Resultados do Projeto Conexão Mata Atlântica e das ações do Grupo de Trabalho do Óleo foram apresentados na reunião
Os corredores ecológicos promovem a ligação entre diferentes áreas para proporcionar o deslocamento de animais, a dispersão de sementes e aumentar a cobertura vegetal. As regras para estabelecimento dessas áreas foram aprovadas na 384º Reunião do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), nesta quarta-feira (29), na sede da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado (SIMA), em São Paulo.
O documento define procedimentos, critérios técnicos e diretrizes para a implantação no Estado. Em São Paulo, três corredores ecológicos estão sob a gestão da Fundação Florestal: Parque Estadual Carlos Botelho – Jurupara, Parque Estadual Campina do Encantado – Estação Experimental Chauás e Estação Experimental Itapeti – Parque Natural Afonso de Mello.
“Os corredores ecológicos suavizam a fragmentação dos ecossistemas e são estratégicos para a conservação da biodiversidade, garantindo a viabilidade genética das populações”, salienta Rodrigo Levkovicz, diretor-executivo da Fundação Florestal, vinculada à pasta.
Essas áreas são importantes por manterem os processos ecológicos, permitindo que os animais se desloquem livremente entre elas. Além de promover a dispersão de sementes, também evitam a extinção de espécies e o isolamento da fauna e flora. A movimentação contribui para a restauração de áreas degradadas, conciliando a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento ambiental na região de uma só vez.
Resultados
As ações do Grupo de Trabalho (GT) constituído para definir medidas de prevenção e resposta ao derramamento de petróleo na costa brasileira no segundo semestre do ano passado também foram apresentadas aos conselheiros.
Mapeamento do território, diálogo com as populações locais (conselhos municipais, pescadores, prefeituras, comunidades caiçaras e gestores das Unidades de Conservação), treinamento de equipe para atuar em situação de emergência, estabelecimento de rede de parceiros para o monitoramento no mar, bem como o fluxo de comunicação de ocorrências foram ações desenvolvidas pelo GT.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) também promoveu treinamentos para servidores das 16 cidades litorâneas paulistas, com base no manual para limpeza de ambientes costeiros atingidos por óleo da companhia. O relatório do Grupo de Trabalho, constituído por meio de resolução SIMA nº 76, de 29 de outubro de 2019, pode ser consultado pela internet.
Conexão Mata Atlântica
O projeto “Recuperação de Serviços de Clima e Biodiversidade no Corredor Sudeste da Mata Atlântica Brasileira” – Conexão Mata Atlântica tem o objetivo de aumentar a proteção da biodiversidade e da água e combater mudanças climáticas. Para isso, promove atividades de conservação da vegetação nativa, adoção de sistemas mais produtivos (boas práticas ambientais) e melhoramento da gestão de unidades de conservação.
Em São Paulo, a SIMA e a Fundação Florestal (FF) são responsáveis pelas ações do projeto. A área de atuação do Conexão Mata Atlântica abrange São Luís do Paraitinga e Natividade da Serra (SIMA), São Francisco Xavier em São José dos Campos (FF), Zona de Amortecimento da Estação Ecológica de Bananal (FF), Zona de Amortecimento do Núcleo Itariru do PESM: Peruíbe, Pedro de Toledo, Itariri e Miracatu (FF).
Crédito:
Governo do Estado de São Paulo +
Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente