Imagem: Divulgação | Por Bruno Arcuri, CEO e cofundador da Diel Energia para Opinião de Especialistas – AMBIENTAL MERCANTIL NOTÍCIAS
Agosto de 2022 – Nos últimos anos, discussões envolvendo o uso de fontes de energia renovável e limpa ganharam força no cenário econômico mundial e vem mobilizando o mercado a buscar soluções que ajudem o mercado a consumir energia da melhor forma possível e minimizar os impactos do aquecimento global.
A chamada revolução energética contribui para o surgimento de startups voltadas para o mercado de energia, que criam soluções de distribuição e implementação de energia limpa, através de fontes renováveis e sustentáveis.
Esse cenário impulsiona a criação de um modelo de negócio inovador e as energytech surgem com a missão de atender às necessidades do mercado, além de contribuir para o desenvolvimento de ações que aceleram a revolução energética no Brasil e no mundo.
Fazendo uso Internet das Coisa (IoT), Big Data e Inteligência Artificial, essas empresas conseguem identificar todo o potencial de economia energética, através de ferramentas efetivas para uma das principais dores que o mercado sente: a redução do consumo e custos com luz e o uso de energia limpa e renovável.
Nos últimos anos, devido ao contexto de urgências climáticas e ambientais, o mundo passou a olhar com muito mais atenção para as consequências ambientais provenientes de toda a indústria. Segundo estudo realizado pela Opinion Box, 68% dos consumidores preferem pagar mais caro para consumir produtos e serviços sustentáveis, enquanto 37% dos entrevistados afirmaram que já deixaram de comprar algum serviço por não ser sustentável.
Vale ressaltar ainda como o setor energético é uma área pouco móvel, com vários monopólios na distribuição e comercialização de energia, e agências reguladoras muito centralizadoras. Nesse sentido, a entrada das energytechs nesse meio acaba promovendo não só soluções práticas dentro do setor, mas também transformando todo o entorno através de tecnologias e modelos de negócios inovadores para a área. Até por isso, a tendência é que o mercado de energia fique cada vez mais livre e transparente, passando a contar cada vez mais com uma concorrência mais ampla e sustentável.
No Brasil, de acordo com levantamento realizado pela Distrito Dataminer de 2021, existem atualmente 157 startups do setor energético, e desde 2015 receberam investimentos que ultrapassam a marca de U$85 milhões. No entanto, o crescimento do setor é estrondoso e até agosto passado, os aportes realizados em startups do setor somaram US$ 66,4 milhões, aproximadamente 78% do acumulado histórico.
O crescimento do setor não acontece apenas no Brasil e mostrou-se uma área promissora e aquecida em todo o mundo. Dados da Tracxn, plataforma global que mapeia dados sobre o universo de inovação, em 2020 as energytechs receberam mais de US$ 34 bilhões de investimento. Para 2021, até agosto o setor já acumulava aplicações que passavam dos US$ 21,4 bilhões, dando claros sinais de quebra de novos recordes até o final do ano.
A demanda por soluções que atendam esses problemas está em voga e deve ganhar mais destaque nos próximos anos. Dessa forma, a atuação das energytechs deve resultar em novas tecnologias e modelos de negócios para todo o setor energético a curto prazo. É importante ressaltar as startups do mercado de energia atacam o mesmo problema, mas em diferentes formas, além de estarem alinhadas ao discurso ambiental, estas [energytechs] ajudam o mercado a consumir energia de uma melhor forma e evitar desperdícios, ou seja, quando a energia não precisou ser gerada ou consumida.
Sobre o Autor
Bruno Arcuri é CEO e cofundador da Diel Energia, startup que desenvolveu a primeira plataforma de gestão de refrigeração para empresas. Engenheiro elétrico e mestre em Estudos e Demanda de Energia, ele também participou de importantes projetos no setor de energia, como o COMPERJ, da Petrobras, UTE Parnaíba, da ENEVA, e como gerente de novos negócios na Sustainable Ventures, no Reino Unido.
Site oficial: https://dielenergia.com/
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Imprensa | Por Bruno Arcuri, CEO e cofundador da Diel Energia