SVB reconta caso das búfalas de Brotas em curta-metragem emocionante sobre os Órfãos do Leite

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Imagem: Divulgação | Objetivo é explicar o impacto negativo que a produção de alimentos de origem animal, como o queijo, tem na vida dos animais

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A Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) reconta, no emocionante e explicativo curta-metragem Órfãos do Leite, a difícil realidade vista na Fazenda Água Sumida, no município de Brotas (SP), onde centenas de búfalas foram encontradas pela polícia agonizando de fome e sede, em novembro de 2021. As imagens dos animais abandonados pelo fazendeiro servem de fio para contar o impacto negativo que a produção de alimentos de origem animal, como leite e queijo, tem na vida das búfalas, vacas e bezerros.

Responsável pela direção, roteiro e apresentação, a publicitária Larissa Maluf, que trabalhou como voluntária em Brotas e coordena a comunicação da SVB, comenta que, apesar de ser um caso extremo, o que foi visto em Brotas não é isolado. Dois novos casos de maus-tratos com vacas e bezerros usados na indústria do leite e da carne foram descobertos neste mês, em uma fazenda de Cunha (SP) e em Uberaba (MG), confirmando o modo de operar de muitas produções com animais.

“Nossa intenção é não deixar o caso cair no esquecimento. Precisávamos contar e eternizar essa história para que as pessoas pudessem entender a relação desses órfãos com a indústria de leite e derivados”, afirma Larissa.

O curta-metragem Órfãos do Leite pode ser visto no no YouTube da SVB ou no site orfaosdoleite.com.br – além do áudio original em português, o vídeo terá versões em inglês, espanhol e Libras.

Nele, será possível entender a verdadeira história por trás de uma peça de queijo, um copo de leite ou de um simples iogurte. Para a produção desses alimentos, vacas, búfalas ou cabras precisam ser mães, algo que ocorre por volta dos dois anos de idade do animal, quando passam por uma inseminação para ficarem prenhas.

Separados das mães, os órfãos do leite nascem apenas para atender uma demanda do mercado e depois são descartados ou destinados à produção da vitela, onde ficam presos em baias sem poder caminhar para sua carne ser mais macia.

Crédito: Divulgação

Convidado para a pré-estreia do curta-metragem, o professor universitário e médico veterinário Marcelo Beltrão Molento ressalta que o material tem argumentos reais para impulsionar uma mudança nos hábitos.

“Esses animais são seres que merecem nosso total respeito, precisamos mudar completamente a indústria do leite. O animal que está nessa indústria sofre. A produção do leite significa dor e ao comprar leite ou algum derivado as pessoas precisam estar cientes de que eles sofrem constantemente, todos os dias”, avalia o médico veterinário.

Crédito: Divulgação

Após expor a realidade e contar histórias de búfalas e bezerros que passaram a ser tratados por nomes e não mais números, o curta-metragem faz um apelo para que as pessoas considerem o veganismo, entendendo os benefícios de uma alimentação sem produtos que envolvam animais na produção. O lado positivo vai além de evitar o sofrimento de mães e filhotes.

“Uma alimentação 100% à base de vegetais, que exclui todos os alimentos de origem animal, não somente é possível como também é comprovadamente uma das formas mais efetivas de você cuidar da sua saúde”, explica a nutricionista e diretora de campanhas da SVB, Alessandra Luglio.

O nutricionista, José Balestrin, que também assistiu os Órfãos do Leite explica que o organismo humano não necessita dos nutrientes dos produtos animais. Proteínas e cálcio, presentes no leite, também são obtidos com uma alimentação à base de vegetais. Ela comenta que, por mais cruel que seja, a realidade por trás da indústria facilita o caminho para abrir mão do consumo de leite e derivados.

“Sabemos que muitos dos processos industriais não visam a saúde do consumidor, que dirá a saúde e dignidade dos animais produtores, que são tratados pior que objetos. Foi aterrorizante ver no curta como os animais foram abandonados e as condições em que eram tratados. O assunto é forte, mas o filme consegue abordar de forma leve e racional, mostrando histórias de algumas búfalas sobreviventes. São animais como os que criamos em casa, elas sentem medo, dor, alegria, frio, fome, saudade”, opina Balestrin.

Sobre a Sociedade Vegetariana Brasileira

Fundada em 2003, a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) é uma organização sem fins lucrativos que promove a alimentação vegetariana como uma escolha ética, saudável, sustentável e socialmente justa. Por meio de campanhas, programas, convênios, eventos, pesquisa e ativismo, a SVB realiza conscientização sobre os benefícios do vegetarianismo e trabalha para aumentar o acesso da população a produtos e serviços vegetarianos.

Para mais informações, acesse www.svb.org.br ou os nossos perfis no Instagram, Facebook e Youtube.

Crédito:
Imprensa

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