BNDES anuncia empresas selecionadas na chamada pública para aquisição de créditos de carbono

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Foto: Divulgação | BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
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Imagem: Divulgação

  • Cinco desenvolvedoras foram selecionadas com projetos de conservação (REDD+) e energia geradores
  • Projeto-piloto promove desenvolvimento de um mercado voluntário e chancela padrões de qualidade para ações de descarbonização da economia.
  • Créditos de carbono mensuram e precificam a redução e/ou remoção de emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, contribuindo para a preservação do meio ambiente
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou no dia 26/05 a conclusão da etapa de Seleção da Chamada Pública para Aquisição de até R$ 10 milhões em Créditos de Carbono. Entre as 11 propostas que o banco recebeu foram selecionadas cinco desenvolvedoras, em conjunto com seus respectivos parceiros, que apresentaram projetos que representam a compra de R$ 8,7 milhões em créditos nesta etapa. São elas Biofílica, Solví, Sustainable Carbon, Carbonext e Tembici.

Os créditos de carbono mensuram e precificam a redução e/ou remoção de unidades equivalentes a uma tonelada de dióxido de carbono na atmosfera, contribuindo para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

As empresas selecionadas desenvolvem projetos com parceiros que preveem a geração de créditos de carbono.

A Biofílica Investimentos Ambientais atua em conjunto com a Associação dos Moradores de Reserva Extrativista Rio Preto – Jacundá e Ribeirinhos do Rio Machado – Asmorex. Elas apresentaram um projeto de conservação de floresta amazônica (REDD+) que abrange 94.289 hectares nos municípios de Machadionho d’Oeste e Cujubum (Rondônia) e também prevê ações de desenvolvimento sustentável na comunidade.

A Carbonext Teconologia em Soluções Ambientais desenvolve, em conjunto com a Copacabana Agropecuária, Leblon Agropecuária, Ipanema Agropecuária e Bela Aliança Agropecuária, um projeto que prevê a conservação florestal (REDD+) e ações de desenvolvimento social e de biodiversidade em Bujari (Acre), em uma área de 20.669 hectares.

Já a Revita Engenharia atua em um projeto de geração de energia a partir de metano em aterro sanitário localizado em Quatá (São Paulo).

A Sustainable Carbon – Projetos Ambientais e a Cerâmica Gomes de Mattos propõem projeto de substituição de combustível por biomassa renovável no município de Crato (Ceará), que inclui ações de desenvolvimento social junto a comunidades locais.

E, por fim, a Tembici Participações, a Transportes Sustentáveis e a M2 Soluções em Engenharia atuam em parceria por meio de disponibilização de serviço de bicicletas compartilhadas nos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro. O projeto está enquadrado como troca de combustível na matriz de transporte.

Após o processo de seleção, os projetos passarão por diligências que considerarão avaliações técnica e jurídica a serem realizadas por equipes do BNDES.

O mercado voluntário precisa crescer mais de 15 vezes até 2030 para permitir que empresas e instituições cumpram as metas previstas no Acordo de Paris de atingimento de equilíbrio entre emissão e remoção dos gases causadores do efeito estufa (“net zero”) até 2050, segundo a Força Tarefa em Escalonamento de Mercados Voluntários (TSVCM). Neste contexto, a aquisição de créditos de carbono constitui alternativa disponível a empresas e países para o cumprimento de suas metas de descarbonização.

Em Março de 2022, o BNDES deu início à chamada pública para aquisição de créditos de carbono, na qual foram convidados proponentes a participar de um processo seletivo para apresentação de propostas técnicas e comerciais referentes a projetos de origem REDD+ (redução de emissões provenientes de desmatamento e degradação florestal), reflorestamento e energia, com a finalidade de aquisição de créditos de carbono pela BNDESPAR.

Bruno Laskowsky, diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES, afirma que o BNDES, por meio da iniciativa inédita de aquisição de crédito de carbono, contribui de forma importante para o fomento do mercado de carbono e reforça a cultura de descarbonização do país.

REDD+

O mecanismo REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) foi desenvolvido pelas partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Por meio dele, países em desenvolvimento podem receber “pagamentos por resultados” de seus esforços para redução da emissão de carbono ao evitar o desmatamento e a degradação florestal.

Sobre o BNDES

Fundado em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira. Suas ações têm foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. O Banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, além de linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. Em situações de crise, o Banco atua de forma anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da economia.

Credito:
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