Reciclagem: 800 mil pares de calçados a mais e 2,2 toneladas de resíduos a menos

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Foto: Sede da Artecola
Foto: Sede da Artecola

Imagem: Divulgação

PRÊMIO INTERNACIONAL 2023

PRÊMIO INTERNACIONAL 2023

Ambiental Mercantil recebe prêmio de sustentabilidade ambiental 2023 pela renomada Build Magazine da Inglaterra

Março de 2023 – Transformar em matéria-prima parte dos resíduos de solados de uma grande marca mundial de moda. Ao aceitar este desafio, a Artecola desenvolveu um novo produto que, em apenas quatro meses, deu novo destino a 2,2 toneladas de rejeitos que iriam para aterros sanitários controlados.

O projeto, relatado no case Nobreza sustentável ao resíduo – Tecnologia exclusiva transforma em material de reforço sobras que levariam até 600 anos para se decompor, acaba de conquistar o Prêmio Primus Inter Pares Assintecal 2023, entregue no dia (6/3), em Novo Hamburgo (RS). 

O projeto sustentável foi cocriado em parceria com a fabricante terceirizada dos calçados e com a gestora da marca internacional.

Em um encontro promovido para identificar oportunidades de inovação, as duas parceiras apresentaram à Artecola o desejo de contar com couraças mais sustentáveis. Até então, o material era comprado de outro fabricante. As couraças são itens que formam a estrutura do bico de tênis, sapatos e botas.

“Trabalhamos com a visão de unir o que, junto, tem mais valor do que separado. Esta iniciativa representa bem a nossa estratégia, e tivemos um resultado muito acima do que seria se cada empresa estivesse atuando sozinha”, diz o Presidente Executivo da Artecola, Eduardo Kunst.

“Um desempenho agora ainda mais celebrado com a conquista do Prêmio Primus Inter Pares Assintecal”, acrescenta.

Melhor que a encomenda

Ao iniciar o projeto, a área de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da Artecola percebeu que era possível ir além e usar resíduos da própria cliente como parte da matéria-prima dos novos produtos. Assim, passou a avaliar as sobras de borracha vulcanizada dos solados como ingrediente na nova fórmula.

“Apesar de ser um material de origem vegetal, produzido a partir da borracha natural extraída na Amazônia em programas sociais com as famílias da floresta, não havia uma forma viável de reciclar os resíduos depois de vulcanizados para essa aplicação”, lembra a Doutora em Ciência e Tecnologia dos Materiais Alessandra Lemos, que atua no P&D da Artecola.

Vale destacar que a borracha vulcanizada tem baixa reciclabilidade e alta resistência para se decompor. Em pneus, por exemplo, estima-se que o tempo de decomposição seja de 600 anos.

“Nossa empresa possui um conhecimento técnico exclusivo na América Latina no desenvolvimento de laminados com fibras vegetais. Partindo deste conhecimento já adquirido, conseguimos transformar o resíduo da borracha em matéria-prima”, conta a pesquisadora.

Os resíduos reaproveitados pela Artecola correspondem a cerca de 20% da composição das novas couraças. Além de recicladas, elas são recicláveis e usadas nos mesmos modelos de onde saíram as sobras de borracha vulcanizada.

“Ou seja, a nova couraça reduz a geração de resíduos do cliente, reaproveita o resíduo como matéria-prima e ainda pode ser reciclada, contemplando o ciclo dos 3R´s na produção – Recicle, Reuse e Reduza”, destaca a Doutora.

Mais de duas toneladas

A couraça entrou na linha de produção no cliente em setembro de 2022. Em apenas quatro meses, a inovação deu novo destino a 2,2 toneladas de resíduos de borracha vulcanizada que iriam para aterros. No período, 800 mil pares de calçados já foram produzidos com o novo material. Mantida esta média, serão recicladas outras 6,6 toneladas em 2023, sem considerar projeções de crescimento da produção no ano.

“O projeto nos permitiu reconquistar dois grandes clientes”, comemora o Presidente da Artecola. “Ele destaca que os resultados alcançaram, para a empresa e para o mercado, todos os pilares da Sustentabilidade: Econômico (novos negócios entre os parceiros), Ambiental (3Rs), Cultural (marcas reforçando seus propósitos perante o mercado) e Social (oportunidade de geração de emprego nos processos envolvidos). Tudo isso dentro do conceito de Economia Circular, que elimina resíduos e poluição desde o princípio, mantém produtos e materiais em uso e regenera sistemas naturais.”

Sobre a Artecola

Prestes a completar 75 anos, a Artecola se insere no grupo de menos de 0,5% das empresas brasileiras (dados do IBGE) que alcançam essa maturidade. Conta com três áreas de negócios – Indústria, Consumo e Extrusão – e nove plantas produtivas, no Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, México e Peru.

Site oficial: https://www.artecolaquimica.com.br/home

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