Logística Reversa e a Economia Circular na Indústria

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Por Vagner Floresespecialista em Resíduos Sólidos e colaborador do canal Ambiental Mercantil / Opinião de Especialista

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Logística e Reversa e Economia Circular, são temas que vem ganhando força nos últimos anos dentro das industrias Brasileiras e Mundiais, isso porque traz uma redução de custos com destinação de resíduos com novos modelos de negócios circulares.

Partindo de umas das definições da Politica Nacional de Resíduos 12.305/2010, entende-se por logística reversa como um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

COMO AS INDUSTRIAS ESTÃO IMPLANTAMDO A LR NA PRÁTICA?

Imagem: Vagner Flores | LinkedIn

Em primeiro lugar, todas as empresas devem elaborar saídas para garantir que seus resíduos não virem lixo. Um primeiro passo para isso é criar um Plano de Resíduos Sólidos.

VEJA ARTIGO QUAL A IMPORTÂNCIA DA ELABORAÇÃO DO PGRS DENTRO DE UMA EMPRESA? Descrição detalhada do ciclo de vida de cada produto, assim como toda a operação de tratamento dos resíduos gerados durante sua fabricação. Isso significa que, na prática, é preciso dominar toda a cadeia de matérias-primas e insumos em que a empresa está envolvida.

Há diferentes formas de implantar um projeto de logística reversa. Coletar e reciclar embalagens e produtos que não estão sendo mais utilizados, ou então reutilizar esses insumos é a mais comum delas. É importante frisar que uma empresa não precisa necessariamente reutilizar seu próprio lixo na produção de novos produtos. O ponto é garantir que aqueles resíduos tenham uma nova utilidade, mesmo que fora da sua cadeia de suprimentos.

Um exemplo de LR podemos citar a empresa BRIDGESTONE que faz a logística reversa de pneus inservíveis e que depois de recolhidos, os pneus velhos vão para empresas de trituração e picotagem cadastradas no programa gerenciado pela RECICLANIP. Os fragmentos são reutilizados como combustível alternativo nas indústrias de cimento, matéria-prima na confecção de pisos, blocos e guias em substituição à brita, confecção de solados de sapatos, borracha para vedação e peças de reposição para indústria automobilística, entre outras atribuições.

A ECONOMIA CIRCULAR NA INDúSTRIA

Imagem: Vagner Flores | LinkedIn

Durante um evento realizado pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias) onde foi abordado sobre a economia circular onde tive a oportunidade de esta participando, e sobre como as indústrias estão se posicionando referente ao tema, dados da CNI mostram que 76,4% – adotam alguma prática de economia circular no país, mas a maior parte não sabe que as iniciativas se enquadram nesse conceito.

O principio da economia circular é que ela prevê o uso mais eficiente dos recursos naturais através da reciclagem, remanufatura e reutilização, deixando de ser um modelo linear onde a matéria prima é extraída, produzida e descartada. A economia circular é uma alternativa atraente que busca redefinir a noção de crescimento, com foco em benefícios para toda a sociedade. Isto envolve dissociar a atividade econômica do consumo de recursos finitos, e eliminar resíduos do sistema por princípio. Apoiada por uma transição para fontes de energia renovável, o modelo circular constrói capital econômico, natural e social. Ele se baseia em três princípios:

::: Eliminar resíduos e poluição por princípio;
::: Manter produtos e materiais em ciclos de uso;
::: Regenerar sistemas naturais.

A indústria tem um grande potencial de protagonismo reutilizando residuos como matéria- prima para novos produtos e inovando para manter materiais no ciclo produtivo.

O pensamento das grandes empresas é que 86,2% avaliam a ecnomia circular como importatnte ou muito importante, 76,4% adotam uma pratica no pais, 73% acreditam que cooperação entre atores governamentais, empreendedores e consumidores deve ser promovida e 60% entendem que a pratica pode gerar emprego. Fonte: CNI

A indústria, por exemplo, já tem avançado em práticas como o reuso de água, a reciclagem de materiais e a logística reversa, que contribuem para o uso mais eficiente de recursos, a redução de custos e a sustentabilidade do meio ambiente e da atividade produtiva, mas ainda há um enorme potencial a ser explorado para que o país seja protagonista no uso eficiente de recursos naturais.

Segundo Marcelo Thomé, presidente do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, para que a circularidade se realize, será necessário maior investimento em educação e inovação. Em um primeiro momento, as empresas terão de investir, mas em uma etapa seguinte será possível diminuir custos operacionais, por meio de processos mais eficientes e voltados para o reaproveitamento de resíduos e utilização de bens reciclados.

REFERÊNCIAS:

::: https://www.reciclanip.org.br/

::: https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/sustentabilidade/764-das-industrias-desenvolvem-alguma-iniciativa-de-economia-circular-mostra-pesquisa-da-cni/

::: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm

SOBRE O AUTOR, COLABORADOR DO NOSSO CANAL DE NOTÍCIAS:

VAGNER FLORES
Profissional de meio ambiente, formado em Gestão Ambiental e Especialista em Gerenciamento de Resíduos Sólidos
(11) 97278-2034
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Informamos que o artigo é de responsabilidade do autor colaborador publicado na seção Opinião de Especialistas. Respeitamos suas dissertações, perspectivas e opiniões; porém atuam de forma independente e não representam a Ambiental Mercantil.

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