População se mobiliza na limpeza das ruas de Iconha, no Espírito Santo, que registrou mortes e devastação causadas por enxurradas em janeiro passado. Foto: Hélio Filho/Secom ES
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) se reuniu na terça-feira (18), às 14h, para avaliar as consequências e medidas emergenciais e estruturais para enfrentar os eventos climáticos extremos, como as inundações ocorridas nos estados do Sudeste neste início de ano.
Solicitada pelos senadores Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jaques Wagner (PT-BA), a audiência pública discutirá a grave situação vivida pela população dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio Janeiro nos últimos meses em decorrência das chuvas e consequentes inundações, que culminaram em perdas de vidas humanas e consideráveis prejuízos às famílias e aos municípios atingidos.
Para Contarato, os eventos extremos tendem a aumentar, tornando necessário dispor medidas para garantir a segurança das populações. Ele declarou que os acontecimentos se deram como resposta da natureza ao desrespeito humano.
“Os efeitos das mudanças do clima, somados à falta de planejamento em áreas de riscos, resultam em situações como as que, infelizmente, fomos obrigados a assistir ou a vivenciar. No Espírito Santo, foram mais de 3 mil pessoas a, mesmo temporariamente, terem que deixar suas casas em função das chuvas”, destacou o senador.
A audiência foi interativa, permitindo a participação do público com perguntas e comentários, e acontecerá no Plenário 6 da Ala Senador Nilo Coelho no Anexo 2 do Senado Federal.
Foram convidados para a audiência pública:
— o engenheiro especialista em deslizamentos em áreas de risco, Sérgio Ludemann;
— o diretor de geociências do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), João Bosco de Azevedo;
— o diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Osvaldo Luiz Leal de Moraes;
— o engenheiro PhD em Ciências do Meio Ambiente e Hidrologia, Paulo Canedo de Magalhães;
— o chefe do departamento de prevenção e reconstrução da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Estado do Espírito Santo, Major Fábio Maurício Rodrigues Pereira;
— e representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Fonte: Agência Senado