O aço é um insumo fundamental para a transição energética

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A Associação Latino-americana de Aço foi fundada em 1959 e é composta por mais de 60 empresas produtoras e afins e mais de 1,2 milhão de trabalhadores, cuja produção se aproxima de 60 milhões de toneladas por ano.
A Associação Latino-americana de Aço foi fundada em 1959 e é composta por mais de 60 empresas produtoras e afins e mais de 1,2 milhão de trabalhadores, cuja produção se aproxima de 60 milhões de toneladas por ano.

Imagem: Divulgação | Elo fundamental da Economia Circular, com infinita reciclabilidade, o aço é a alternativa mais sustentável para a transição para um futuro de baixo carbono

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Com as múltiplas crises que o mundo enfrenta, os mercados de commodities estão sendo transformados como resultado da pandemia, da guerra na Ucrânia e dos efeitos das mudanças climáticas. No entanto, o conflito entre dois grandes exportadores mundiais de produtos básicos e recursos energéticos elevou ainda mais os preços das matérias-primas. A Rússia é o principal exportador de fertilizantes e gás natural e o segundo maior exportador mundial de petróleo bruto. Assim, a crise desencadeada pela guerra na Ucrânia reduziu a oferta global de gás, elevando os preços, mas também gerando desafios de abastecimento.

“Não se sabe se os países poderão contar com o gás de que precisam”, comenta Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero.

Infelizmente, em um cenário de crise após crise, os investimentos em novos formatos de energia ficam em segundo plano, tornando-nos reféns dos combustíveis fósseis. O aumento do custo da energia também significa que muitos países da região precisam importar mais gás, encarecendo ainda mais a produção local e, consequentemente, perdendo competitividade no mercado internacional.

No entanto, algumas iniciativas buscam diversificar as fontes de energia e reduzir a dependência do gás russo em 2/3 até o final de 2022. E há coisas a fazer como:

  • avaliar a produção interna de energia de cada país para não depender dos mercados externos;
  • promover a produção de energia limpa (e seus investimentos) como estratégia para suprimir a demanda de forma sustentável;
  • melhorar os marcos regulatórios por meio de reformas estruturais que reduzam impostos e custos para produzir energia limpa, melhorando assim os custos de energia e combustível para transporte;
  • incentivar a cooperação entre os países da região para aumentar o comércio intra-regional e o apoio energético entre os países da América Latina;
  • aumentar a eficiência energética.

A siderurgia é, ao mesmo tempo, consumidora e geradora de energia em seu processo produtivo. Nas últimas décadas, passou por um processo de melhoria da eficiência energética em suas plantas e já promoveu grandes reduções de uso, promovendo benefícios para o meio ambiente e para sua competitividade econômica.

Por sua característica de infinita reciclabilidade, o aço tem um amplo potencial de descarbonização: segundo dados da worldsteel, dos 1,8 milhão de toneladas produzidas por ano, estima-se que 630 milhões sejam utilizados como matéria-prima, evitando a emissão de 950 milhões de toneladas de CO2. Dessa forma, o aumento do uso de fontes renováveis de energia é uma forma de acelerar o processo.

Segundo Wagner, vivemos tempos de mudanças sem precedentes, que estão redefinindo a agenda do setor.

“Na América Latina temos dois grandes problemas: mudança climática e geopolítica, vejo dois caminhos possíveis de solução: inovação e novas tecnologias, que são uma oportunidade para acelerar processos como eficiência energética e descarbonização, que são essenciais para que possamos passar pelo cenário delicado que estamos observando”, afirma.

Qual o cenário no Brasil?

Houve um boom de importação de gás no país em decorrência do aumento da geração de eletricidade a gás devido à crise hídrica, uma vez que buscou-se preservar os reservatórios hidrelétricos do país. Segundo dados do Ministério da Economia, o Brasil importou aproximadamente 12 milhões de toneladas (Mt) de gás em 2021, quase o dobro dos 6,2Mt do ano anterior. Assim, a maior economia da América Latina enfrenta um período complicado em 2022, uma vez que a necessidade de importação continua elevada.

O que os países e governos podem fazer?

No médio prazo, ou seja, até 2030, é fundamental valorizar a produção energética nacional para que não haja dependência do mercado externo, promover a cooperação entre os países da América Latina, aumentar a participação de fontes renováveis na matriz energética, utilizar gás natural como combustível de transição e continuar o desenvolvimento de programas de Eficiência Energética aproveitando a revolução tecnológica e a digitalização.

Para isso, é preciso ter incentivos e regras previsíveis dos governos a favor do desenvolvimento das energias renováveis, também é fundamental ter tarefas competitivas de gás natural para maximizar a competitividade da matriz energética, além de financiamentos públicos e privados para promover o salto tecnológico e a eficiência energética.

Sobre a Alacero

A Associação Latino-americana de Aço é uma entidade civil sem fins lucrativos que integra a cadeia de valor do aço latino-americano com o objetivo de promover emprego industrial de qualidade, integração regional, inovação tecnológica, cuidado com o meio ambiente, excelência em recursos humanos, segurança no trabalho, desenvolvimento integral de suas comunidades e responsabilidade corporativa. Fundada em 1959, é composta por mais de 60 empresas produtoras e afins e mais de 1,2 milhão de trabalhadores, cuja produção se aproxima de 60 milhões de toneladas por ano.

A Alacero é reconhecida como Organização Especial de Consultoria pelas Nações Unidas e representa a siderúrgica latino-americana perante organismos internacionais como Worldsteel, OCDE, Agência Internacional de Energia (IEA), ONU (UNCTAD) e BID, aos quais leva as ideias e posições de seus parceiros.

Site oficial: https://www.alacero.org/

Crédito:
Imprensa | Alacero – Associação Latinoamericada do Aço

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