Mulheres na ciência: elas atuam na proteção do Cerrado

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Por Fabiana Pureza idealizou Monitoramento Participativo da Biodiversidade | Imagem: Divulgação

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No Legado Verdes do Cerrado, mulheres coordenam projetos que contribuem para a conservação da fauna e da flora da região.

De um lado, o Cerrado brasileiro, com mais de 50% de área devastada, precisa de ajuda. De outro, o Brasil surge como um dos países do mundo com maior presença de mulheres liderando pesquisas científicas, de acordo com relatório da The Global Research Landscape. Se juntarmos essas duas realidades, começamos a entender porque elas são tão importantes para a proteção da fauna e da flora do Cerrado. A relação entre as mulheres e a natureza traz raízes profundas e vai desde o cuidado de mulheres quilombolas ou camponesas, com a produção de alimentos e conservação da terra, até as que se dedicam à pesquisa científica e ao turismo ecológico, por exemplo.  

No Legado Verdes do Cerrado (LVC), Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável de propriedade da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), a força feminina à frente de pesquisas científicas e outras áreas de atuação é representada por mulheres como Fabiana Pureza de Almeida (46), mestre em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável e supervisora socioambiental da Reserva. 

Fabiana idealizou um monitoramento participativo da biodiversidade que terá início neste mês de março e somará esforços ao trabalho já desenvolvido pela Reserva. Em novembro de 2020, a gerência do Legado Verdes do Cerrado instalou sete armadilhas fotográficas – as câmeras traps – em pontos estratégicos para levantar dados mais precisos da fauna e da flora locais.

“A motivação para criar o monitoramento participativo surgiu quando percebi o interesse dos funcionários que estão em campo todos os dias e que registram os encontros com animais, suas pegadas, carcaças de presas abatidas e enviam as fotos ou mesmo fazem relatos com muito interesse e, às vezes curiosidade, dependendo da situação”, afirma.  

Esse monitoramento começou em novembro de 2020 e já flagrou animais como a onça-pintada, onça-parda, lobo-guará e o tamanduá-bandeira. Para Fabiana Pureza, a iniciativa é importante, principalmente, por valorizar a troca de conhecimentos e possibilitar a identificação e melhor compreensão dos hábitos de locomoção e alimentação da fauna local.

“A perspectiva é que os dados que forem gerados com a coleta sirvam futuramente de base para identificar as espécies que habitam a Reserva e a definir ações de manejo necessárias para a conservação”, explica. “O Legado Verdes do Cerrado é uma fonte de inspiração e de desafios profissionais constantes. Unir a produção e a conservação da biodiversidade em um território de 32 mil hectares abundantemente rico em fauna e flora, que desenvolve múltiplas atividades em diversas áreas, nos impulsiona a buscar cada vez mais conhecimento”, ressalta. Ela também lembra que na Reserva, as oportunidades são iguais para homens e mulheres. 

Letícia Felix começou como estagiária no Legado Verdes do CerradoCrédito: Divulgação.

Elas buscam a integração de sociedade e natureza

A mulher participa cada vez mais do movimento de conservação dos recursos ambientais e naturais, na medida em que contribui, também na prática, com um protagonismo importante em áreas da pesquisa e educação ambiental. A técnica administrativa do Legado Verdes do Cerrado, Letícia Oliveira Felix (25), afirma que na Reserva ela encontrou oportunidades de atuar em sua área de conhecimento com equidade profissional.

“As mulheres devem lutar e buscar exatamente superar as desigualdades profissional e social existentes”, afirma. 

Formada em Gestão de Turismo e pós-graduada em Gestão Ambiental, Letícia esteve à frente da organização e da logística do Legado Experience, primeiro evento promovido pelo Legado Verdes do Cerrado para estimular o turismo sustentável na região. Ela tem no currículo a colaboração no desenvolvimento de um estudo sobre o uso público das áreas da Reserva, além de realizar atividades de educação ambiental para estimular o cuidado com o Cerrado. 

“Comecei minha trajetória no Legado Verdes do Cerrado em 2018, quando fui selecionada para o estágio de turismo. Foi um dos dias mais importantes da minha vida, pois as pessoas não acreditavam que era uma área muito promissora. Estar no Legado Verdes do Cerrado me fez colocar em prática o que aprendi em sala de aula e tem me ensinado com a experiência até mais que a teoria. Aos poucos, estou sendo moldada e sinto que a Reserva está sempre me preparando para qualquer desafio profissional”, disse Letícia Félix.

Segundo o diretor da Reservas Votorantim, David Canassa, desde o início das atividades, o Legado Verdes do Cerrado buscou ter profissionais com diversificação de competências e também de gênero, em todas as atividades.

“No Legado Verdes do Cerrado buscamos ter um ambiente diverso e inclusivo, porque acreditamos que, dessa forma, temos mais oportunidades de crescimento. O trabalho no Centro de Produção de Biodiversidade do Cerrado é um exemplo de atuação com trocas entre homens e mulheres que possibilitam o crescimento e as inovações propostas no modelo da Reserva. Também recebemos um grande número de pesquisadoras e estagiárias que nos auxiliam na tarefa de conservação do Cerrado, trazendo diferentes olhares e competências. Todos ganham com a diversidade”, finalizou o diretor.

Sobre o Legado Verdes do Cerrado

O Legado Verdes do Cerrado, com aproximadamente 80 % da área composta por cerrado nativo, é uma área de 32 mil hectares da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, uma das empresas investidas no portfólio da Votorantim S.A. A cerca de três horas de Brasília, é composta por dois núcleos. No núcleo Engenho, nascem três rios: Peixe, São Bento e Traíras, de onde é captada toda a água para o abastecimento público de Niquelândia/GO. Nele está a sede do Legado Verdes do Cerrado onde, em 23 mil hectares, são realizadas pesquisas científicas, ações de educação ambiental e atividades da nova economia, como produção de plantas e reflorestamento; enquanto 5 mil hectares são áreas dedicadas à pecuária, produção de soja e silvicultura. O núcleo Santo Antônio Serra Negra, com 5 mil hectares, mantém o cerrado nativo intocado e tem parte de sua área margeada pelo Lago da Serra da Mesa.

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Sobre a CBA

Desde 1955, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) produz alumínio de alta qualidade de forma integrada e sustentável. Com capacidade instalada para produzir 100% de energia vinda de hidroelétricas próprias, a CBA minera a bauxita, transforma em alumínio primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) e produtos transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis). Em estreita parceria com seus clientes, a CBA desenvolve soluções e serviços para os mercados de embalagens e de transportes, conferindo mais leveza, durabilidade e uma vida melhor.

Crédito:
Imprensa| CBA Companhia Brasileira de Alumínio

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