Hidrogênio Verde e Mercado de Carbono #8: Inovação e estratégias para redução de custos na produção do Hidrogênio de Baixo Carbono no Brasil

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Frederico Freitas é Engenheiro Eletricista, PMP® PMI® (USA) e PM4R® pelo BID, e escreve periodicamente como colunista para o canal AMBIENTAL MERCANTIL.
Frederico Freitas é Engenheiro Eletricista, PMP® PMI® (USA) e PM4R® pelo BID, e escreve periodicamente como colunista para o canal AMBIENTAL MERCANTIL.

Imagem: Divulgação | Por Frederico Freitas é Engenheiro Eletricista, atuando como Estrategista em Economia de Baixo Carbono e Análise de Mercado, focando em Hidrogênio Renovável e Bioenergia

  • Atenção: Parceria entre BNDES e Finep convida para Chamada Pública de Planos de Negócios para investimentos em combustíveis de aviação e navegação de baixo carbono.
  • A chamada pública visa fomentar Planos de Negócios que contemplem investimentos na produção e no desenvolvimento tecnológico de combustíveis sustentáveis estratégicos, para aviação (Sustainable Aviation Fuel – SAF) ou para navegação.
  • A iniciativa ocorre no âmbito da política Nova Indústria Brasil, que busca promover a reindustrialização nacional por meio de seis missões prioritárias, dentre as quais inclui-se a Missão 5: Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para futuras gerações.
  • Prazo para submissão dos Planos de Negócios pelas empresas: até 31/10/2024.
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AMBIENTAL MERCANTIL

Agosto de 2024 – Desde 2020, o Brasil tem se destacado no desenvolvimento do mercado de hidrogênio de baixo carbono, um setor promissor graças à abundância de recursos energéticos naturais. Este cenário posiciona o país como um potencial líder global na produção de energia renovável. A recente promulgação da Lei 14.948/2024 estabeleceu um marco regulatório essencial para o setor. Além disso, o Projeto de Lei 3027/2024 em tramitação visa instituir o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), oferecendo incentivos fiscais para impulsionar esta nova indústria.

A União Europeia, visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa e alcançar a neutralidade de carbono até 2050, vê no Brasil um parceiro estratégico para o fornecimento de hidrogênio de baixo carbono.

Contudo, apesar do “hype do hidrogênio”, muitos projetos no Brasil ainda estão em estágios embrionários. Isso evidencia que a simples disponibilidade de energia renovável a baixo custo não é suficiente para impulsionar o mercado.

Inovações tecnológicas como solução

Produzir hidrogênio a um preço competitivo, como 1,50 USD por kg, é um dos maiores desafios. Atualmente, a produção de hidrogênio a partir de gás natural é barata, mas altamente poluente. Alternativas como a eletrólise com energias renováveis enfrentam desafios, como a eficiência energética que varia entre 60% e 80%, o que aumenta os custos e dificulta a competitividade.

O papel das políticas públicas e investimentos

A promulgação da Lei 14.948/2024 e o Projeto de Lei 3027/2024 são marcos regulatórios importantes, mas não garantem, por si só, um produto competitivo com o hidrogênio de origem fóssil. São necessários avanços tecnológicos, investimentos em infraestrutura e políticas públicas eficazes para reduzir custos e viabilizar o hidrogênio como uma alternativa sustentável.

Oportunidades com a Chamada Pública FINEP e BNDES

Pensando nesses desafios, o BNDES e a FINEP lançaram uma Chamada Pública para fomentar o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis, como o Metanol Verde e o Combustível Sustentável de Aviação (SAF). Esta iniciativa busca selecionar planos de negócios inovadores que promovam a reindustrialização nacional, alinhada com a missão de bioeconomia e descarbonização.

Empresas brasileiras que produzem combustíveis ou investem em pesquisa e desenvolvimento tecnológico têm a oportunidade de participar deste processo de seleção. Com o apoio governamental, os empreendimentos podem se concentrar em inovação e escalabilidade, minimizando riscos comuns em negócios disruptivos.

O desenvolvimento tecnológico e as políticas públicas são fundamentais para que o Brasil se consolide como um líder na produção de hidrogênio de baixo carbono. Iniciativas como a Chamada Pública da FINEP e do BNDES são passos importantes para viabilizar essa indústria emergente.

Para mais informações, acesse a Chamada Pública da FINEP. Lembrando que o prazo para Submissão dos Planos de Negócios pelas empresas vai até 31/10/2024.

Sobre o colunista

Frederico Freitas é Engenheiro Eletricista, Especialista em Gestão de Negócios, Credenciado PMP® pelo Project Management Institute PMI® (USA) e  PM4R® pelo BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Eng. Frederico Freitas
Eng. Frederico Freitas

Atua como Estrategista em Economia de Baixo Carbono e Análise de Mercado, focando em Hidrogênio Renovável e Bioenergia.

Co-Fundador da INFOREDES Green Technologies, uma empresa de base tecnológica e suporte consultivo a projetos de transição energética. Trabalha o desenvolvimento de plantas de produção de Hidrogênio Verde, em escala industrial, voltadas para descarbonização do setor industrial brasileiro.
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