Deputados se unem a ONG para projeto pioneiro no Brasil: incluir apenas ovos de galinhas livres nos cardápios

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Imagem: Divulgação

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Deputados de Sergipe e Minas Gerais, além de vereadores de Caruaru, em Pernambuco, e Jundiaí, em São Paulo, se uniram ao Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal para buscar uma conquista pioneira no Brasil: adequar os processos de compra de ovos de galinhas realizados pelo poder público para que o produto seja oriundo apenas de produtores que utilizam sistema livre de gaiolas.

Em julho, foi aprovada a indicação nº 306/2021, de autoria da deputada Kitty Lima (Cidadania), de Sergipe, que encaminha a proposta para o Governo do Estado.

“A ideia é garantir o mínimo de bem-estar para os animais, que desfrutam de um pouco mais de liberdade nesse sistema de produção, a fim de afastar o estresse, trazer mais conforto e saúde para as aves“, diz a justificativa da indicação.

A deputada ainda chamou atenção para o fato de que, cada vez mais, consumidores têm se atentado para essa questão e se tornado adeptos da compra de ovos de galinhas criadas no sistema cage-free.

Outro parlamentar que levou a proposta à frente foi o deputado Osvaldo Lopes (PSD), que em junho protocolou, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o requerimento nº 8.242/2021, que visa a adesão ao movimento Brasil sem Gaiolas, do Fórum Animal.

“Alguns estabelecimentos de produção de ovos utilizam como sistema convencional a criação intensiva de galinhas poedeiras que não leva em conta o bem-estar das aves. Esse sistema utiliza baterias de gaiolas que impossibilitam que galinhas expressem seu comportamento natural, não levando em conta a senciência dessa espécie, podendo levá-las a um estresse crônico que impacta negativamente em seu bem-estar”, alerta o deputado no requerimento.

Realidade por trás dos ovos

De acordo com o Fórum Animal, cerca de 150 milhões de galinhas são criadas para a produção de ovos no Brasil, e mais de 90% delas passam a vida confinadas em gaiolas.

Para se ter uma ideia, nesse sistema cada galinha tem apenas o espaço equivalente a uma folha tamanho A4 para se mover. As gaiolas ainda são amontoadas.

A consequência disso é a incapacidade de essas galinhas expressarem comportamentos básicos, como bater asas e empoleirar-se, o que contribui para um quadro crônico de estresse e doenças.

Para piorar, nessas condições muitas das galinhas acabam não resistindo. Desta forma, as que conseguem viver são forçadas a continuar entre os restos das que morreram, muitas vezes em decomposição, da mesma forma em que convivem com os excretos dos animais das gaiolas acima.

Esses animais são tratados como máquinas de botar ovos.

Movimento Brasil Sem Gaiolas

O Fórum Animal já se reuniu com representantes tanto de municípios como de estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste.

Para divulgar os conceitos de uma alimentação mais consciente e alinhada com o meio ambiente, a ONG criou um programa de orientação jurídico-legislativa que atua com deputados e vereadores para transformar os processos licitatórios na compra de produtos alimentícios, a fim de que sejam priorizadas compras com garantias de bem-estar animal.

A ação incentiva a mudança dos sistemas tradicionais para sistemas que priorizam o bem-estar animal e possibilita a ampliação do debate sobre o uso de gaiolas na produção de ovos.

O Fórum Animal estima que mais de 800 mil animais serão beneficiados caso as propostas sejam aceitas e transformadas em leis.

Site: https://forumanimal.org/campanhas/movimento-brasil-sem-gaiolas

Crédito:
Imprensa | Fórum Animal

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