Imagem: Divulgação | Espaços em que há desmatamento, descarte impróprio de resíduos e outras práticas que contrariam à sustentabilidade, podem afetar negativamente a saúde mental dos indivíduos que os frequentam; médico explica o porquê
Junho de 2024 – A destruição do meio ambiente, provocada por ações humanas como o desmatamento e a poluição, prejudica não apenas a saúde física de pessoas e animais, mas também pode afetar a saúde mental da população que vive em áreas impactadas. Essa afirmação foi comprovada por estudos recentes feitos pela Universidade de Stanford , nos Estados Unidos, os quais demonstram que, além do impacto causado aos pulmões e ao coração, respirar ar poluído a longo prazo aumenta o risco de doenças mentais, a exemplo de depressão (entre 55% e 66%), transtornos bipolares (32%) e esquizofrenia (23%).
De acordo com a American Psychology Association (APA), a poluição do meio ambiente tem contribuído também para o aumento dos índices de ansiedade — eco-ansiedade — e estresse na população, devido ao medo referente ao sofrimento imediato com os impactos dessa ação, como as tragédias provocadas pela crise climática, e a preocupação com a intensificação dessas mudanças negativas que devem afetar as futuras gerações.
De acordo com o médico e Responsável Técnico do AmorSaúde, Dr. Alexandre Pimenta, o bem-estar psicológico das pessoas é afetado de modo negativo por fatores como a exposição a práticas não sustentáveis, a perda de contato com a natureza e a deterioração do ambiente que podem causar sentimentos de perda.
“Os principais fatores psicológicos e emocionais associados à crise ambiental incluem a eco-ansiedade (ansiedade relacionada às mudanças climáticas e ao meio ambiente), a eco-fobia (medo do meio ambiente e suas mudanças) e a eco-frustração (sentimentos de frustração e desesperança em relação à situação ambiental). Esses sentimentos estão relacionados à esfera do medo e podem contribuir para o aumento do estresse, da ansiedade e da depressão entre as pessoas afetadas”, afirma o profissional da maior rede de clínicas médico-odontológicas do Brasil.
Conforme o Dr. Alexandre Pimenta, o aumento das mudanças climáticas está vinculado a práticas não sustentáveis, como o descarte impróprio de resíduos e a poluição ambiental, causadores de eventos climáticos intensos e que têm impactos significativos na saúde mental das comunidades afetadas.
“A exposição contínua a ambientes poluídos pode levar a um aumento de estresse, irritação, ansiedade e até mesmo a problemas de saúde mental mais graves, como transtornos psicológicos. A percepção de viver em um ambiente degradado também pode gerar sentimentos de impotência e desesperança”, aponta o médico.
Eventos climáticos extremos, como furacões, inundações e incêndios florestais, mudam a vida das pessoas, causando impactos diretos e indiretos.
“Esses eventos estão associados a problemas de saúde mental, porque podem causar trauma, perda de propriedade, insegurança alimentar e deslocamento. Tudo isso contribui para o aumento do estresse, da ansiedade e da depressão”, relata.
Como proteger a saúde mental das comunidades afetadas
De acordo com o Responsável Técnico do AmorSaúde, para abordar de forma eficaz essas questões na área da saúde pública e proteger a saúde mental das comunidades afetadas, é essencial implementar estratégias de prevenção e intervenção adequadas.
“Isso inclui promover a conscientização sobre os impactos das mudanças climáticas na saúde mental, fornecer acesso a serviços de saúde mental de qualidade, integrar a saúde mental nas políticas de adaptação às mudanças climáticas e promover práticas sustentáveis para reduzir os danos ao meio ambiente e, consequentemente, à saúde mental das pessoas”, elenca o profissional.
Além disso, conforme o médico, é fundamental apoiar a resiliência comunitária e o fortalecimento psicossocial para lidar com os desafios enfrentados em um mundo em constante mudança devido às alterações climáticas.
Site oficial: https://www.amorsaude.com.br
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