ENERGIA: Condomínios buscam ações para economia

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Imagem: Divulgação | Além de redução na conta, medidas valorizam o imóvel, ressalta Graiche

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O aumento de 52% na tarifa da bandeira vermelha patamar 2 da energia elétrica vem intensificando a busca de condomínios por ações que possam minimizar os gastos com a questão. A alta de preço é consequência da crise hídrica que afeta os reservatórios das usinas hidrelétricas.

O Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos, de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), fazendo necessário o acionamento das usinas termelétricas para suprir a queda de oferta.

Aquecedores, torneiras térmicas, chuveiros, saunas e o sistema de aquecimento de piscinas são os grandes causadores da alta do custo das despesas com energia. Embora exista uma necessidade de conscientização geral do condomínio para evitar o desperdício, com luzes e eletrodomésticos ligados sem necessidade, por exemplo, há maneiras inteligentes de gestores condominiais e síndicos compensarem maiores gastos com energia elétrica sem prejudicar o conforto dos condôminos”, fala Maria Claudia Buarraj El Khouri, gerente de Sustentabilidade do Grupo Graiche, empresa que administra mais de 800 condomínios, com 90 mil unidades de apartamentos.

Além de iniciativas básicas, como sensores de presença, minuteiras e troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou Led (que consomem de 60% a 80% menos energia), muitos condomínios estão implantando outros processos que agregarão na economia de energia.

Em condomínio em Indianópolis, que possui uma torre com 76 apartamentos e cerca de 350 moradores, o valor da conta, em fevereiro, chegou à R$ 5.100.

O síndico Fabio P. Ferreira procurou, então, por projeto de energia solar, que se mostrou inviável pela falta de espaço para as placas, além de custo superior ao caixa do prédio.

Pesquisando alternativas, encontrou empresa que desenvolve sistema que gera energia pela circulação de água.

“Na entrada de água fornecida pela concessionária, vamos instalar uma turbina e um gerador, e na saída das caixas de água no topo do prédio duas turbinas e dois geradores de 3 kVA (kilovoltampere) cada. Esse conjunto irá gerar cerca de 72% da energia consumida pelas áreas comuns do prédio. Além de gerar nossa energia, vamos economizar imediatamente cerca de R$ 800 e, após 72 meses (prazo do financiamento feito para ação) toda a economia ficará no caixa do condomínio”, salienta Ferreira.

“Se considerarmos que a parcela é fixa e a energia sobe sempre que muda a bandeira, nossa economia ficará ainda mais significativa. Além disso, resolvemos o problema de espaço, pois esse sistema ocupa cerca de 1 metro quadrado”, completa.

Energia solar

A instalação de painéis solares e fotovoltaicos é outra medida que vem sendo aderida por muitos condomínios.

“A energia solar é considerada totalmente limpa, não emite gases poluentes e nem consome recursos naturais. Ao adotá-la, o condomínio assume uma posição muito mais sustentável”, frisa Maria Claudia.

Avaliação por parte dos engenheiros/empresas responsáveis deve ser feita e, sendo viável para o condomínio adquirir a solução e se existir um espaço adequado para os equipamentos, após aprovação em Assembleia, o processo é iniciado.

A energia solar térmica (aquecedor solar) capta o calor e transforma a radiação solar em energia térmica. É utilizada frequentemente para o aquecimento de água para piscinas, chuveiros e torneiras. O aquecedor solar precisa de um reservatório térmico e aparato hidráulico.

Já a energia solar fotovoltaica capta a luz e transforma a energia solar em energia elétrica.

É capaz de abaixar em até 95% o valor das contas de luz, de acordo com a capacidade de produção energética do projeto.

A energia elétrica armazenada em baterias (off-grid) é ligada diretamente à rede de distribuição (on-grid) ou sistema híbrido. Esse tipo de energia é utilizado para funcionamento de aparelhos eletrônicos ou sistema de compensação de energia elétrica.

As placas fotovoltaicas devem ser instaladas no chão ou telhado, onde sempre há a incidência de luz solar.

“É um investimento de médio e longo prazo, pois o custo inicial pode ser alto. Porém, todo dinheiro investido retorna para o bolso do consumidor em prazo médio entre 4 e 10 anos. A partir deste período, tudo o que é economizado pode ser contabilizado como uma espécie de lucro ou alívio no orçamento. Trata-se de uma alternativa muito rentável e que oferece benefícios de 20 a 30 anos, em média”, salienta Maria Claudia.

O retorno do investimento não acontece apenas na conta de luz, mas também em relação à valorização do imóvel.

“Algumas pesquisas no mercado imobiliário apontam que muitas pessoas têm procurado investir em imóveis que sejam considerados sustentáveis.  É também um ponto que agrega valor sobre o preço da venda ou do aluguel de um imóvel”, ressalta.

GRUPO GRAICHE

O Grupo Graiche atua há 46 anos nos segmentos de administração condominial, administração de bens imóveis e na intermediação de locação e venda de imóveis. Hoje, a empresa administra quase 800 condomínios, com 90 mil unidades de apartamentos e 5.100 funcionários. Site: https://graiche.com.br/

Crédito:
Imprensa | Grupo Graiche

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