Circuito Urbano: ONU-Habitat lança Relatório Anual 2022 com experiência interativa com territórios

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Para o ONU-Habitat, as cidades e as comunidades são áreas de oportunidade para superar as desigualdades. Por isso, o Relatório Anual 2022 traz protagonismo a esses espaços, apresentando iniciativas em cooperação com diferentes níveis de governo para promover o desenvolvimento urbano sustentável.
Para o ONU-Habitat, as cidades e as comunidades são áreas de oportunidade para superar as desigualdades. Por isso, o Relatório Anual 2022 traz protagonismo a esses espaços, apresentando iniciativas em cooperação com diferentes níveis de governo para promover o desenvolvimento urbano sustentável.

Imagem: Divulgação |

  • A população mundial chegou ao marco de oito bilhões de pessoas em 2022. As áreas urbanas já abrigam 55% dessa população, e é esperado que esse número cresça para 68% até 2050. 
  • Esse número sobe para 81% ao considerar a região da América Latina e do Caribe, e chega a 85% quando o foco é o Brasil
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Julho de 2023Você sabe o que sua cidade está fazendo para promover um futuro urbano melhor? Em 2022, o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) se juntou a novas cidades e comunidades para não deixar ninguém e nenhum lugar para trás. E é para apresentar os resultados dessas parcerias que o escritório lançou, na quarta-feira (26/7), o Relatório Anual 2022.

Mais do que um documento, o Relatório é uma experiência interativa. Nesta edição, os protagonistas são os territórios em que ONU-Habitat esteve presente ao longo do ano. Para conhecê-los, o leitor pode navegar e explorar os mapas de cada local, entrando em contato com diferentes aspectos que tornam cada espaço único.

Assim, o Relatório apresenta um panorama das diferentes formas de enfrentamento aos desafios urbanos no país. Segundo o Relatório Mundial das Cidades, publicado pelo ONU-Habitat em 2022, as áreas urbanas já abrigam 55% da população global, devendo chegar a 68% até 2050. Esse número sobe para 81% ao se considerar a região da América Latina e do Caribe, e segundo o IBGE , chega a 85% quando o foco é o Brasil.

“Os desafios urbanos são grandes quando pensados de forma global, mas seu enfrentamento só pode ser encarado quando pensamos no nível local. É no nível do território que a transformação para um desenvolvimento urbano sustentável pode ser concretizada”, ressalta o representante do ONU-Habitat para o Brasil e Cone Sul, Alain Grimard.

A oficial nacional do ONU-Habitat para o Brasil, Rayne Ferretti Moraes, explica quais frentes de atuação foram protagonistas em 2022 e figuram ao longo do relatório.

“Essas iniciativas envolvem a coleta e análise de dados para a promoção de políticas públicas assertivas que consideram a especificidade de cada região; a promoção de espaços públicos mais inclusivos, seguros, resilientes, verdes e sustentáveis; a capacitação de pessoas para pensar, comunicar e resolver problemas urbanos; a construção da resiliência urbana; e outros temas englobados na Nova Agenda Urbana e na Agenda 2030”, afirma.

Vivendo os territórios

O relatório também reúne uma linha do tempo, as publicações realizadas no ano e as metodologias de maior destaque no período, além de histórias de pessoas que fizeram parte e foram impactadas por essas ações. Uma delas é Charlene Cristiane Egídio, liderança comunitária da Rosa Leão – uma das quatro ocupações da Izidora, em Belo Horizonte. Ela e seu filho Pedro estavam entre os primeiros moradores da região, em 2013. Não levou muito tempo até que, em meio a uma comunidade que crescia e tinha a necessidade urgente de se organizar, sua liderança tomasse forma, dando a ela uma posição de coordenação.

O papel de articulação de Charlene é fundamental na elaboração do Plano de urbanização popular desenvolvido ao longo do tempo. Junto à comunidade, a prefeitura de Belo Horizonte, o ONU-Habitat e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) trabalham no Plano de Urbanização Sustentável da Izidora, o primeiro para um assentamento informal em Belo Horizonte que traz a resiliência urbana como tema central.

Divulgação – Charlene Cristiane Egídio, liderança comunitária da Rosa Leão

Charlene se envolveu com o Plano desde o princípio, abrindo caminhos de diálogo entre as partes. Para ela, é importante mediar a conversa entre os técnicos e a população, garantindo que as pessoas entendam o papel e a linguagem dos parceiros. Ela espera que o Plano, fruto dessa parceria, contemple os desejos e demandas de quem vive ali.

Nesse processo, Charlene vê que muito já mudou. Ela se descobriu uma mulher empoderada, que não abaixa a cabeça a ninguém. Já Izidora tem o potencial de ser exemplo internacional, transformando o que era conflito fundiário em um projeto urbanístico feito em conjunto, com o olhar dos moradores e do poder público.

“Imagine se todo mundo, todos os bairros que são feitos em Belo Horizonte, tivessem a oportunidade dessa escuta, de você dizer o que que quer aqui, e você discutir isso com o povo que vai viver lá, né? Hoje, depois de 10 anos, a gente vê esperança, perspectiva de melhora, de respeito, de cidadania, de dizer que a gente faz parte de Belo Horizonte e tem direito de morar em Belo Horizonte”.

Acesse – Conheça outras histórias e percorra os territórios do Relatório Anual 2022 do ONU-Habitat Brasil clicando aqui. Link para o Relatório: https://relatorio-anual-2022.netlify.app/

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