Imagem: Divulgação | Criada em 2010 com objetivo de fornecer opção sustentável para menstruação, marca também investe na educação como arma contra a pobreza menstrual
Agosto de 2023 – Entre os desafios propostos pela agenda ESG de 2023 estavam equilibrar as ações para gerenciar os impactos das empresas no planeta com suas propostas para a sociedade, principalmente em relação a equidade e inclusão. A Inciclo, primeira marca de coletores menstruais do país, já trabalha os temas desde a sua fundação em 2010; ao trazer ao país a primeira opção de item menstrual sustentável, Mariana Betioli, que também é obstetriz e especialista em saúde íntima, abriu também um canal direto de comunicação com a população por meio das redes sociais e transformou a marca em referência de informação sobre saúde íntima.
Quando conheceu os coletores menstruais em uma viagem ao Canadá, a obstetriz ficou encantada com sua praticidade e viés sustentável: diferente do absorvente descartável, um mesmo copinho pode ser usado por até 3 anos, gerando uma quantidade menor de lixo.
“Os absorventes descartáveis, são produzidos com uso de plástico, um dos maiores inimigos do meio ambiente. Além de ser um material que demanda de muita energia para ser fabricado, seu descarte incorreto pode contaminar o solo e os oceanos. Os produtos plásticos de uso único — aqueles que são descartados após uma única utilização, são a maior preocupação dos especialistas socioambientais, uma vez que o plástico demora até 400 anos para se decompor. Era preciso propor opções mais sustentáveis para lidar com a menstruação”, relembra Mariana.
Sempre focada na sustentabilidade, a Inciclo desenvolveu ao longo dos anos opções de absorventes e calcinhas reutilizáveis feitos com material biodegradável e 100% livre de plástico.
“Além de sustentável, esse tipo de tecido favorece a respiração da pele, evita desconfortos e a proliferação de bactérias”, explica. “As calcinhas da Inciclo contam com tecnologia biodegradável exclusiva que se decompõe no meio ambiente após o descarte”, conta a CEO, que também lançou uma linha de sabonetes íntimos veganos, desenvolvidos com ativos naturais e embalagem de bioplástico.
Ao trazer o coletor para o Brasil com a Inciclo e apresentar a opção para as brasileiras, Mariana percebeu que além de prático e sustentável, ele também poderia ser uma opção mais econômica.
“Os copinhos podem ficar até 12h dentro do corpo sem nenhum risco. Após esse período, basta retirar, higienizar com água e sabonete e reintroduzir. Além de muito prático e da questão do lixo, há também a economia envolvida, uma vez que você adquire um copinho e pode usá-lo por até 3 anos sem nenhum outro gasto”, explica. “Ao dividirmos o valor de um coletor por 36 meses, o custo mensal sai em torno de R$ 2,00, muito menor que o de um pacotinho de absorventes”, explica a especialista, que chama atenção para o uso do coletor como parte da solução para a questão da pobreza menstrual. “Contando ainda com incentivos fiscais do governo como isenção de impostos como acontece em alguns países, o preço cairia ainda mais e teríamos uma solução economicamente viável, sustentável e ainda prática para a questão da pobreza menstrual”, analisa.
Mesmo ainda sem iniciativas do governo para reduzir a tributação do item, a Inciclo busca, de forma privada, soluções para a questão. Desde 2021 desenvolve o Projeto Novo Ciclo, em parceria com o ESPRO, que oferece acesso à coletores menstruais e educação à jovens de todo país.
“Para quem não tem acesso a itens básicos de higiene, a falta de informação pode ser ainda mais prejudicial no que diz respeito à menstruação. Desmistificar a menstruação é trazer à tona o assunto em todas as esferas, inclusive nas políticas públicas. Há meninas e mulheres que ainda faltam ao trabalho ou a escola por falta de acesso a produtos adequados de higiene menstrual”, conta Betioli chamando atenção a uma outra problemática, a igualdade de gêneros. “Fornecer acesso à itens de higiene íntima é uma forma de garantir a igualdade de gênero e proporcionar uma situação básica para que essas pessoas consigam seguir com a sua rotina sem interrupções”, reflete.
Ainda na esfera da educação, a Inciclo busca por meios plurais, seja em expedições para comunidades afastadas dos grandes centros, pelo Projeto Novo Ciclo e pelas redes sociais, levar informação a quem mais precisa. Mariana dá voz à marca e por meio da didática simples explica anatomia feminina, o funcionamento do ciclo menstrual, a melhor forma fazer a higiene íntima e, finalmente, como utilizar um coletor menstrual.
“Hoje temos canais abertos para o diálogo tanto em nosso site quanto nas redes sociais. Temos uma comunidade de quase 500mil seguidores que consomem conteúdo sobre saúde íntima, sexualidade, higiene e itens para menstruação. Diariamente respondemos dúvidas e publicamos conteúdos informativos para ajudar a desmistificar a menstruação e o corpo feminino”, relata.
O que parece óbvio para parte das brasileiras, para uma outra grande parcela ainda é um assunto pouco explorado, mesmo em 2023. “Há dúvidas simples como por exemplo por onde sai o xixi ou se é possível urinar utilizando um coletor”, explica Mariana. “Quando apresento o coletor, algumas dizem que gostaram do produto, mas que o marido não as deixa usar. Ainda há um grande atraso sobre a autonomia do nosso próprio corpo”, pondera.
A falta de informação ou até mesmo a vergonha de buscar instrução acabam por muitas vezes afetando a saúde dessas mulheres. O levantamento do Projeto Novo Ciclo apontou que 37% das entrevistadas já fizeram uso de outros produtos para substituir o absorvente; entre eles pedaços de pano ou roupas velhas, papel higiênico e algodão.
“Produto para a menstruação deveria ser considerado item básico de higiene. Pessoas que usam absorvente por tempo prolongado ou substitutos inadequados colocam em risco a própria saúde e acabam desenvolvendo problemas ginecológicos sérios.”
Essa mesma pesquisa realizada no final de 2021 mostra ainda que as fontes de informação dessas jovens e mulheres são limitadas ao que encontram na internet ou por conversas com parentes femininas próximas como a mãe, que muitas vezes também não tem acesso a toda informação disponível. Entre as jovens que responderam a pesquisa, 10% sequer haviam recebido instrução antes ou após sua primeira menstruação.
“Ainda há um grande desconforto em abordar o assunto dentro de casa. A menstruação por muitos ainda é vista como algo negativo, sujo e até mesmo nojento. É preciso quebrar esse tabu e tratar a menstruação como um ciclo natural do corpo feminino”, comenta Mariana.
Munida de boas ideias e fruto do trabalho incansável da CEO e de sua equipe, a Inciclo prova que práticas positivas cabem em qualquer empresa e que tamanho não é documento na hora de fazer a diferença.
Site oficial: https://www.inciclo.com
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