Aquecimento a gás no inverno: o que diz especialista do CREA São Paulo

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Troca de sistema elétrico por um de aquecimento a gás exige alguns cuidados
Troca de sistema elétrico por um de aquecimento a gás exige alguns cuidados

Imagem: Divulgação | Manutenção e cuidados geram mais segurança à utilização do equipamento

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Com a chegada do inverno, é natural a busca por soluções que propiciem mais conforto para os dias frios, caso, por exemplo, dos aquecedores de água a gás. Os equipamentos são alternativas comuns para ter chuveiros e torneiras com água quente, driblando cobranças de energia muito caras. Principalmente depois do reajuste nos valores das bandeiras tarifárias, anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nos últimos dias, que prevê alta de 63% na bandeira vermelha.

O chuveiro elétrico é considerado o grande vilão das contas por ser um dos aparelhos de maior consumo energético. Um modelo médio de 4.500 a 5.500 watts pode comprometer até 15% do total de gastos com energia elétrica em uma residência com mais de três pessoas, segundo o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel).

Neste caso, a troca do sistema elétrico por um de aquecimento a gás pode ser benéfica para o bolso, mas alguns cuidados precisam ser tomados.

A recomendação para o perfeito funcionamento do aparelho e segurança dos usuários é que um engenheiro civil registrado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (CREA-SP) seja o responsável pelo projeto de instalação. Cabe ao profissional o estudo do local adequado para a tubulação do sistema de aquecimento a gás, uma vez que esta difere dos tubos comuns.

“O engenheiro deve fazer o projeto de encaminhamento da tubulação, indicando por onde ela vai passar para não ter nenhum problema de interferência com elemento estrutural”, explica o conselheiro do CREA-SP, engenheiro civil Joni Matos Incheglu.

Funcionamento

Os aquecedores a gás são apresentados em dois tipos: de passagem, quando a água é aquecida gradualmente ao passar pelo aparelho; ou por acumulação, em que uma chama é mantida acesa e aquece a água continuamente.

“A água é aquecida e depois distribuída”, comenta Incheglu.

Esses modelos também podem ter outras diferenciações: a gás liquefeito de petróleo, o conhecido GLP, ou a gás natural, dependendo da concessionária que o fornece; digital, que regula o aquecimento pela temperatura escolhida, ou mecânico, quando a regulagem é feita de forma semelhante à chama do fogão.

Pontos de atenção

Nos dias frios, a tendência é que o consumo de gás para aquecimento aumente. O que não é nenhum problema, segundo o engenheiro Joni:

“Hoje em dia os aparelhos são muito modernos e seguros”, diz. Mas isso não exclui a atenção com alguns cuidados. “É importante que, anualmente, seja feita uma manutenção preventiva para limpar o equipamento e lubrificar as peças. Como é um sistema que produz calor, com o tempo as peças ficam com resquício de carbonatação, que é uma interação físico-química entre o gás carbônico emitido com os produtos ali presentes da tubulação e do próprio cimento, podendo fazer com que deixem de funcionar. A manutenção aumenta a vida útil do aparelho, garantindo a segurança do mesmo”, ressalta.

Qualquer indício de mau funcionamento, como baixo ou superaquecimento, desregulagem ou até mesmo ferrugem deve ser consultado, passando por nova avaliação do engenheiro responsável.

Agora, a alta no consumo pode oferecer algum risco? O especialista assegura que não.

“Em termos de risco, o único cuidado que precisa ter é na hora de reformar, furar parede, demolir etc., pois é preciso saber onde passa a tubulação e furar uma tubulação de gás pode sim causar acidentes”, esclarece.

Dica extra

Quando se tem aquecimento a gás, normalmente, há o chamado misturador, que é o registro de água fria que acompanha o de água aquecida. Uma recomendação que pode fazer a diferença no bolso é: evite utilizar o misturador.

“Quando você liga a água fria para abaixar um pouco a temperatura, quer dizer que você está gastando mais gás do que o necessário. Portanto, regule a temperatura de forma que, ao ligar a água quente, ela já esteja ideal para o banho ou para uso nas torneiras, sem precisar resfriá-la”, encerra Joni.

Sobre o Autor

Joni Matos Incheglu, Engenheiro Civil

Joni Matos Incheglu é Engenheiro Civil e
Diretor administrativo na CREA-SP – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.

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Sobre o CREA-SP 

Instalada há 88 anos, a autarquia federal é responsável pela fiscalização, controle, orientação e aprimoramento do exercício e das atividades profissionais nas áreas da Engenharia, Agronomia e Geociências.

O CREA-SP está presente nos 645 municípios do Estado, conta com cerca de 350 mil profissionais registrados e 95 mil empresas registradas.

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Site oficial: https://www.creasp.org.br

Crédito: Imprensa

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