Empresas discutem um novo olhar de negócios para a reciclagem no Hub de Economia Circular Brasil

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Empresas discutem um novo olhar de negócios para a reciclagem no Hub de Economia Circular Brasil

Imagem: Suthin Samankit, Pixabay | Criado pela Exchange 4 Change Brasil, hub quer incentivar a construção de uma cadeia produtiva que use reciclados como matéria-prima de alto valor agregado

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Nesta segunda-feira (17), foi celebrado o Dia Internacional da Reciclagem, e no Brasil, empresas de diversos portes e setores estão mudando suas perspectivas sobre o assunto no Hub de Economia Circular Brasil (Hub-EC).

Iniciativa pioneira na América Latina e liderada pela organização Exchange 4 Change Brasil (E4CB), que orienta a transição para a economia circular no país, o hub conta com grupos de trabalho para desenvolver soluções escaláveis para reaproveitamento de materiais como resina, plástico filme e alumínio, transformando-os em matéria-prima de alto valor agregado para a indústria.

O Compromisso Empresarial para a Reciclagem (CEMPRE) é um dos 16 membros do Hub-EC, ao lado de empresas globais como Electrolux, Gerdau, Nespresso e Tomra, e de empresas brasileiras como Wise e Plastiweber.

Elas estão reunidas para estabelecer relações comerciais e remodelar processos produtivos, uma vez que, sob a perspectiva da economia circular, as matérias-primas necessárias para o desenvolvimento dos seus produtos estão disponíveis na própria cadeia.



Embora a economia circular seja comumente confundida com reciclagem, a fundadora da E4CB e diretora do Hub-EC, Beatriz Luz, explica que o grande diferencial está no olhar abrangente de negócios que a economia circular traz para a reciclagem:

“Há uma noção de que a matéria-prima reciclada tem que ser mais barata porque vem do lixo e, com isso, acabamos aplicando-a em produtos baratos e de baixa qualidade. A economia circular muda essa percepção e dá visibilidade a todos os atores da cadeia, principalmente o reciclador, que é quem, no meio do processo, vai transformar o resíduo em matéria-prima e iniciar um novo ciclo produtivo. Está na hora do mercado entender que a matéria-prima reciclada carrega uma proposta de valor adicional, por evitar a geração de resíduo e a poluição do meio ambiente, sendo necessários investimentos para gerar produtos com design e performance. Sem essa visão, a conta da reciclagem não fecha.”

Renata Vilarinho, gerente executiva do CEMPRE, destaca que, na ótica da economia circular, a adoção de práticas que evitem o desperdício de matéria-prima e o uso desnecessário dos recursos naturais são essenciais:

“Incentivar a prolongação da vida útil dos materiais e sua manutenção no ciclo produtivo, e olhar o resíduo como recurso de alto valor são premissas da economia circular, e é nesse contexto que a reutilização e a reciclagem são ferramentas de grande relevância. Em paralelo, a integração dos diversos elos da cadeia produtiva e a adoção de critérios de governança entre esses atores, trabalho que vem sendo realizado pelo Hub-EC, é fundamental para que a transição para um novo modelo econômico saia do papel no Brasil.”

Crédito:
Imprensa | HUB Economia Circular Brasil

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