Troca iônica, dessalinização, água ultrapura: indústria usa tratamentos hightech para poupar cada gota

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Por Mateus Souza e Hans Paul Mösl | GEMÜ Válvulas, Sistemas de Medição e Controle | Fábrica em São José dos Pinhais. Paraná

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No mês da água, queremos trazer informação atualizada sobre esse recurso tão precioso e que, mais do que nunca, precisa ser utilizado com sabedoria, técnicas afinadas e bom senso. No contexto industrial, isso é ainda mais verdadeiro, e felizmente existem novas tecnologias que permitem aproveitar cada gota e reutilizá-la de formas antes impensáveis.

Cada unidade fabril requer diferentes aplicações da água. Existem requisitos muito específicos, especialmente em relação aos equipamentos que a utilizam para resfriamento ou na forma de vapor. E eles precisam ser muito bem definidos para oferecer uma configuração adequada e garantir uma escolha correta, por exemplo, das válvulas do sistema, com dimensionamentos customizados e próprios para os parâmetros de operação (pressão, temperatura e tipo de fluido).

Algumas das aplicações mais comuns e que hoje utilizam tecnologia de ponta são o tratamento da água potável (por ultrafiltração, troca iônica ou descontaminação por radiação ultravioleta); a recuperação da água residual industrial e de águas de processamento e até a dessalinização da água do mar.

A água requer diferentes ações para ser efetivamente considerada potável. As principais providências incluem a precipitação ou floculação de partículas suspensas; absorção de substâncias orgânicas dissolvidas com uso de carvão ativado; ultrafiltração; esterilização com adição de cloro ou por meio da radiação de luz UV, entre outros.

Já no caso do aproveitamento de águas residuais ou de processo, cada sistema deve ser analisado em suas características, de forma a customizar o resultado. São usadas válvulas versáteis e controladores de processo que possibilitem atendimento individual do fluido de operação e de todo o processo – mas podem ser necessárias válvulas convencionais ou válvulas de bloco multivias bem mais complexas.

A diversificação na matriz de sistemas de tratamento de água já é observada, inclusive com investimentos em novas plantas de dessalinização de água do mar, como é o caso de uma nova unidade que será construída no Ceará. Para situações de uso em ambiente corrosivo, as válvulas do tipo borboleta são muito utilizadas.

Uso da água na indústria farmacêutica

Quando falamos na indústria farmacêutica, o compromisso com a excelência de toda a cadeia produtiva é com a contaminação zero, além da exigência de rastreamento de cada lote de produto para a máxima qualidade.

A água utilizada nessas indústrias chamadas “limpas” exige diferentes graduações de pureza, cada uma com propriedades específicas de acordo com seu uso na indústria farmacêutica, alimentícia, cosmética e de biotecnologia.

Nesse contexto, além das matérias-primas mais utilizadas, que são a água purificada (Purified Water, ou PW) e a água para injeções (Water For Injection = WFI), também existe, desde 2002, a água de alta pureza (High Purified Water = HPW). A tecnologia nesse caso permite que ela atenda as exigências qualitativas da água WFI, mas sua produção não é restrita ao sistema de geração por destilação.

Os equipamentos pelos quais os fluidos irão passar devem ser 100% drenáveis, ou seja, quando o produto é esvaziado, não pode restar nem um resíduo de agentes químicos nas linhas que possam se tornar foco da ação de microrganismos.

A obtenção desse resultado envolve o uso do correto material na fabricação das válvulas, o design do contorno da sede, estudos e cálculos para total drenabilidade.

Quando se fala na rastreabilidade, vemos a indústria 4.0 chegar à indústria farmacêutica para garantir total controle dos lotes de produção. Essa e outras melhorias tecnológicas trazem profissionalismo e segurança a toda a cadeia produtiva nacional – mas é importante que cada um assuma sua parte no compromisso com o desenvolvimento desse setor no país.

Sobre os Autores

Sobre a GEMÜ

A filial da multinacional alemã criada por Fritz Müller na década de 1960 disponibiliza ao mercado brasileiro válvulas de extrema eficiência e qualidade. A planta situada em São José dos Pinhais (PR), que conta com 100 colaboradores e completa 40 anos em 2021, produz válvulas e acessórios para o tratamento de água e efluentes em indústrias de todas as áreas, como siderurgia, fertilizantes e setor automobilístico, bem como para integrar sistemas de geração de energia. Na área de PFB (farmacêutica, alimentícia e biotecnologia), a GEMÜ é líder mundial e vende para toda a América Latina produtos de alta precisão, com atendimento local, além de consultoria com profissionais capazes de orientar na escolha da melhor solução em válvulas para cada aplicação. Mais informações: https://www.gemu-group.com/pt_BR/

Crédito:
Imprensa | GEMÜ

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