Imagem: Divulgação – Mapas do Monitor de Secas de setembro e outubro de 2021 | Todas as 21 unidades da Federação monitoradas tiveram registro de seca em outubro. Áreas com o fenômeno permaneceram estáveis em 14 unidades da Federação, aumentaram em duas e diminuíram em cinco. São Paulo segue com a maior área com seca excepcional no Brasil.
Em outubro deste ano, em comparação a setembro, em termos de severidade da seca, 11 estados tiveram um abrandamento do fenômeno em outubro: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Entre setembro e outubro, todas as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas registraram o fenômeno simultaneamente.
No sentido oposto, sete estados tiveram uma intensificação da seca no período: Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em outras três unidades da Federação, a severidade do fenômeno se manteve estável: Ceará, Distrito Federal e Maranhão. Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em outubro aconteceu no Sudeste, que registrou 8% de seca excepcional – a mais severa da escala do Monitor. Já o Nordeste teve a menor severidade de outubro e foi a única região a não ter registro de seca extrema ou seca excepcional.
Entre setembro e outubro, somente Alagoas registrou expansão da área com seca. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em outros cinco estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Nas demais 15 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Considerando o recorte por região, o Sudeste e o Sul tiveram uma redução da área com seca de 99% para 96%. Já no Centro-Oeste e Nordeste o território com o fenômeno se manteve estável respectivamente nos patamares de 93% e 89%.
Em 11 unidades da Federação, 100% de seus territórios registraram seca em outubro: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Os demais dez estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 53,9% e 98,7% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.
No Nordeste, devido a chuvas abaixo da média, a seca grave avançou no norte do Rio Grande do Norte. Por outro lado, em função das precipitações acima da média, a seca moderada recuou no leste da Bahia e a seca fraca recuou no norte do Piauí.
Já no Sudeste aconteceu o abrandamento da seca nos quatro estados em virtude das chuvas acima da média em outubro. Na região houve o recuo da seca grave no sudeste paulista e no centro-sul de Minas Gerais; da seca moderada no centro e no sul fluminense, no sul e no leste capixaba e no norte, centro e sudeste de Minas. A seca fraca também recuou no norte fluminense, no sul capixaba e no leste mineiro.
As chuvas acima da média no Sul em outubro resultaram no abrandamento da seca nos três estados da região. As áreas com seca extrema diminuíram no noroeste do Rio Grande do Sul e no oeste de Santa Catarina. As chuvas acima da normalidade também reduziram as áreas com seca grave no Paraná e no centro de Santa Catarina, assim como as áreas com seca fraca no leste catarinense.
Também em razão das chuvas acima da média em outubro, o Centro-Oeste registrou o recuo da seca extrema no sul de Goiás e da seca grave no sudeste de Mato Grosso do Sul. Além disso, a seca moderada recuou no nordeste de Mato Grosso. No sentido oposto, devido às chuvas abaixo da normalidade, a seca moderada avançou no oeste de Mato Grosso e a seca grave passou a ser registrada numa área maior no oeste sul-mato-grossense.
Em Tocantins a seca grave recuou no sul e no sudeste do estado, assim como a seca moderada diminuiu em termos de abrangência no sudoeste tocantinense em função da melhora nos indicadores do fenômeno.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 20 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Site oficial: https://monitordesecas.ana.gov.br/
Crédito:
Imprensa | ANA- Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico