Sucesso de recursos do BNDES para transição energética depende de adaptação do capital humano

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Imagem: por Miguel Ângelo | Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. Rio de Janeiro
Imagem: por Miguel Ângelo | Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. Rio de Janeiro

Imagem: Divulgação | Expectativa é de que os recursos para essa área aumentem ainda mais nesse ano; especialista alerta que Estados e municípios afetados pela transição ecológica precisam da diversificação de suas economias

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Fevereiro de 2024 – A diretoria de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES aprovou em 2023 nada menos que R$ 57,4 bilhões em recursos disponíveis para projetos de infraestrutura e em transição energética. Trata-se de um valor 24% maior ao contabilizado no ano anterior e o maior dos últimos cinco anos. A expectativa agora é de que os investimentos aumentem ainda mais em 2024, mas é preciso capacitar capital humano para ter sucesso com investimentos.

A transição enérgica consiste no abandono progressivo ou transformação de atividades econômicas com peso negativo para o clima e a sociedade para dar espaço a modelos que estejam relacionados a uma economia sustentável. Segundo Sergio Andrade, cientista político e diretor da Agenda Pública, a preparação para lidar com esse período de mudança é importante.

“A transição para uma economia sustentável e com impacto neutro no clima exigirá esforços e investimentos substanciais. No Brasil, o desafio se soma ao esforço de adaptação ao quadro de reorganização das cadeias produtivas globais e de adaptação do capital humano à nova realidade da economia, intensiva em conhecimento”, afirma.

O entendimento atual do BNDES é de que o Brasil tem priorizado o tema da transição energética, mas ainda é necessário mais investimentos em infraestrutura. Os principais gargalos estão nas áreas de mobilidade, logística e saneamento. O cientista político ainda lembra que muitos Estados e municípios por todo o país têm forte dependência de atividades econômicas que devem perder espaço ou passar por mudanças profundas em seus modelos de produção.

Por conta disso, é importante que os governos atuem para diversificar as suas economias.

“Estruturas produtivas baseadas em energia não-renovável, bem como indústrias com utilização intensiva de carbono, como cimento, aço, alumínio, fertilizantes, petróleo e gás ou produção de papel, constituem um desafio significativo para os territórios que dependem fortemente de tais atividades. Isso exigirá novos instrumentos locais para impulsionar o desenvolvimento econômico”, finaliza.

Sobre a Agenda Pública

A Agenda Pública é uma ONG responsável pela Plataforma Transição Justa e que apoia governos locais, agentes econômicos e trabalhadores por todo o Brasil na construção de políticas públicas para dinamizar a economia. Desse modo, é possível fortalecer a resiliência econômica dos territórios, a capacidade fiscal dos governos, a produtividade da economia e o trabalho em condições dignas, competitivas e sustentáveis. Site oficial: https://agendapublica.org.br

Sobre a Plataforma Transição Justa

Criada em 2022 a partir de projeto financiado pela União Europeia, a plataforma foi desenvolvida pela Agenda Pública em conjunto com a Estratégia ODS e WRI. Propõe a promoção de diálogo social amplo sobre economias de baixo carbono, redução de vulnerabilidades sócio territoriais; a construção de capacidades em administrações municipais e Organizações da Sociedade Civil para a criação de planos, ações e projetos de transição justa; e a promoção de disseminação entre agentes nacionais, considerando repertórios e soluções para transição justa. Site oficial: https://transicaojusta.org.br

Site oficial: https://www.bndes.gov.br

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