TUM e DME promovem competição internacional para jovens cientistas

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A Universidade Técnica de Munique, conhecida como TUM, está fortemente engajada em pesquisar tecnologias e soluções de sustentabilidade, indo ao encontro mundial pela demanda de energia e água potável, o grande desafio do século.

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“A seca e expansão dos desertos têm ameaçado a existência de mais de 1 bilhão de pessoas em mais de 110 países do globo”, com estas palavras Kofi Annan, ex-secretário geral na ONU alertou o mundo em 2011 sobre o aquecimento global e o crescimento populacional, chamando atenção para os problemas da escassez de água potável. A ONU prevê que por volta de 2025, dois terços da população mundial – o que representa por volta de 6 bilhões de pessoas – não terão acesso a água potável, uma ameaça às vidas das pessoas afetadas, podendo criar enormes fluxos de refugiados, crescimento urbano e recursos “alocados”, que poderão ser motivos de conflitos.

O constante aquecimento global é somente um agravante ao problema como um todo. Apesar de dois terços da superfície da terra ser coberta com água, somente 0.02% corresponde a água potável (deste percentual, 70% é usada para agricultura e os restantes 30% para consumo humano). Umas das várias soluções para este problema, sob o aspecto técnico, é o tratamento de águas salinas ou salobras, usando a “dessalinização”, uma técnica (e tecnologia) das mais promissoras.

Com sucesso, plantas de dessalinização já estão em operação hoje. O uso destas plantas de grandes escalas, podem processar acima de 1.000m3 de água potável por dia. Entretanto, por volta de 900 milhões de pessoas não tem acesso a este tipo de recurso, pois vivem em áreas rurais sem infra-estruturas, sendo neste caso recomendado pequenas plantas decentrais.

Uma solução genuína para este problema é o desenvolvimento de plantas pequenas de dessalinização, para pequenas escalas de produção de água potável. Na maioria das vezes, devido a falta de infra-estrutura, o uso destas plantas acabam por utilizar fontes energéticas renováveis, como a solar. Para os países em desenvolvimento, que requerem baixos custos de investimentos e de operação simples, é uma vantagem e um fator de sustentabilidade.

Tudo isso explica o grande interesse da competição organizada pela TUM DeSal Challenge

Vários times internacionais de estudantes, entre escolas secundárias até universidades, foram convocados para enfrentar este desafio: criar soluções viáveis para os problemas de escassez de água potável.

Essas plantas de dessalinização foram apresentadas durante a competição e julgadas em seis categorias. O aspecto mais importante a ser avaliado entre os times participantes foi “qual seria a planta capaz de produzir maior quantidade de água potávelpelo menor custo, com o mínimo esforço e sem depender de combustíveis fósseis”.

Sobre os organizadores

A competição é uma iniciativa conjunta do Departamento de Termodinâmica da Universidade Técnica de Munique (TUM), e da DME Deutsche Meerwasserentsalzung e.V (Associação de Dessalinização da Alemanha) com o objetivo de promover jovens cientistas, interessados em dessalinização. O evento acontece desde de 2009 sob o nome de TUM DeSal Challeng e esta é sua quarta edição.
 

Participaram do juri:

DME Deutsche Meerwasserentsalzung e.V (Associação de Dessalinização da Alemanha),
Eng. Claus Mertes, Diretor;
Instituto Frauehofer , Tratamento e separação de águas e sistemas de energia solar (ISE), Dr. Joachim Koschikowski, CEO do grupo;
Associação para promoção da energia solar da Bavaria, Dr. Bruno Schiebelsberger, Diretor;
Electrochaea, Dr. Markus Forstmeier, Diretor de desenvolvimento de negócios;
UNINHA, Dr. Paulo Schausberger, gerente técnico;
General Electric Global Research, Prof. Dr. Oliver Mayer, Diretor Sobre Dessalinização

Dessalinização é um processo que remove minerais de águas salinas. Mais especificamente dessalinização se refere em como remover os sais e minerais da substância alvo: pode ser dessalinização de solos, tema fundamental para agricultura, por exemplo. Águas salinas são “dessalinizadas” para produzir águas adequadas ao consumo humano ou irrigação. Além disso, a dessalinização gera “um produto”, que é o próprio sal. O processo de dessalinização não é novo, e sempre foi usado por embarcações e submarinos.

O interesse moderno atual em dessalinização é focado em custo-benefício. A dessalinização é um recurso hídrico, assim como os recursos de captação de águas de chuva, ou o reuso de águas residuais.

Um aspecto problemático ainda, é que para gerar água potável através do processo de dessalinização, o consumo energético é grande (neste caso, estamos falando de grandes escalas de produção). Seu custo é superior ao das águas provindas de rios ou águas subterrâneas, águas de reuso e conservação.

Entretanto, estas alternativas não estão sempre disponíveis e o limite dos respectivos reservatórios é um problema crítico global. Atualmente, aproximadamente 1% da população mundial, para cubrir seu consumo diário, é dependente da dessalinização. A ONU espera que 14% da população mundial terá de enfrentar a escassez de água potável por volta de 2025.

De acordo com a Associação Internacional de Dessalinização, em junho de 2015, aproximadamente 18.426 plantas de dessalinização estão em operação mundialmente, produzindo 86.8 milhões de m3 por dia, abastecendo água potável para 300.000 milhões de pessoas.

SAIBA TUDO SOBRE O EVENTO AQUI

Fonte:
Press TUM DeSal Challenge +
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