) e Cônsul Honorário da Finlândia – OPINIÃO DE ESPECIALISTA | AMBIENTAL MERCANTIL

Em um cenário futuro desafiador, as florestas plantadas estão ganhando um novo status. Da garantia de suprimento de matéria-prima para todos os usos da madeira – atuais e potenciais – a uma nova economia de baixo carbono, a solução passa pelas árvores cultivadas. 

O setor de base florestal produz e processa madeira para diversos setores que a utilizam nos seus processos produtivos, a exemplo da construção civil, da indústria de papel e celulose, a metalúrgica, energia de biomassa, a secagem de grãos do agronegócio, madeira para móveis, entre outros. 

Além disso, os plantios florestais contribuem para a preservação das matas nativas, para a mitigação de mudanças climáticas, especialmente por remover e estocar carbono nas florestas e nos produtos, além de evitar emissões ao prover produtos e serviços de origem renovável, em detrimento aos de origem fóssil ou não renovável. Vale reforçar que as florestas cultivadas têm ainda um enorme valor na regulação do fluxo hídrico, conservação do solo, manutenção da biodiversidade, entre outros serviços ambientais fundamentais para produção agrícola e para qualidade de vida.   

É interessante, porém, observar que a área com florestas plantadas no Brasil (e na Bahia) ocupa apenas 1% da área, mas é responsável por 91% de toda a madeira produzida para fins industriais.

Detentora de 700 mil hectares plantados (predominantemente com eucalipto), a Bahia está entre os líderes do ranking de área florestal plantada no Brasil. Estas florestas são certificadas, nacionalmente e internacionalmente, pelas empresas através do sistema FSC® e CERFLOR.

Para cada hectare de produção, as empresas associadas da ABAF preservam 0,7 hectare. Ou seja, são 700 mil hectares de produção e outros 490 hectares destinados à preservação ambiental. Portanto bem acima do exigido pelo Código Florestal brasileiro.

Temos otimismo quanto ao Plano Nacional de Florestas Plantadas (PlantarFlorestas), lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no qual participamos ativamente. Estamos confiantes com as ações previstas para os próximos dez anos que incluem o objetivo de aumentar em 2 milhões de hectares a área de cultivos comerciais em áreas antropizadas, dentre elas pastagens e áreas sem vocação agrícola, mas boas para plantios florestais.

O setor contribui ainda com o compromisso brasileiro, nos acordos mundiais de combate às mudanças climáticas, de plantio ou replantio de 12 milhões de hectares de florestas e mais 5 milhões de hectares no modelo Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (iLPF). Sem dúvida, pela competitividade dos plantios baianos (em determinadas regiões a produtividade ultrapassa 45 m³/ha/ano, acima da média naciona l), baseada nas condições edafoclimáticas e na avançada tecnologia aplicada por nossos produtores e empresas, Boa parcela desses compromissos brasileiros podem resultar no aumento dos plantios locais.

O mundo está pleno de oportunidades e todos nós – Governo, iniciativa privada, produtores, academia – devemos conhecer e explorá-las, trazendo o capital que nos falta, com mais eficácia, para contribuir com a nossa maior internacionalização.

Tudo isso visando uma recuperação mais célere do nosso país, aproveitando o momento positivo de novos investimentos e a abundância dos recursos naturais brasileiros, somados à tecnologia e empreendedorismo do nosso país e sempre com respeito às legislações, trará a todos melhores condições de vida e crescimento sustentável.

Sobre Wilson Andrade

Imagem: Wilson Andrade

Wilson Andrade é Diretor executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), presidente do Conselho Superior da Associação Comercial da Bahia (ACB), conselheiro e diretor da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB) e Cônsul Honorário da Finlândia.

Sobre a ABAF

Em 2004, o setor de base florestal na Bahia se uniu para criar uma representação forte e atuante: a Associação Baiana das Empresas de Base Florestal- ABAF. A ABAF representa as empresas de base florestal do estado, assim como os seus fornecedores. Essa pluralidade dá à Associação a possibilidade de planejar e agir com respaldo nos mais variados âmbitos e em horizontes largos. Por isso, a ABAF fomenta a pesquisa, investe na coleta e tabulação de dados, a exemplo do anuário Bahia Florestal.

A missão da ABAF é fortalecer o setor de base florestal da Bahia, divulgando sua imagem e sua contribuição para a Bahia e para o Brasil, promovendo políticas e legislações que sustentem a atividade.

Ela também desenvolve campanhas de educação ambiental e de conscientização da sociedade e dos agentes de cada elo da cadeia produtiva, com temas que vão desde o uso sustentável da floresta e seus produtos, até as relações de trabalho. Essas ações contribuem para desfazer muitos dos mitos que ainda pesam sobre o setor, e, em contraponto, enfatizam o seu caráter preservacionista e os benefícios sociais que vêm a reboque da chamada Economia Verde, que podem e devem ser compartilhados pelo grande público. Acesse as redes ABAF.

Site: www.abaf.org.br | Facebook | YouTube

Crédito:
Imprensa | ABAF ssociação Baiana das Empresas de Base Florestal

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