Reciclagem de embalagens PET é exemplo de Economia Circular

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Reciclagem de embalagens PET é exemplo de economia circular.

Imagem: Divulgação

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Roupas, tintas, resinas, revestimentos têxteis em geral, carpetes e peças técnicas para o setor automotivo e até novas embalagens. Com essas e uma série de outras aplicações, desenvolvidas ao longo de mais de 20 anos, o PET reciclado é hoje um dos principais exemplos de sucesso da economia circular.

O último Censo da Reciclagem indicou que o Brasil recicla 55% de todas as embalagens PET descartadas pelos consumidores, o que corresponde a 311 mil toneladas do material.

Esse resultado é possível porque, além de incentivar a reciclagem, a indústria realizou grandes investimentos em tecnologia e desenvolvimento de novos produtos, garantindo a demanda e a qualidade necessárias para o material reciclado. Assim, todo o volume de PET pós-consumo que se consegue coletar é utilizado e retorna à sociedade na forma de itens de alto valor agregado.

Com esse desenvolvimento tecnológico, o PET reciclado é um dos poucos materiais autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para o envase de alimentos, num processo conhecido mundialmente como bottle to bottle. Esse avanço fez com que a produção de novas garrafas corresponda à maior parte do uso do PET reciclado (23%), utilizado pelas indústrias de refrigerantes, detergentes, produtos de limpeza, entre outras, para a produção de embalagens com conteúdo reciclado.

Além disso, por ser resistente, o PET permite que as embalagens sejam produzidas com espessura bem mais fina que outros materiais, reduzindo ao mínimo a quantidade de material utilizado e permitindo uma alta eficiência no transporte, pois maximiza a quantidade de produto (bebidas e alimentos) que precisa ser transportada.

Essa resistência também é valorizada na preservação da qualidade dos alimentos e bebidas contidas nas embalagens PET.

“O alto índice de reciclagem do PET no Brasil, superior ao dos Estados Unidos e de vários países da Europa, potencializa esses benefícios, pois a matéria prima reciclada substitui material virgem em muitos outros produtos, em diferentes segmentos, como construção civil, tintas, produção de automóveis e caminhões, telefones celulares, entre outros”, afirma Auri Marçon, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET).

Do ponto de vista socioeconômico, a reciclagem do PET remunera a base da pirâmide social, muitas vezes envolvendo o resgate da cidadania de muitas pessoas, entre as quais catadores, cooperados, sucateiros, pessoal de transporte básico e outros. Além disso, o setor é composto por uma indústria recicladora economicamente viável, sustentável e funcional. Aproximadamente um terço do faturamento de toda a indústria brasileira do PET provém da reciclagem, montante que em 2019 chegou a R$ 3,5 bilhões.



O PET é um tipo de plástico diferenciado, mas tem um desafio: a coleta e destinação correta do material reciclável.

Apesar do sucesso da reciclagem do PET no Brasil, dois fatores impedem que os índices de destinação adequada de qualquer embalagem avancem de forma mais acelerada: a educação ambiental ligada ao descarte dos resíduos sólidos e o sistema de coleta seletiva disponível no Brasil, que é quase inexistente.

“Sem a consciência dos cidadãos para um correto descarte das embalagens e sem uma separação dos materiais recicláveis, fica difícil instituir uma Logística Reversa eficiente. Embora a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que já completou 10 anos de implantação, tenha proporcionado uma evolução nesta área, ainda são raros os exemplos de sistemas públicos robustos de coleta seletiva, capazes de fazer funcionar a logística reversa desses materiais”, afirma o presidente executivo da ABIPET.

Essa realidade, destaca o executivo, faz com que a indústria, que nos últimos anos investiu mais de 100 milhões de dólares em reciclagem (PET), trabalhe com ociosidade superior a 30%, justamente por falta de coleta e separação do material para reciclagem.

“Precisamos avaliar e impedir que as embalagens continuem sendo enterradas em lixões e aterros, resultando em um desperdício de matéria-prima que poderia ser muito útil à sociedade, gerando emprego, renda e, obviamente, preservando o meio ambiente“, conclui.

Sobre a ABIPET

A ABIPET – Associação Brasileira da Indústria do PET – é uma entidade sem fins lucrativos que reúne a cadeia produtiva do setor de PET: fabricantes da resina PET, fabricantes das embalagens de PET e seus recicladores. A Entidade representa cerca de 80% da Indústria do PET no Brasil e é a maior deste segmento em toda a América Latina.

Para atingir seus objetivos, a associação interage intensamente com entidades empresariais, fabricantes de embalagens, organizações ambientalistas, com o governo e muitos outros atores, abrindo espaço para discussões e esclarecimentos científicos sobre o setor.

Site: ABIPET

Crédito:
Imprensa | ABIPET – Associação Brasileira da Indústria do PET

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