Área ambiental aposta no empreendedorismo e na Indústria 4.0

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Em um mundo que sofre constantes mudanças, vão surgindo novas oportunidades de trabalho. Atualmente, é possível pensar na Indústria 4.0 associada ao meio ambiente. As duas áreas podem se conectar perfeitamente através do empreendedorismo. O engenheiro Abraão Rodrigues Lira está de olho nas novas tendências e investe cada vez mais em uma carreira sustentável.

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                No dia 26 de setembro passado, o empreendedor dividiu seus conhecimentos com mais de 250 jovens da Escola de Aprendizes de Marinheiros de Pernambuco (EAMPE). De forma voluntária, Abraão ministrou um curso sobre Impactos da Indústria 4.0 na Gestão de Resíduos. Para ele, o tema é de extrema relevância.

“É um assunto que já está sendo tão comentado e aplicado no meio empresarial no mundo todo. Os benefícios são enormes, a começar pela redução dos custos de produção, economia de energia, aumento da segurança, aumento em P&D [Pesquisa e Desenvolvimento] nos campos de segurança em TI, novas qualificações de profissionais no mercado e a diminuição, ou até mesmo o fim do desperdício”, disse ele.  

Segundo Abraão, a chamada revolução cibernética está fazendo com que empresas dos setores de serviços, comércio ou indústria, busquem formas mais eficientes e eficazes para aumentarem a produtividade e a lucratividade.

“Através da integração e autonomia entre as máquinas e os equipamentos tecnológicos mais modernos, como a aplicação de processos mais automatizados e robotizados”.

                Na área de empreendedorismo ambiental, existem três características consideradas fundamentais: economia, meio ambiente e fator social. Para investir na área, é preciso uma boa dose de criatividade e capacidade de preencher lacunas. A preocupação mundial com a escassez dos recursos naturais faz com que o empreendedorismo ambiental tenha perspectivas promissoras. As informações são do site cetecambiental.eco.br

Fazer mais com menos

                Graduado em Engenharia de Produção pela Faculdade Boa Viagem (FBV), Abraão é sócio da Souza Lira Engenharia. Além de executar obras, trabalha também com projetos e serviços ambientais. Preza muito aquilo que é bom para a sociedade, a economia e o meio ambiente.

“Me intitulo como um Desenvolvimentista e não um Ambientalista Ativista, apesar de ouvir e achar importante os pensamentos diferentes, pois são esses pensamentos que nos amadurecem como sociedade”.

                Casado e morador de Recife (PE), Abraão Rodrigues Lira é Mestre em Tecnologias Ambientais pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP), com ênfase na Logística Reversa de Resíduos Eletroeletrônicos de Ar Condicionados. Possui experiência de 20 anos no setor industrial na gestão de pessoas, processos, produtos e serviços. De 2011 a 2018, atuou como Gerente de Relações Industriais da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE).

                Durante este período, Abraão trabalhou com algumas demandas ambientais como: fiscalização das agências ambientais em nível municipal, estadual e federal e atendimento às legislações ambientais vigentes como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Atuou também na manutenção do Relacionamento Institucional e Governamental entre o empresariado e as instituições públicas e privadas.

                Perguntado sobre a implantação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) em uma empresa, Abraão disse que é uma ferramenta decisória na gestão empresarial.

“O PGRS pode trazer para a empresa o diagnóstico de diversas oportunidades de melhoria contínua no processo produtivo”.

Segundo ele, os aspectos identificados vão além do ambiental.

“Social, econômico, comercial, contábil, jurídico, logístico e de ações estratégicas de mindset do negócio propriamente dito”.

                De acordo com o site verdeghaia.com.br, a empresa que quiser aumentar suas oportunidades e reduzir custos e riscos associados à gestão de resíduos, precisa implantar um PGRS. Gerenciar mal os resíduos tóxicos faz as empresas perderem o seu valor, além de tornarem-se um passivo ambiental, segundo o site.

“Estamos construindo uma era onde precisamos ser mais eficientes no uso dos recursos materiais. Precisamos fazer mais com menos, reduzir o desperdício, aumentar o rendimento e a produtividade”, disse Abraão.

                Em novembro próximo, o engenheiro ministra o curso “Como Reduzir e Aumentar a Produtividade com o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos”. Segundo ele, um dos objetivos do curso é mostrar que, através de bons planos de gerenciamentos dos recursos, podemos gerar menos resíduos e assim tornar nosso negócio sustentável.

Entrevistado com exclusividade por Ângela Schreiber,
Comunicação Ambiental Mercantil

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