Chifre de África enfrenta maior seca em 40 anos, com 13 milhões de pessoas famintas

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Chifre de África enfrenta maior seca em 40 anos, com 13 milhões de pessoas famintas

Imagem: Foto: © UNICEF/Mulugeta Ayene – Mulheres e crianças na Etiópia | PMA e Unicef fazem alerta sobre situação na Etiópia, Quênia e Somália; falta de chuvas acabou com plantações e causou alto número de mortes de cabeças de gado; situação requer resposta humanitária imediata, alerta especialista de agência da ONU.

A região do Chifre da África está enfrentando as piores condições de seca desde 1981 e deixando 13 milhões de pessoas famintas na Etiópia, no Quênia e na Somália. O alerta está sendo feito pelo Programa Mundial de Alimentos, PMA, e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef

Em Genebra, o porta-voz do PMA, Tomsom Phiri, voltou do Quênia e contou que ficou impressionado com o que viu. 

Rebanhos mortos

O representante do PMA explicou que os criadores de gado estão vendo seus animais morrer em larga escala e segundo Phiri, os rebanhos estão morrendo de sede e de fome. Por três vezes consecutivas, as temporadas de chuva falharam. Sem plantações e sem rebanhos, muitas famílias acabam tendo que abandonar suas casas e os conflitos entre as comunidades já aumentaram.

Segundo o PMA, a “situação pede ação humanitária imediata e apoio consistente para que as comunidades estejam resilientes no futuro”.

A seca tem impactado as famílias de pastores rurais no sul e sudeste da Etiópia, no sudeste e norte do Quênia e no centro-sul da Somália.

A população desses países está sofrendo com alta no preço dos alimentos, inflação, baixa demanda de trabalhos no setor agrícola e altos índices de desnutrição. O PMA está fornecendo assistência alimentar e nutricional nas três nações, sendo que muitas famílias também estão recebendo assistência em dinheiro.

Mulheres que pertencem a cooperativa de agricultores, no Quênia, apanham feijão
Crédito: FAO/Luis Tato

Apoio financeiro

A meta é reverter a situação e evitar a situação vivida pela Somália em 2011, quando 250 mil pessoas morreram de fome.

Somália enfrenta a pior escassez de água dos últimos 40 anos
Crédito: © WFP/Claire Nevill

O Unicef também fez um alerta sobre a importância de se agir agora para se evitar uma catástrofe. A agência da ONU calcula que 20 milhões de pessoas na Etiópia, Eritreia, Quênia e Somália precisem de água e de comida nos próximos meses.

A maioria são crianças, que estão “pagando o preço dessas crises”, segundo o Unicef.

A agência destaca que a região do Chifre da África não pode enfrentar uma “outra tempestade perfeita, formada pela Covid-19, por conflitos e pela mudança climática”.

No momento, 5,5 milhões de crianças sofrem de desnutrição aguda e 1,4 milhão de desnutrição severa.

Site oficial: https://news.un.org/pt/

Crédito:
Imprensa | Nações Unidas ONU News

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