PNUMA mapeia zoonoses e protege meio ambiente para reduzir riscos de pandemias

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O PNUMA é a principal voz global em temas ambientais. Foto: Pixabay

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O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) está intensificando seu trabalho no mapeamento de ameaças zoonóticas e na proteção do meio ambiente para reduzir o risco de futuras pandemias, como a da COVID-19, que se espalhou por todo o mundo.

No documento “Trabalhando com o Meio Ambiente para Proteger as Pessoas” divulgado nesta terça-feira (12), o PNUMA mostra como está se ajustando para responder à COVID-19 e apoiar nações e parceiros na reconstrução de um mundo melhor – por meio de de bases científicas mais sólidas, políticas que apoiem um planeta mais saudável e investimentos verdes.

A resposta do PNUMA abrange quatro áreas: apoiar nações na gestão de resíduos relacionados ao novo coronavírus; gerar uma mudança transformadora para a natureza e as pessoas, trabalhar para garantir que os pacotes de recuperação econômica criem resiliência a crises futuras e modernizar a governança ambiental global.

“Com a COVID-19, o planeta emitiu seu maior alerta de que a humanidade precisa mudar. Suspender as economias é uma resposta de curto prazo ao alerta. É uma medida que não vai durar. Economias que trabalhem com a natureza são essenciais para garantir que as nações do mundo prosperem” , afirmou a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen.

No intuito de apoiá-las em seus esforços para lidar com os impactos socioeconômicos e ambientais da COVID-19, o PNUMA coordenará seu trabalho com o restante do sistema das Nações Unidas.

Exemplos das intervenções incluem:

Apoiar os tomadores de decisão a lidarem com um maior volume de resíduos perigosos – como equipamentos de proteção individual, equipamentos eletrônicos e produtos farmacêuticos – de forma que não prejudiquem ainda mais a saúde humana ou o meio ambiente.

Criar um programa de risco e resposta a zoonoses para aperfeiçoar as habilidades dos países de reduzirem ameaças por meio de abordagens ambientais positivas – incluindo um novo mapeamento global dos riscos do comércio irregular de animais silvestres, da fragmentação de habitats e da perda de biodiversidade.

Promover oportunidades de investimento na natureza e na sustentabilidade como parte da resposta à crise do COVID-19 – inclusive por meio de fundos que o PNUMA gerencia e por pacotes de estímulo econômico que os países estão planejando.

Alcançar os verdadeiros agentes econômicos para remodelarem, ampliarem e acelerarem o consumo e a produção sustentáveis ​​e criarem empregos verdes – fazendo parcerias com agências da ONU, órgãos financeiros, governos e instituições do setor privado, bem como revitalizando mercados e cadeias de suprimentos para produtos ecológicos e sustentáveis.

Reavaliar as implicações de mover a governança ambiental e o multilateralismo para plataformas de reuniões online, reduzindo o impacto ambiental.

“A ideia de que um mundo natural próspero é essencial para a saúde humana, as sociedades e as economias sempre foi central para o trabalho do PNUMA. Mas agora devemos fornecer ainda mais apoio aos países, enquanto eles reduzem o risco de futuras pandemias por meio da restauração de ecossistemas e da biodiversidade, combate à mudança do clima e redução da poluição”, disse Andersen.

Crédito: PNUMA

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